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CEDEAO já realizou intervenções militares antes na história da África?

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Em meio ao golpe militar no Níger, os países da África Ocidental começaram a preparar uma intervenção no país tomado por rebeldes.
Na história moderna, a CEDEAO já enviou suas tropas para locais problemáticos. O infográfico da Sputnik relembra a você os precedentes de intervenções militares do bloco na África.
No sábado (12), os chefes dos estados-maiores dos países-membros da CEDEAO até programaram uma reunião para discutir o plano de intervenção, no entanto, o evento foi adiado, por causa da indisponibilidade de suas forças armadas para a missão, segundo relatos da mídia árabe.
Anteriormente na sexta-feira (11), a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu começar a intervenção militar no Níger, anunciando oficialmente que os exércitos dos países-membros do bloco já elaboraram a estratégia para a operação militar.
Até agora, os detalhes do plano não foram revelados, mas espera-se que as forças principais sejam deslocadas da Nigéria vizinha, que compartilha com o Níger uma fronteira de 1.600 km.
Analistas da agência britânica Reuters veem três cenários possíveis de intervenção. Segundo o primeiro, o contingente da CEDEAO iniciaria uma operação terrestre em grande escala contra Níger. Uma alternativa poderia ser o envio de forças especiais e uma operação de desembarque, em que as tropas conseguiriam tomar rapidamente as principais instalações na capital e, assim, restaurar a ordem.
Conforme terceiro cenário, a CEDEAO não realizaria uma intervenção direta e, em vez disso, prestaria um amplo apoio com armas e munições a forças dentro do Níger que se recusam a reconhecer o novo governo.
Um especialista do Instituto de Estudos de Segurança em Dakar, Senegal, crê que em qualquer cenário o líder do golpe de Estado, general Abdourahamane Tchiani, desvendará a estratégia do bloco, já que a conhece: o militar serviu como comandante de um batalhão das forças de paz na Costa do Marfim em 2003 em uma operação semelhante.
Membros da CEDEAO estão dispostos para enviar ao Níger um contingente de 25 mil efetivos, mais de metade do qual serão sodados nigerianos. A Costa do Marfim e Benin também expressaram sua prontidão em prestar assistência militar.
Além do mais, no território do Níger permanecem bases militares da França e dos Estados Unidos, com centenas de militares franceses e norte-americanos.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que a resolução da crise nigerina por meios militares apenas levará a um confronto prolongado no país africano, bem como a uma abrupta desestabilização na região do Sahel, e apela para se resolver o conflito por via diplomática. A Alemanha, por exemplo, também compartilha este posicionamento.
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