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Mídia: Lula vai adotar postura dura na cúpula UE-CELAC e rejeitará carta para acordo com Mercosul

© Cláudio Kbene / Palácio do PlanaltoPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião de relançamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião de relançamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial - Sputnik Brasil, 1920, 08.07.2023
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Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu atender ao evento que acontecerá entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) daqui a duas semanas.
No entanto, mesmo com relacionamento amistoso com a liderança da UE, Lula pretende adotar uma postura mais dura com os europeus no âmbito do acordo com o Mercosul, segundo a CNN.
O presidente deve reafirmar no evento que o Brasil não aceita os termos da "side letter" — documento que complementa acordos — apresentada pelo bloco europeu durante as negociações para ratificação do acordo de livre comércio.
A mídia relata que o governo brasileiro repudia o que considera ser um tom de ameaça no documento e vai propor que a proteção do meio ambiente aconteça dentro de uma lógica de colaboração com os europeus. O Brasil está concluindo a resposta que dará à União Europeia e pretende circular o documento entre parceiros do Mercosul nos próximos dias.
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, durante declaração à imprensa Palácio do Planalto, 12 de junho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.06.2023
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'Desconfiança e sanção': Itamaraty prepara ofício rejeitando exigências da UE para acordo, diz mídia
Uma posição conjunta do Mercosul vai depender da velocidade de resposta da Argentina, Paraguai e, principalmente, do Uruguai, que mostra publicamente insatisfação com os rumos do bloco, escreve a mídia.
Em discurso na cúpula do Mercosul na última terça (4), Lula afirmou ser "inaceitável" a contraproposta da União Europeia feita em março deste ano. "Parceiros estratégicos não negociam com base em desconfiança e ameaça de sanções", disse.
Entretanto, Brasília não é a única a descordar de termos em acordos de livre comércio com o bloco europeu.
Na semana passada, a Austrália recuou em negociações com a UE uma vez que julga a proposta como "não suficientemente boa", uma vez que não permite grande entrada de produtos agrícolas australianos na Europa.
O ministro do Comércio da Austrália, Don Farrell, participa de uma coletiva de imprensa após uma reunião com o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, em Pequim, China, 12 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 29.06.2023
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Como Mercosul, Austrália recua e diz que oferta da UE para acordo de livre comércio é insatisfatória
O protecionismo do mercado europeu é uma das questões que também impede o Mercosul de ratificar o acordo. Enquanto estava na França, Lula chegou a dizer que "quando chega a vez de os países em desenvolvimento competirem em igualdade de condições, os mais ricos viram protecionistas".
A cúpula entre a UE e a CELAC ocorrerá nos dias 17 e 18 de julho em Bruxelas.
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