https://noticiabrasil.net.br/20230711/cientistas-revelam-por-que-a-cada-36-milhoes-de-anos-ha-uma-explosao-de-vida-na-terra-29554430.html
Cientistas revelam por que a cada 36 milhões de anos há uma 'explosão' de vida na Terra
Cientistas revelam por que a cada 36 milhões de anos há uma 'explosão' de vida na Terra
Sputnik Brasil
A cada 36 milhões de anos, a vida marinha se multiplica com o surgimento de novas espécies, e a causa indireta é o movimento tectônico. 11.07.2023, Sputnik Brasil
2023-07-11T15:02-0300
2023-07-11T15:02-0300
2023-07-11T15:02-0300
ciência e sociedade
terra
placas tectônicas
nível dos mares
vida
biodiversidade
vida marinha
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/07/0b/29553960_0:267:2049:1419_1920x0_80_0_0_df42a82381af42a67f1b239ff2d6b8f1.jpg
Uma análise aprofundada dos registros fósseis e geológicos revela uma mudança no nível do mar que ocorre em resposta a um ciclo de movimento tectônico de 36 milhões de anos. Uma equipe liderada pelo geólogo Slah Boulila, da Universidade da Sorbonne, na França, descobriu que isso desorganiza vários ecossistemas, fazendo com que muitas espécies desapareçam e outras novas floresçam para ocupar os novos nichos ecológicos que surgem. "Em termos de tectônica, o ciclo de 36 milhões de anos marca alterações entre a expansão mais rápida e mais lenta do fundo do mar, causando mudanças cíclicas nas profundidades das bacias oceânicas e transferência tectônica de água para as profundezas do oceano da Terra", explica o geocientista Dietmar Muller, da Universidade de Sydney. Um exame detalhado do registro fóssil mostra que a biodiversidade não é uma constante uniforme. Em vez disso, flutua drasticamente em escalas de dezenas de milhões de anos, pontuados por episódios de extinção e surgimento de novas espécies. O que não ficou claro é o que impulsiona essas mudanças, se cada evento é único em si mesmo ou se existe um mecanismo subjacente que os conecta. A pesquisa de Boulila e sua equipe foi uma análise minuciosa de vários conjuntos de dados geológicos dos últimos 250 milhões de anos, combinados com simulações de computador e modelagem usando um software de visualização tectônica chamado GPlates. A crosta terrestre nunca está parada. É composta de placas tectônicas separadas que estão em constante movimento e reciclagem. Os locais onde as placas tectônicas se encontram sob o oceano são conhecidos como zonas de subducção. Então, ali a água é sugada para as profundezas do manto, para depois ser expelida por atividade vulcânica. Além disso, o movimento tectônico pode fazer com que o fundo do mar se espalhe à medida que as placas se afastam umas das outras. Ambos os mecanismos podem causar variações do nível do mar durante longos períodos. Em seus dados e simulações, os pesquisadores encontraram um ciclo de 36 milhões de anos na diversidade da vida marinha, e isso corresponde a um ciclo encontrado em dados tectônicos, do nível do mar e da camada rochosa em grande escala para o mesmo período. Essas descobertas, dizem os pesquisadores, fornecem evidências convincentes de que as mudanças no nível do mar desencadeadas pelos ciclos tectônicos da Terra desempenham um papel fundamental nos ciclos da biodiversidade e na formação dos ecossistemas. "Os ciclos duram 36 milhões de anos por causa de padrões regulares na maneira como as placas tectônicas se reciclam no manto convectivo, a parte móvel da Terra profunda, semelhante a uma sopa quente e espessa em uma panela, movendo-se lentamente." Existem outros gatilhos ao longo da história da Terra que podem aumentar a biodiversidade. Por exemplo, a equipe também encontrou evidências de um ciclo de biodiversidade de 62 milhões de anos. Isso pode ter sido causado por mudanças nos níveis de dióxido de carbono, mas precisa ser investigado mais a fundo, dizem os pesquisadores.
https://noticiabrasil.net.br/20220718/especialista-em-ciencia-espacial-preve-impacto-direto-a-terra-de-tempestade-solar-video-23665295.html
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2023
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/07/0b/29553960_0:75:2049:1611_1920x0_80_0_0_d8118e2fde9c85aafa597549af250771.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
terra, placas tectônicas, nível dos mares, vida, biodiversidade, vida marinha
terra, placas tectônicas, nível dos mares, vida, biodiversidade, vida marinha
Cientistas revelam por que a cada 36 milhões de anos há uma 'explosão' de vida na Terra
A cada 36 milhões de anos, a vida marinha se multiplica com o surgimento de novas espécies, e a causa indireta é o movimento tectônico.
Uma análise aprofundada dos
registros fósseis e geológicos revela uma
mudança no nível do mar que ocorre em resposta a um ciclo de movimento tectônico de 36 milhões de anos.
Uma equipe liderada pelo geólogo Slah Boulila, da Universidade da Sorbonne, na França, descobriu que isso
desorganiza vários ecossistemas, fazendo com que muitas espécies desapareçam e outras novas floresçam para ocupar os novos
nichos ecológicos que surgem.
"Em termos de tectônica, o ciclo de 36 milhões de anos marca alterações entre a expansão mais rápida e mais lenta do fundo do mar, causando mudanças cíclicas nas profundidades das bacias oceânicas e transferência tectônica de água para as profundezas do oceano da Terra", explica o geocientista Dietmar Muller, da Universidade de Sydney.
"Estas, por sua vez, causaram flutuações na inundação e secagem dos continentes, com períodos de extensos mares rasos fomentando a biodiversidade."
Um exame detalhado do registro fóssil mostra que a
biodiversidade não é uma constante uniforme. Em vez disso, flutua drasticamente em escalas de dezenas de milhões de anos, pontuados por
episódios de extinção e surgimento de novas espécies.
O que não ficou claro é o que impulsiona essas mudanças, se cada evento é único em si mesmo ou se existe um mecanismo subjacente que os conecta.
A pesquisa de Boulila e sua equipe foi uma análise minuciosa de vários conjuntos de dados geológicos dos últimos 250 milhões de anos, combinados com simulações de computador e modelagem usando um software de visualização tectônica chamado GPlates.
A
crosta terrestre nunca está parada. É composta de placas tectônicas separadas que estão em constante movimento e reciclagem. Os locais onde as placas tectônicas se encontram sob o oceano são conhecidos como zonas de subducção. Então, ali a
água é sugada para as profundezas do manto, para depois ser expelida por
atividade vulcânica.
Além disso, o movimento tectônico pode fazer com que o fundo do mar se espalhe à medida que as placas se afastam umas das outras. Ambos os mecanismos podem causar variações do nível do mar durante longos períodos.
Em seus dados e simulações, os pesquisadores
encontraram um ciclo de 36 milhões de anos na diversidade da
vida marinha, e isso
corresponde a um ciclo encontrado em dados tectônicos, do nível do mar e da camada rochosa em grande escala para o mesmo período.
Essas descobertas, dizem os pesquisadores, fornecem evidências convincentes de que as mudanças no nível do mar desencadeadas pelos ciclos tectônicos da Terra desempenham um papel fundamental nos ciclos da biodiversidade e na formação dos ecossistemas.
"Esta pesquisa desafia ideias anteriores sobre por que as espécies mudaram por longos períodos", diz Muller.
"Os ciclos duram 36 milhões de anos por causa de padrões regulares na maneira como as placas tectônicas se reciclam no manto convectivo, a parte móvel da Terra profunda, semelhante a uma sopa quente e espessa em uma panela, movendo-se lentamente."
Existem outros gatilhos ao longo da
história da Terra que
podem aumentar a biodiversidade. Por exemplo, a equipe também encontrou evidências de um ciclo de biodiversidade de 62 milhões de anos.
Isso pode ter sido causado por mudanças nos níveis de dióxido de carbono, mas precisa ser investigado mais a fundo, dizem os pesquisadores.