https://noticiabrasil.net.br/20230722/guerra-realmente-fria-por-que-os-eua-estao-militarizando-o-artico-29660046.html
Guerra realmente fria: por que os EUA estão militarizando o Ártico?
Guerra realmente fria: por que os EUA estão militarizando o Ártico?
Sputnik Brasil
A política dos EUA relativamente ao Polo Norte mudou desde 1996, com a era de cooperação da época sendo substituída pelo confronto. O jornalista Jeremy... 22.07.2023, Sputnik Brasil
2023-07-22T07:10-0300
2023-07-22T07:10-0300
2023-07-22T07:58-0300
panorama internacional
mundo
eua
china
polo norte
sputnik
ártico
antony blinken
guerra fria
rússia
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e4/09/0f/16077747_0:160:3072:1888_1920x0_80_0_0_4e53fe06bd4c65f1d54997748b14818b.jpg
Os EUA estão aumentando as tensões no Ártico em uma tentativa de aproveitar a riqueza dos recursos naturais descobertos com o recuo das camadas de gelo, opinou um especialista à Sputnik.Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, anunciou recentemente que Washington abriria um consulado na cidade norueguesa de Tromso, a primeira missão diplomática norte-americana acima do Círculo Polar Ártico.O jornalista Jeremy Kuzmarov disse que muita coisa mudou desde a era de cooperação que começou com a fundação do Conselho do Ártico dos oito países que cercam o Polo Norte em 1996.Ele explicou que o local é uma base potencial para operações militares, além de ter "enormes recursos e riquezas minerais", em que "todos os três países, Rússia, China e Estados Unidos, estão basicamente competindo entre si para explorar cada vez mais essa região".A recente expansão da OTAN para a Escandinávia, sob o pretexto do conflito da Rússia com a Ucrânia, pode ter como objetivo impedir que a Rússia explore a riqueza natural de seu longo litoral norte e das cadeias de ilhas, acrescentou o especialista."Vemos uma política muito agressiva dos EUA que é sintetizada pela incorporação da Suécia e da Finlândia à OTAN", observou Kuzmarov.Ele citou o jornalista Seymour Hersh, que detalhou que a Noruega pode ter sido uma peça-chave no bombardeio dos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte)."Eles acabaram de fortalecer esse relacionamento com essa nova Guerra Fria. E essa é a estratégia realmente agressiva dos EUA que discutimos no programa? Visar a Rússia, promover a mudança de regime na China, isolar e enfraquecer a Rússia", argumentou Kuzmarov.Jeremy Kuzmarov lembrou como Donald Trump, o antecessor de Joe Biden, se ofereceu para comprar a ilha ártica da Groenlândia à Dinamarca."Os EUA tentarão usar a Groenlândia como uma plataforma, assim como gostariam de usar o Ártico e a Noruega ou a Suécia", disse Kuzmarov, referindo que os EUA já têm bases militares na maior ilha do mundo."O sol nunca se pôs no Império Britânico e nunca se põe no Império Americano", concluiu.
https://noticiabrasil.net.br/20230706/eua-procuram-transformar-finlandia-e-suecia-em-gendarmes-do-artico-para-confrontar-russia-29500703.html
mundo
china
polo norte
ártico
noruega
suécia
finlândia
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2023
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e4/09/0f/16077747_171:0:2902:2048_1920x0_80_0_0_12ba9a6b52c7b19d4ed61a424475039d.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
mundo, eua, china, polo norte, sputnik, ártico, antony blinken, guerra fria, rússia, seymour hersh, noruega, nord stream, corrente do norte, guerra fria, otan, suécia, finlândia, donald trump, joe biden
mundo, eua, china, polo norte, sputnik, ártico, antony blinken, guerra fria, rússia, seymour hersh, noruega, nord stream, corrente do norte, guerra fria, otan, suécia, finlândia, donald trump, joe biden
Guerra realmente fria: por que os EUA estão militarizando o Ártico?
07:10 22.07.2023 (atualizado: 07:58 22.07.2023) A política dos EUA relativamente ao Polo Norte mudou desde 1996, com a era de cooperação da época sendo substituída pelo confronto. O jornalista Jeremy Kuzmarov analisou a luta por esta região.
Os EUA estão aumentando as tensões no Ártico em uma tentativa de aproveitar a riqueza dos recursos naturais descobertos com o recuo das camadas de gelo, opinou um especialista à Sputnik.
Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, anunciou recentemente que Washington abriria um consulado
na cidade norueguesa de Tromso, a primeira missão diplomática norte-americana acima do Círculo Polar Ártico.
O jornalista Jeremy Kuzmarov disse que muita coisa mudou desde a era de cooperação que começou com a fundação do Conselho do Ártico dos oito países que cercam o Polo Norte em 1996.
"Isso foi abandonado com essa nova Guerra Fria e com esse novo
posto avançado diplomático. Há outros sinais de que os EUA estão se aproximando mais do Ártico, e os russos veem isso como uma grande provocação", disse ele.
Ele explicou que o local é uma base potencial para operações militares, além de ter "enormes recursos e riquezas minerais", em que "todos os três países, Rússia, China e Estados Unidos, estão basicamente competindo entre si para explorar cada vez mais essa região".
A recente expansão da OTAN para a Escandinávia, sob o pretexto do conflito da Rússia com a Ucrânia, pode ter como objetivo impedir que a Rússia explore a riqueza natural de seu longo litoral norte e das cadeias de ilhas, acrescentou o especialista.
"Vemos uma política muito agressiva dos EUA que é sintetizada pela
incorporação da Suécia e da Finlândia à OTAN", observou Kuzmarov.
Ele citou o jornalista Seymour Hersh, que detalhou que a Noruega pode ter sido uma peça-chave no bombardeio dos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte).
"Eles acabaram de fortalecer esse relacionamento com essa nova Guerra Fria. E essa é a estratégia realmente agressiva dos EUA que discutimos no programa? Visar a Rússia, promover a mudança de regime na China, isolar e enfraquecer a Rússia", argumentou Kuzmarov.
"A estratégia do Ártico se encaixa nessa estratégia maior, apenas de expandir a OTAN para a Suécia e a Finlândia, ter uma política antirrussa em cooperação com os noruegueses e projetar poder no Ártico e tentar dominar essa região militarmente."
Jeremy Kuzmarov lembrou como Donald Trump, o antecessor de Joe Biden, se ofereceu para comprar a ilha ártica da Groenlândia à Dinamarca.
"Os EUA tentarão
usar a Groenlândia como uma plataforma, assim como gostariam de usar o Ártico e a Noruega ou a Suécia", disse Kuzmarov, referindo que os EUA já têm bases militares na maior ilha do mundo.
"O sol nunca se pôs no Império Britânico e nunca se põe no Império Americano", concluiu.