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Suspensão do acordo de grãos vai ter algum impacto no mercado mundial?
Suspensão do acordo de grãos vai ter algum impacto no mercado mundial?
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A Iniciativa dos Grãos do Mar Negro não deve ser estendida, pois não cumpre seu propósito e apenas prejudica a economia russa, mas não afetaria o mercado... 04.07.2023, Sputnik Brasil
2023-07-04T19:21-0300
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O acordo de alimentos, que expira no dia 17 de julho, é prejudicial para a Rússia, sua economia e suas entregas de grãos, enquanto sua suspensão não representa risco para o abastecimento mundial, disse o presidente do órgão. Isso é demonstrado pelo fato de que alguns países da União Europeia (UE) proibiram as importações de grãos ucranianos, que geralmente não tiveram impacto nos preços mundiais dos alimentos. Neste contexto, Zlochevsky acrescentou que já se viu que não houve impacto no mercado mundial, porque os abastecimentos da Ucrânia nele, segundo as suas palavras, "não são tão grandes, abastece principalmente milho e agora têm trigo para ração". Isso vai afetar a África? Devido ao fato de que Kiev exportou grandes volumes em um ritmo acelerado através do território dos países europeus, restrições de fato ao transporte terrestre de grãos ucranianos já foram implementadas, explicou o especialista. Com isso, os embarques caíram de 52 mil toneladas para 22,5 mil toneladas no último mês e meio. Com isso, nenhum impacto foi percebido, nem no mercado mundial nem nos países africanos, disse Zlochevsky, porque Kiev "nunca forneceu a esses países, [quem] sempre os forneceu tradicionalmente foi a Rússia". E os embarques russos para a África "não dependem da aplicação do acordo alimentar". Portanto, de modo geral, nas palavras de Zlochevsky, o impacto dos grãos ucranianos na fome mundial "tornou-se um fetiche obscuro, que na prática não faz o menor sentido". No dia 22 de julho de 2022, Rússia, Turquia e a ONU assinaram um acordo para desbloquear a exportação de grãos e fertilizantes da Ucrânia através do mar Negro. Representantes do governo ucraniano assinaram um documento semelhante com representantes de Ancara e da ONU. Desde então, o acordo foi prorrogado três vezes, a última vez em 17 de maio, por dois meses. A Rússia insiste que cinco condições sejam cumpridas para estender o pacto alimentar além de 17 de julho: a reconexão de seu banco agrícola, Rosselkhozbank, ao sistema SWIFT; a retomada do fornecimento de máquinas agrícolas, peças de reposição e manutenção; o levantamento da proibição de acesso aos portos; a reativação do gasoduto de amônia Toliatti-Odessa; e o desbloqueio de ativos estrangeiros e contas de empresas russas relacionadas à produção e transporte de alimentos e fertilizantes.
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Suspensão do acordo de grãos vai ter algum impacto no mercado mundial?
A Iniciativa dos Grãos do Mar Negro não deve ser estendida, pois não cumpre seu propósito e apenas prejudica a economia russa, mas não afetaria o mercado mundial, disse o presidente da União Russa de Grãos, Arkady Zlochevsky, à Sputnik.
O acordo de alimentos, que expira no dia 17 de julho, é prejudicial para a Rússia, sua economia e suas entregas de grãos, enquanto sua
suspensão não representa risco para o abastecimento mundial, disse o presidente do órgão. Isso é demonstrado pelo fato de que
alguns países da União Europeia (UE) proibiram as importações de grãos ucranianos, que geralmente não tiveram impacto nos preços mundiais dos alimentos.
Neste contexto, Zlochevsky acrescentou que já se viu que
não houve impacto no mercado mundial, porque os abastecimentos da Ucrânia nele, segundo as suas palavras, "não são tão grandes,
abastece principalmente milho e agora têm trigo para ração".
Isso vai afetar a África?
Devido ao fato de que Kiev
exportou grandes volumes em um ritmo acelerado através do território dos países europeus, restrições de fato ao transporte terrestre de
grãos ucranianos já foram implementadas, explicou o especialista. Com isso, os embarques caíram de 52 mil toneladas para 22,5 mil toneladas no último mês e meio.
Com isso, nenhum impacto foi percebido,
nem no mercado mundial nem nos países africanos, disse Zlochevsky, porque Kiev "nunca forneceu a esses países, [quem] sempre os forneceu tradicionalmente foi a Rússia". E os embarques russos para a África "
não dependem da aplicação do acordo alimentar".
"Entregaremos nossos volumes de qualquer maneira, existindo ou não [o pacto dos grãos]", disse o funcionário, lembrando a promessa do presidente russo, Vladimir Putin, de enviar um determinado volume, mesmo que de graça.
Portanto, de modo geral, nas palavras de Zlochevsky, o impacto dos grãos ucranianos na fome mundial "tornou-se um fetiche obscuro, que na prática não faz o menor sentido".
"Sem uma agenda informativa agressiva, [os volumes enviados por Kiev] não serão notados por ninguém, não terão efeito no mercado mundial e há recursos mais do que suficientes", resumiu.
No dia 22 de julho de 2022, Rússia, Turquia e a ONU assinaram um acordo para
desbloquear a exportação de grãos e fertilizantes da Ucrânia através do mar Negro. Representantes do governo ucraniano assinaram um documento semelhante com representantes de Ancara e da ONU. Desde então, o
acordo foi prorrogado três vezes, a última vez em 17 de maio, por dois meses.
A Rússia insiste que
cinco condições sejam cumpridas para estender o pacto alimentar além de 17 de julho: a
reconexão de seu banco agrícola, Rosselkhozbank, ao sistema SWIFT; a retomada do fornecimento de máquinas agrícolas, peças de reposição e manutenção; o levantamento da proibição de acesso aos portos; a reativação do gasoduto de amônia Toliatti-Odessa; e o desbloqueio de ativos estrangeiros e contas de empresas russas relacionadas à produção e transporte de alimentos e fertilizantes.