Polônia move 1.000 soldados para a fronteira com Belarus em meio a temores de segurança (FOTOS)
17:40 08.07.2023 (atualizado: 04:44 09.07.2023)
© AFP 2023 / Wojtek RadwanskiSoldados poloneses participam de exercícios militares com veículos Cougar 4x4 MRAP de soldados poloneses e da OTAN perto do canal Vistula Spit, perto de Krynica Morska, norte da Polônia, em 17 de abril de 2023
© AFP 2023 / Wojtek Radwanski
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No domingo (2) passado, Varsóvia disse que enviaria 500 policiais para reforçar a segurança em sua fronteira com Belarus.
Neste sábado (8), a Polônia começou a mover mais de 1.000 soldados para o leste do país em meio à crescente preocupação de que a presença de combatentes do Grupo Wagner em Belarus poderia aumentar a tensão na sua fronteira, informou a agência Reuters citandoo ministro da Defesa polonês, Mariusz Blaszczak.
"Mais de 1.000 soldados e quase 200 unidades de equipamentos das 12ª e 17ª Brigadas Mecanizadas estão começando a se mover para o leste do país. Esta é uma demonstração da nossa disponibilidade para responder às tentativas de desestabilização perto da fronteira do nosso país", afirmou Blaszczak em sua conta no Twitter.
Ponad 1000 żołnierzy i niemal 200 jednostek sprzętu z 12. i 17. Brygady Zmechanizowanej rozpoczyna przemieszczenie na wschód kraju w ramach operacji "Bezpieczne Podlasie". To demonstracja naszej gotowości do reagowania na próby destabilizacji w pobliżu granicy naszego państwa. pic.twitter.com/VEDKUrroLK
— Mariusz Błaszczak (@mblaszczak) July 8, 2023
A Polônia viu um aumento no número de migrantes tentando cruzar a fronteira com Belarus nas últimas semanas. Segundo a Guarda de Fronteira, mais de 200 pessoas tentaram atravessar ilegalmente na sexta-feira (7), incluindo cidadãos de Marrocos, Índia e Etiópia.
Na noite de 24 de junho, na cidade russa de Rostov-no-Don, a sede do Distrito Militar do Sul foi tomada pelas forças e equipamentos do Grupo Wagner.
Isso aconteceu após as declarações de Yevgeny Prigozhin sobre os supostos ataques das Forças Armadas russas contra os campos do Grupo Wagner, tendo tanto o Ministério da Defesa da Rússia quanto o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia negado isso.
A rebelião armada foi interrompida graças às difíceis negociações que o líder belarusso Aleksandr Lukashenko conduziu durante todo o sábado, em acordo com Vladimir Putin.
Como resultado, Prigozhin concordou em ir para Belarus, alguns dos combatentes que não participaram da rebelião se ofereceram para assinar um contrato com o Ministério da Defesa e o resto do Grupo Wagner não será perseguido.