https://noticiabrasil.net.br/20230822/apos-abortar-acordo-de-envio-de-tanques-para-ucrania-defesa-suica-sofre-pressao-do-parlamento-30002286.html
Após abortar acordo de envio de tanques para Ucrânia, Defesa suíça sofre pressão do parlamento
Após abortar acordo de envio de tanques para Ucrânia, Defesa suíça sofre pressão do parlamento
Sputnik Brasil
A empresa estatal suíça RUAG tentou contornar uma proibição doméstica de fornecimento de armas ao regime de Kiev usando um intermediário alemão. 22.08.2023, Sputnik Brasil
2023-08-22T11:44-0300
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A ministra da Defesa suíça, Viola Amherd, concordou com um inquérito externo depois que a empresa de defesa estatal RUAG tentou vender tanques a um intermediário alemão para que pudessem ser entregues à Ucrânia. A investigação foi anunciada na noite de segunda-feira (21), horas depois de Amherd ter participado de uma audiência do Comité de Política de Segurança do parlamento suíço. Os legisladores solicitaram informações sobre o que Amherd sabia sobre o acordo proposto, que o governo suíço acabou por bloquear no mês passado para proteger a neutralidade do país. O caso gira em torno de cerca de 96 tanques Leopard 1A5, que a RUAG comprou em 2016 e armazena na Itália. A empresa suíça procurou vendê-los ao fabricante alemão original, a Rheinmetall, para serem reformados e enviados para a Ucrânia. O acordo foi anunciado originalmente em fevereiro, mas o Conselho Federal concluiu no final de julho que os termos violariam a lei suíça e recusou-se a autorizar a transferência. A investigação vai se concentrar no acordo abortado, bem como na gestão da RUAG, informou a mídia nacional. Alguns legisladores suíços sugeriram que o governo deveria ter um representante no conselho de administração da empresa para garantir uma melhor supervisão. A CEO da RUAG, Brigitte Beck, deixou o cargo há duas semanas depois que o governo se recusou a aprovar o acordo, tendo ocupado o cargo por menos de um ano. A empresa disse que uma investigação interna não encontrou nenhuma irregularidade por parte de Beck, mas acrescentou que a controvérsia exigia uma mudança na liderança. Também citou as críticas públicas da CEO à política de neutralidade da Suíça como tendo contribuído para a decisão. Os blindados fariam parte da ajuda militar enviada à Ucrânia em preparação para a sua contraofensiva de verão (Hemisfério Norte) contra a Rússia. As tentativas de Kiev de romper as linhas defensivas russas até agora não tiveram sucesso, enquanto modestos ganhos territoriais tiveram um custo elevado, segundo Moscou e diversos meios de comunicação ocidentais. O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, informou no final de julho que a Ucrânia tinha perdido dez tanques Leopard entre as mais de 2.000 peças de armamento pesado destruídas desde que a contraofensiva foi lançada no início de junho.
https://noticiabrasil.net.br/20230629/suica-bloqueia-solicitacao-de-venda-de-tanques-leopard-destinados-a-ucrania-29409555.html
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Após abortar acordo de envio de tanques para Ucrânia, Defesa suíça sofre pressão do parlamento
A empresa estatal suíça RUAG tentou contornar uma proibição doméstica de fornecimento de armas ao regime de Kiev usando um intermediário alemão.
A ministra da Defesa suíça, Viola Amherd, concordou com um inquérito externo depois que a empresa de defesa estatal RUAG tentou
vender tanques a um
intermediário alemão para que pudessem ser entregues à Ucrânia.
A investigação foi anunciada na noite de segunda-feira (21), horas depois de Amherd ter participado de uma audiência do Comité de Política de Segurança do parlamento suíço. Os legisladores solicitaram informações sobre o que Amherd sabia sobre o acordo proposto, que o governo suíço acabou por bloquear no mês passado para proteger a neutralidade do país.
O caso gira em torno de
cerca de 96 tanques Leopard 1A5, que a RUAG comprou em 2016 e armazena na Itália. A empresa suíça procurou vendê-los ao fabricante alemão original, a Rheinmetall, para serem reformados e
enviados para a Ucrânia. O acordo foi anunciado originalmente em fevereiro, mas o Conselho Federal concluiu no final de julho que os termos violariam a lei suíça e recusou-se a autorizar a transferência.
A
investigação vai se concentrar no acordo abortado, bem como na gestão da RUAG, informou a mídia nacional. Alguns legisladores suíços sugeriram que o
governo deveria ter um representante no conselho de administração da empresa para garantir uma melhor supervisão.
A CEO da RUAG, Brigitte Beck, deixou o cargo há duas semanas depois que o governo se recusou a aprovar o acordo, tendo ocupado o cargo por menos de um ano.
A empresa disse que uma investigação interna
não encontrou nenhuma irregularidade por parte de Beck, mas acrescentou que a controvérsia exigia uma mudança na liderança. Também citou as críticas públicas da CEO à política de
neutralidade da Suíça como tendo contribuído para a decisão.
Os blindados fariam parte da
ajuda militar enviada à Ucrânia em preparação para a sua contraofensiva de verão (Hemisfério Norte) contra a Rússia. As tentativas de Kiev de
romper as linhas defensivas russas até agora não tiveram sucesso, enquanto modestos ganhos territoriais tiveram um custo elevado, segundo Moscou e diversos meios de comunicação ocidentais.
O
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tinha perdido dez tanques Leopard entre as mais de 2.000 peças de armamento pesado destruídas desde que a contraofensiva foi lançada no início de junho.