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Em discurso de abertura, Lula diz que 'história da Amazônia será medida antes e depois' da cúpula

© AP Photo / Eraldo PeresO presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva fala durante a Cúpula da Amazônia no Centro de Convenções Hangar em Belém, Brasil, 8 de agosto de 2023
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva fala durante a Cúpula da Amazônia no Centro de Convenções Hangar em Belém, Brasil, 8 de agosto de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 08.08.2023
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Belém recebe nos dias 8 e 9 os líderes dos países amazônicos para Cúpula da Amazônia, tendo como principal pauta o desmatamento zero até 2030. Na abertura, Lula declarou que "nunca foi tão urgente" a parceria dos países da região para o meio ambiente.
Nesta terça-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em seu discurso de abertura da Cúpula da Amazônia, que "nunca foi tão urgente retomar e ampliar" a cooperação entre os países que têm a floresta em seu território.

"É motivo de muita alegria encontrar os presidentes dos países da América do Sul para tratar da Amazônia, patrimônio comum dos nossos países. Desde que o tratado de cooperação da Amazônia foi assinado, os chefes de estado só encontraram por três vezes, todas em Manaus. Há 14 anos não nos reuníamos. E a primeira vez no contexto do severo agravamento da mudança climática. Nunca foi tão urgente retomar e ampliar essa cooperação", afirmou Lula citado pelo G1.

Ainda seguindo suas declarações, o mandatário afirmou que a que cúpula deve discutir três principais temas: promoção de um novo desenvolvimento sustentável "combinando proteção ambiental com empregos dignos"; medidas para o fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) e fortalecimento do lugar dos países detentores das florestas tropicais na agenda global, segundo a mídia.
© AP Photo / Eraldo PeresLíderes, a partir da esquerda, Ministra do Meio Ambiente do Brasil Marina Silva, Ministro das Relações Exteriores do Brasil Mauro Vieira, Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, Governador do estado do Pará Helder Barbalho, Ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara e Conselheiro-Chefe da Presidência do Brasil Celso Amorim comparecem à Cúpula da Amazônia no Centro de Convenções Hangar em Belém, 8 de agosto de 2023
Líderes, a partir da esquerda, Ministra do Meio Ambiente do Brasil Marina Silva, Ministro das Relações Exteriores do Brasil Mauro Vieira, Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, Governador do estado do Pará Helder Barbalho, Ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara e Conselheiro-Chefe da Presidência do Brasil Celso Amorim comparecem à Cúpula da Amazônia no Centro de Convenções Hangar em Belém, 8 de agosto de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 08.08.2023
Líderes, a partir da esquerda, Ministra do Meio Ambiente do Brasil Marina Silva, Ministro das Relações Exteriores do Brasil Mauro Vieira, Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, Governador do estado do Pará Helder Barbalho, Ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara e Conselheiro-Chefe da Presidência do Brasil Celso Amorim comparecem à Cúpula da Amazônia no Centro de Convenções Hangar em Belém, 8 de agosto de 2023
O presidente também afirmou que a "história da Amazônia será medida entre antes e depois" da cúpula que reúne representantes dos oito países que compõem a OTCA. São eles: Brasil, Bolívia Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

"A história da defesa da Amazônia e da floresta, da transição ecológica, vai ter dois momentos: antes e depois desse encontro. Porque esse encontro é a coisa mais forte já feita em defesa da questão do clima. A ideia básica é a gente sair daqui preparado para, de forma unificada, todos os países que têm floresta terem uma posição comum nos Emirados Árabes durante a COP28 e mudar a discussão", declarou o mandatário citado pela Agência Brasil.

O líder brasileiro também reforçou que é necessário "superar desconfianças".
"Queremos retomar a cooperação entre nossos países e superar desconfianças. Queremos reconstruir e ampliar nossos canais de diálogo. Isso requer mudar não apenas a compreensão da Amazônia, mas também sua realidade."
Ao mesmo tempo, Lula falou sobre o Brasil assumir o compromisso de zerar suas taxas de desmatamento até 2030.
Nesta terça-feira (8), em transmissão, ele cobrou apoio de governos locais para atingir a meta, entretanto, a meta especificada não está no esboço da Declaração de Belém - carta com compromissos que devem ser assumidos pelos países vista pela mídia brasileira, conforme noticiado.
Cinco chefes de Estado e diversos ministros de outros países estão no evento. Lula também optou por convidar para o evento representantes da Noruega e Alemanha, países que contribuem com o Fundo Amazônia. Após o encontro, os chefes de Estado assinarão a Declaração de Belém.
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