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Implantação de armas nucleares dos EUA na região Ásia-Pacífico é 'tendência perigosa', diz MRE russo

CC BY-SA 2.0 / COMSEVENTHFLT / Marinheiros americanos designados para o destróier de classe Arleigh Burke, USS John S. McCain, abaixam o mastro enquanto o navio se dirige para uma patrulha de rotina na região Indo-Ásia-Pacífico
Marinheiros americanos designados para o destróier de classe Arleigh Burke, USS John S. McCain, abaixam o mastro enquanto o navio se dirige para uma patrulha de rotina na região Indo-Ásia-Pacífico - Sputnik Brasil, 1920, 13.07.2023
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O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, nesta quinta-feira (13), em uma reunião com o chefe da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC), Wang Yi, descreveu a intenção do Japão e Coreia do Sul de colocar armas nucleares dos EUA como perigosa.

"O Japão e a Coreia do Sul, a propósito, já estão sinalizando que estão dispostos a receber armas nucleares americanas ou a ter suas próprias. Esta é uma tendência muito séria e perigosa", disse ele.

Lavrov especificou que a parte russa discutiu esse problema com os colegas da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) e com Wang Yi.
Ao mesmo tempo, o chanceler russo apontou para a política do Ocidente na região, enfatizando que as declarações quanto às estratégias para o Indo-Pacífico estão sendo implementadas: o acordo Austrália-Reino Unido-EUA conhecido como AUKUS foi criado para implementar um projeto que envolve diretamente a infraestrutura nuclear de um Estado nuclear no território de um Estado não nuclear.
"É claro que o foco dessas estratégias contra a China, contra a Rússia não está escondido, então, naturalmente, hoje falamos em algum detalhe com Wang e sobre como construir nossa linha nesta região", apontou Sergei Lavrov.

Ele ressaltou que é necessário fortalecer, em vez de diluir, "o papel central da ASEAN, a necessidade de todos os outros países da região, e países não regionais que cooperam com a ASEAN, respeitar os princípios em que essas relações se baseiam".

Em conclusão, o chanceler russo disse que o Ocidente, por sua vez, não mostra o mesmo respeito e não observa o princípio fundamental da igualdade soberana dos Estados.
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