Lula cobra pagamento de europeus à Amazônia e diz esperar esforço dos EUA para transição energética
11:47 14.08.2023 (atualizado: 11:48 14.08.2023)
© Foto / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert / CC BY 2.0Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante declaração à imprensa
© Foto / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert / CC BY 2.0
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Segundo o presidente, países ricos europeus "conseguiram derrubar todas as suas florestas e agora eles têm que contribuir financeiramente". Líder também citou que aguarda contribuição norte-americana e chinesa para transição energética.
Nesta segunda-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os países ricos têm uma dívida com a humanidade porque são os principais poluidores do planeta, acrescentando que cobrará ajuda financeira dessas nações na COP28 nos Emirados Árabes Unidos neste ano.
"Nós não queremos ajuda, queremos pagamento efetivo. É como se estivesse pagando algo que devem à humanidade [...] os países ricos tiveram sua introdução na revolução industrial, bem antes do Brasil, então são responsáveis pela poluição muito antes de nós. Eles conseguiram derrubar todas as suas florestas e agora eles têm que contribuir financeiramente para que outros países possam se desenvolver", afirmou Lula citado pelo UOL.
Ainda segundo o presidente, o evento da Cúpula da Amazônia, ocorrido na semana passada, cria condições para que a Europa seja cobrada.
O presidente também afirmou hoje (14) que espera que os Estados Unidos queiram investir no Brasil para que os dois países possam trabalhar para "impulsionar a transição energética".
De acordo com a Reuters, Lula já havia dito na semana passada que pediria aos líderes globais, incluindo o presidente Joe Biden, e o chinês, Xi Jinping, que aumentassem os investimentos no Brasil enquanto seu governo lança um novo plano de transição ecológica.
CC BY 2.0 / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert / Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante foto oficial da Cúpula da Amazônia no Hangar Centro de Convenções em Belém, 9 de agosto de 2023
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante foto oficial da Cúpula da Amazônia no Hangar Centro de Convenções em Belém, 9 de agosto de 2023
CC BY 2.0 / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert /
Na semana passada, a Cúpula da Amazônia não definiu uma meta específica para zerar o desmatamento em sua declaração conjunta, algo que foi repercutido pela imprensa nacional e internacional pela sua importância.
Entretanto, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que "o processo de negociação é sempre um processo mediado" no qual "ninguém pode impor a sua vontade a ninguém", mas ressaltou a importância de o texto ter incluído o objetivo de não alcançar o ponto de não retorno na Amazônia, conforme noticiado.