OTAN é aliança ofensiva que traz instabilidade e agressão, diz Kremlin
06:37 12.07.2023 (atualizado: 07:26 12.07.2023)
© Sputnik / Aleksei MaishevVeículos passam pelas muralhas e torres do Kremlin, com a sede do Ministério das Relações Exteriores da Rússia vista ao fundo, em Moscou
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A OTAN é uma aliança ofensiva que traz instabilidade e agressão, afirmou o porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, aos jornalistas.
Anteriormente, os líderes da OTAN, em um comunicado conjunto após o primeiro dia da cúpula em Vilnius, declararam que o aprofundamento da parceria entre a China e a Rússia é contrário aos valores e interesses da aliança.
Por sua vez, Peskov disse que a interação entre a Rússia e a China nunca foi dirigida contra países terceiros e quaisquer alianças, "apesar do fato de que estamos falando de alianças que são inerentemente agressivas".
"Esta [OTAN] não é uma aliança que foi criada, concebida e projetada para proporcionar estabilidade e segurança. É uma aliança ofensiva. É uma aliança que traz instabilidade e agressão. No entanto, as relações sino-russas nunca foram dirigidas contra ninguém", afirmou ele.
Comentando a última notícia sobre as entregas de munições cluster dos EUA a Kiev, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, afirmou que o fornecimento de bombas de fragmentação para a Ucrânia muda a situação e força a Rússia a tomar contramedidas.
"Claro, o possível uso desse tipo de munições muda a situação e, claro, força a Rússia a tomar certas contramedidas. O que exatamente? Isso é uma prerrogativa exclusiva do Ministério da Defesa [da Rússia]", disse ele.
Além disso, ele afirmou que Moscou tem uma atitude negativa em relação à questão de fornecer garantias de segurança à Ucrânia e espera que a voz dos opositores seja ouvida.
Porque, segundo Peskov, fornecer quaisquer garantias de segurança à Ucrânia é extremamente errôneo e muito perigoso, por se tratar de violação da segurança da Rússia.
Ele acrescentou que essas garantias de segurança a Kiev são repletas de consequências negativas e tornarão a Europa muito mais perigosa por anos.
"Tomando essa decisão, esses países estão realmente tornando a Europa muito mais perigosa nos próximos anos. E, claro, eles tornam ruim para nós que vamos levar em conta e do que vamos continuar a proceder", enfatizou o porta-voz.
Anteriormente, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou no seu canal no Telegram que o preço das garantias dos países do G7 é conhecido: limpar o território da Ucrânia de ucranianos com armas ocidentais.
"O preço é conhecido, um território da Ucrânia limpo de ucranianos por armas ocidentais. Deixar apenas quantas pessoas forem necessárias para servir os contingentes da OTAN", escreveu Zakharova.
O G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) pode ratificar a declaração de garantias de segurança à Ucrânia nas margens da cúpula da OTAN, declarou nesta quarta-feira (12) Amanda Slout, alta funcionária da Casa Branca.