Via Láctea é reproduzida pela 1ª vez com base na emissão de 'partículas fantasma' (FOTO, VÍDEO)
© Foto / ESA/Hubble & NASA, R. CohenO Telescópio Espacial Hubble flagrou uma multidão de estrelas no aglomerado globular Terzan 4, localizado próximo do centro da Via Láctea
© Foto / ESA/Hubble & NASA, R. Cohen
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Uma equipe de cientistas produziu a primeira imagem da Via Láctea com base na emissão de "partículas fantasma", chamadas neutrinos.
"Nós, pela primeira vez, detectamos neutrinos de alta energia da Via Láctea. Isso nos permite aprender mais sobre nossa própria galáxia, e é um marco significante para a astronomia do neutrino", afirmou Erin O'Sullivan, membro do IceCube.
Os neutrinos são partículas invisíveis que existem em abundância, mas normalmente passam direto pela Terra, sem serem detectadas.
© Foto / IceCube Collaboration/U.S. National Science Foundation (Lily Le & Shawn Johnson)/ESO (S. Brunier)Uma imagem composta de uma visão óptica da Via Láctea juntamente com a primeira imagem da Via Láctea baseada em neutrino. Os neutrinos detectados estão representados em azul
Uma imagem composta de uma visão óptica da Via Láctea juntamente com a primeira imagem da Via Láctea baseada em neutrino. Os neutrinos detectados estão representados em azul
A imagem baseada em neutrinos foi formada graças às observações do Observatório IceCube Neutrino, na Estação Polo Sul Amundsen-Scott, na Antártica.
A origem dos neutrinos no espaço pode ser detectada através da interação deles com o gelo abaixo do IceCube, produzindo padrões fracos de luz.
"Os neutrinos de alta energia são produzidos em ambientes onde as partículas são aceleradas a energias extremas. A detecção de neutrinos de alta energia da Via Láctea aponta para o fato de que os aceleradores da natureza existem em nossa própria galáxia", disse O'Sullivan.
De acordo com os especialistas, a fonte exata desses neutrinos ainda está em estudo, mas acredita-se que sejam de supernovas antigas.
Além disso, eles afirmam que estudar esses neutrinos pode ajudar a compreender como os remanescentes de supernovas se comportam e como as partículas de alta energia interagem em nosso ambiente galáctico.