EUA sabiam do motim iminente do Grupo Wagner, admite diretor da CIA
© AP Photo / Amanda Andrade-RhoadesA partir da esquerda, o diretor do FBI Christopher Wray, o diretor do Comando Cibernético dos EUA, general Paul Nakasone, o diretor de inteligência nacional Avril Haines, o diretor da Agência Central de Inteligência William J. Burns e o diretor da Agência de Inteligência de Defesa, tenente-general Scott Berrier, aparecem antes durante uma reunião de inteligência do Senado Audiência do Comitê para examinar ameaças mundiais no Capitólio em Washington, quarta-feira, 8 de março de 2023
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Os Estados Unidos sabiam que o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, estava preparando uma sublevação, afirmou o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), William Burns, falando na quinta-feira (20) no Fórum de Segurança de Aspen, no Colorado.
"O presidente [dos EUA Joe] Biden foi sucinto ao dizer que sabíamos de antemão. Não vou entrar em mais detalhes", disse Burns, respondendo à pergunta se a inteligência americana tinha informações sobre os preparativos para o motim.
Além disso, segundo Burns, que foi embaixador dos EUA em Moscou, a rebelião de Prigozhin foi o episódio "mais emocionante" na história da Rússia que ele testemunhou nas últimas três décadas.
Anteriormente, o presidente Joe Biden, questionado sobre o motim, respondeu em sua habitual maneira confusa, o que tornou impossível discernir se ele sabia de antemão sobre os acontecimentos na Rússia ou se eles o surpreenderam.
Na noite de sábado (24), na cidade russa de Rostov-no-Don, a sede do Distrito Militar do Sul foi tomada pelas forças e equipamentos do Grupo Wagner.
Isso aconteceu após as declarações de Yevgeny Prigozhin sobre os supostos ataques das Forças Armadas russas contra os campos do Grupo Wagner, tendo tanto o Ministério da Defesa da Rússia quanto o Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia negado isso.
A rebelião armada foi interrompida graças às difíceis negociações que o líder belarusso Aleksandr Lukashenko conduziu durante todo o sábado, em acordo com Vladimir Putin.
Como resultado, Prigozhin concordou em ir para Belarus, alguns dos combatentes que não participaram da rebelião se ofereceram para assinar um contrato com o Ministério da Defesa e o resto do Grupo Wagner não será perseguido.