https://noticiabrasil.net.br/20230821/contrario-do-ocidente-brics-nao-ve-arena-mundial-como-jogo-de-soma-zero-diz-especialista-29987074.html
Contrário do Ocidente, BRICS não vê arena mundial como jogo de soma zero, diz especialista
Contrário do Ocidente, BRICS não vê arena mundial como jogo de soma zero, diz especialista
Sputnik Brasil
Uma especialista que falou à Sputnik manifestou a ideia de que o BRICS está agindo e deve ser entendido como uma organização multilateral e inclusiva, que dá... 21.08.2023, Sputnik Brasil
2023-08-21T10:12-0300
2023-08-21T10:12-0300
2023-08-21T10:12-0300
cúpula do brics 2023
mundo
brics
g7
nova deli
índia
ocidente
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/08/15/29987383_0:160:3072:1888_1920x0_80_0_0_7224264c06deecd87db29b565e88f927.jpg
O BRICS tem se mostrado ao longo dos anos como uma fonte de oportunidades e de crescimento cada vez maior para os países em desenvolvimento pelo mundo afora, em meio às atuais instituições mundiais altamente centradas nos países ocidentais.Anuradha Chenoy, professora aposentada e reitora da Escola de Estudos Internacionais da Universidade Jawaharlal Nehru, em Nova Deli, Índia, discutiu os últimos acontecimentos com a Sputnik. Sobre a questão se o BRICS dever ou não ser considerado um "contrapeso para o Ocidente", ela respondeu negativamente.Segundo ela, o agrupamento defende "a não intervenção e a oposição a medidas econômicas coercivas" para facilitar o comércio e o desenvolvimento, e garantir a segurança, que diz serem princípio fundamentais apoiados por grande parte do Sul Global. O BRICS também não é nem pretende ser um bloco militar, tendo a aspiração de "segurança coletiva" no novo mundo multipolar, para assegurar os fatores já referidos."O Ocidente claramente se opõe a vários desses princípios", sublinhou Chenoy.A acadêmica mencionou que o BRICS segue ganhando popularidade entre muitos países, e a ideia de "desdolarização" tem mais a ver com a promoção dos interesses nacionais de seus países do que com uma tentativa de oposição aos EUA."Mas, à medida que mais e mais comércio ocorrer fora da zona do dólar, as moedas alternativas aumentarão, pois o dólar pode perder o tipo de domínio que tem atualmente. Um sistema monetário global de várias moedas combina com o sistema de multipolaridade", concluiu.
https://noticiabrasil.net.br/20230821/china-pretende-fortalecer-voz-coletiva-e-converter-brics-em-rival-do-g7-indica-midia-americana-29986247.html
mundo
nova deli
índia
ocidente
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2023
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/08/15/29987383_171:0:2902:2048_1920x0_80_0_0_a9ac9390574c78f236a996e6c1d8833c.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
mundo, brics, g7, nova deli, índia, ocidente
mundo, brics, g7, nova deli, índia, ocidente
Contrário do Ocidente, BRICS não vê arena mundial como jogo de soma zero, diz especialista
Uma especialista que falou à Sputnik manifestou a ideia de que o BRICS está agindo e deve ser entendido como uma organização multilateral e inclusiva, que dá oportunidades e não se posiciona contra outros países.
O BRICS tem se mostrado ao longo dos anos como
uma fonte de oportunidades e de crescimento cada vez maior para os países em desenvolvimento pelo mundo afora, em meio às atuais
instituições mundiais altamente centradas nos países ocidentais.
Anuradha Chenoy, professora aposentada e reitora da Escola de Estudos Internacionais da Universidade Jawaharlal Nehru, em Nova Deli, Índia, discutiu os últimos acontecimentos com a Sputnik. Sobre a questão se o BRICS dever ou não ser considerado um "contrapeso para o Ocidente", ela respondeu negativamente.
"O BRICS não acredita que a geopolítica seja um jogo de soma zero em que o desenvolvimento econômico ou a segurança de alguns Estados se torne uma ameaça para outros. O BRICS não se posiciona contra o Ocidente, mas, ao contrário, apoia um sistema multipolar que incentive a coexistência de diferentes ideias, sistemas e instituições. É o Ocidente que tem alianças militares exclusivas que desenvolvem narrativas contra qualquer 'outro' que eles entendam como uma ameaça. O BRICS não tem essa agenda."
Segundo ela, o agrupamento defende "a não intervenção e a oposição a medidas econômicas coercivas" para
facilitar o comércio e o desenvolvimento, e garantir a segurança, que diz serem princípio fundamentais apoiados por grande parte do Sul Global. O BRICS também não é nem pretende ser um bloco militar, tendo a aspiração de "segurança coletiva" no novo mundo multipolar, para assegurar os fatores já referidos.
"O Ocidente claramente se opõe a vários desses princípios", sublinhou Chenoy.
A acadêmica mencionou que o BRICS segue ganhando popularidade entre muitos países, e a ideia de "desdolarização" tem mais a ver com a promoção dos interesses nacionais de seus países do que com uma tentativa de oposição aos EUA.
"O BRICS incentiva o comércio em moedas nacionais e a criação de uma reserva contingente em suas moedas nacionais. O BRICS criou o Novo Banco de Desenvolvimento que concede empréstimos em moedas nacionais em uma determinada porcentagem. Esse é um pequeno passo. Muitos países do BRICS estão fazendo comércio
entre si e com outros países fora do BRICS em suas moedas nacionais. Essa tendência está aumentando", sublinhou a especialista.
"Mas, à medida que mais e mais comércio ocorrer fora da zona do dólar, as moedas alternativas aumentarão, pois o dólar pode perder o tipo de domínio que tem atualmente. Um sistema monetário global de várias moedas combina com o sistema de multipolaridade", concluiu.