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Astros podem cantar? Cientistas gravaram o som de uma estrela cintilante (VÍDEO)
Astros podem cantar? Cientistas gravaram o som de uma estrela cintilante (VÍDEO)
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Um novo estudo conseguiu não apenas determinar o quanto uma estrela deve brilhar de acordo com seu tamanho, mas também traduzir essa cintilação em música. A... 02.08.2023, Sputnik Brasil
2023-08-02T23:15-0300
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Caos que não vemosPesquisadores da Universidade do Noroeste (Illinois, EUA) desenvolveram as primeiras simulações 3D de energia se propagando do núcleo de uma estrela para sua camada mais externa. Todas as estrelas têm uma zona de convecção, onde os gases se misturam para empurrar o calor para fora. Para estrelas de pelo menos 1,2 vez a massa do Sol, esta área está no núcleo.Estes movimentos caóticos geram ondas de gás que fazem as estrelas escurecer e brilhar ligeiramente, produzindo um leve cintilar.Antecipação do futuroOs cientistas estavam interessados em como a convecção de gás gerava o brilho das estrelas. Em seu modelo, eles foram capazes de isolar com uma espécie de filtro as ondas que vêm à superfície e produzir o brilho daquelas que permanecem presas dentro da estrela e continuam a saltar.As simulações resultantes mostram como os astrônomos devem esperar ver as ondas se tiverem um telescópio suficientemente poderoso para captar este tipo de brilho. Telescópios futuros podem ter esse tipo de sensibilidade.Música estelarAnders e seus colegas deram um passo adiante e usaram essas simulações para gerar som. Como as ondas criadas estão fora do alcance das frequências audíveis pelos seres humanos, eles aumentaram as frequências uniformemente para torná-las perceptíveis.O som varia de acordo com a massa, tamanho e brilho das estrelas, e também muda à medida que as ondas de gás atingem a superfície das estrelas: elas variam de um ruído semelhante ao disparo de uma arma de laser (para estrelas muito grandes) até o lamento de sirene (para estrelas menores).Canção das estrelasFinalmente, por puro exercício de curiosidade, os cientistas tentaram tocar algumas melodias conhecidas dentro dos modelos de diferentes estrelas e planetas para ver como a convecção estelar alterou as músicas.Por exemplo, eles passaram uma peça da suíte para orquestra "Os Planetas" de Gustav Holst (a parte dedicada a Júpiter) no modelo de Júpiter, e a canção de ninar "Twinkle, Twinkle, Little Star" em modelos de três estrelas maciças de tamanhos diferentes: você pode apreciar o efeito no vídeo abaixo.
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Astros podem cantar? Cientistas gravaram o som de uma estrela cintilante (VÍDEO)
Um novo estudo conseguiu não apenas determinar o quanto uma estrela deve brilhar de acordo com seu tamanho, mas também traduzir essa cintilação em música. A pesquisa foi publicada na Nature Astronomy.
Pesquisadores da Universidade do Noroeste (Illinois, EUA) desenvolveram as primeiras simulações 3D de energia se propagando do
núcleo de uma estrela para sua camada mais externa.
Todas as estrelas têm uma zona de convecção, onde os gases se misturam para empurrar o calor para fora. Para estrelas de pelo menos 1,2 vez a massa do Sol, esta área está no núcleo."A convecção em uma estrela é semelhante ao processo que alimenta tempestades", explica Evan Anders, o primeiro autor do estudo, acrescentando que "o ar resfriado afunda, aquece e sobe novamente. É um fenômeno turbulento que transporta calor".
Estes movimentos caóticos geram ondas de gás que fazem as estrelas escurecer e brilhar ligeiramente, produzindo um leve cintilar.
Os cientistas estavam interessados em como a convecção de gás gerava o brilho das estrelas. Em seu modelo, eles foram capazes de isolar com uma espécie de filtro as ondas que vêm à superfície e produzir o brilho daquelas que permanecem presas dentro da estrela e continuam a saltar.
As simulações resultantes mostram como os astrônomos devem esperar ver as ondas se tiverem um telescópio suficientemente poderoso para captar este tipo de brilho. Telescópios futuros podem ter
esse tipo de sensibilidade.
Anders e seus colegas deram um passo adiante e usaram essas simulações para gerar som. Como as ondas criadas estão fora do alcance das frequências audíveis pelos seres humanos, eles aumentaram as frequências uniformemente para torná-las perceptíveis.
O som varia de acordo com a massa, tamanho e brilho das estrelas, e também muda à medida que as ondas de gás atingem a superfície das estrelas: elas variam de um ruído semelhante ao disparo de uma arma de laser (para estrelas muito grandes) até o lamento de sirene (para estrelas menores).
Finalmente, por puro exercício de curiosidade, os cientistas tentaram tocar algumas melodias conhecidas dentro dos modelos de diferentes estrelas e planetas para ver como a convecção estelar alterou as músicas.
Por exemplo, eles passaram uma peça da suíte para orquestra "Os Planetas" de Gustav Holst (a parte dedicada a Júpiter) no modelo de Júpiter, e a canção de ninar "Twinkle, Twinkle, Little Star" em modelos de três estrelas maciças de tamanhos diferentes: você pode apreciar o efeito no vídeo abaixo.