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Biden envia Sullivan a Riad para tentar acordo Arábia Saudita-Israel visando concessão à Palestina

© AFP 2023 / Mandel NganO presidente dos EUA, Joe Biden (à esquerda), e o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman (à direita), chegam para a foto de família durante a Cúpula de Segurança e Desenvolvimento de Jeddah (GCC+3) em um hotel na cidade costeira de Jeddah, no Mar Vermelho, na Arábia Saudita, em 16 de julho de 2022
O presidente dos EUA, Joe Biden (à esquerda), e o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman (à direita), chegam para a foto de família durante a Cúpula de Segurança e Desenvolvimento de Jeddah (GCC+3) em um hotel na cidade costeira de Jeddah, no Mar Vermelho, na Arábia Saudita, em 16 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 28.07.2023
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Biden enviou altos funcionários da Casa Branca à Arábia Saudita na quinta-feira (27). Acordo envolveria intenção para tratado de segurança do lado saudita e desejo que Riad coloque limites na relação com a China do lado norte-americano.
Segundo o jornal The Times of Israel, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teria dado instruções aos funcionários que incluiriam concessões israelenses significativas aos palestinos, com o objetivo de manter viva as perspectivas de uma solução de dois Estados.
Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca confirmou ao jornal israelense que Jake Sullivan, chefe do conselho, havia chegado ao território saudita, mas não deixou claro se era para discutir um possível acordo de normalização.
O porta-voz disse que Sullivan se reuniria com o premiê, príncipe herdeiro Mohammed bin Salman para "discutir assuntos bilaterais e regionais".
De acordo com o The New York Times, os sauditas têm três objetivos na conversa com Washington: um tratado de segurança mútua do nível da OTAN que obrigaria os EUA a vir em defesa da Arábia Saudita se esta fosse atacada (provavelmente pelo Irã); um programa nuclear civil monitorado pelos EUA; e a possibilidade de adquirir mais armamentos norte-americanos avançados como o sistema de defesa antimísseis balísticos Thaad, os quais seriam especialmente úteis para os sauditas contra o crescente arsenal iraniano de mísseis de médio e longo alcance.
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Já do lado estadunidense, está o fim dos combates no Iêmen; um pacote de assistência saudita inusitadamente grande às instituições palestinas na Cisjordânia e limites significativos ao relacionamento crescente entre Arábia Saudita e China, relata a mídia norte-americana.
Ao mesmo tempo, os sauditas exigiriam de Israel a preservação de uma solução de dois Estados – do mesmo modo que os Emirados Árabes Unidos exigiram, como preço de seus Acordos de Abraão, que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu abrisse mão de qualquer anexação da Cisjordânia.
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Porém, ainda segundo o The New York Times, qualquer acordo levará meses de negociações difíceis entre os EUA, Arábia Saudita, Israel e a Autoridade Palestina.
Mas se Biden decidir tentar e os EUA puderem colocar na mesa um acordo que é extremamente do interesse estratégico de Washington, Riad e Tel Aviv e ainda reviver as esperanças palestinas de uma solução de dois Estados, isso seria um grande negócio.
Em março, a China ajudou a mediar o retorno dos laços diplomáticos entre o Irã e a Arábia Saudita. A ação marcou a diplomacia norte-americana, uma vez que mesmo presente no Oriente Médio há anos, Washington não conseguiu reatar a comunicação entre os antigos rivais.
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