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Ataques russos deixam Ucrânia 'faminta por munições' e mudam cenário do conflito, diz analista

© SputnikMunições encontradas no navio Korets da Marinha ucraniana, em Berdyansk
Munições encontradas no navio Korets da Marinha ucraniana, em Berdyansk - Sputnik Brasil, 1920, 22.08.2023
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Nos últimos dias, as tropas russas intensificaram os ataques contra a infraestrutura logística do Exército ucraniano.
Durante os ataques russos, foram destruídos três vagões com munições do Exército ucraniano, afirmou Vadim Astafiev, líder do serviço de imprensa do agrupamento de tropas Yug (Sul) à Sputnik.
Segundo ele, as munições ucranianas foram atingidas pelas forças russas na região de Dnepropetrovsk, no sudeste ucraniano.

"Estes ataques estão se tornando mais frequentes, pois o foco agora é enfraquecer a capacidade de combate do Exército ucraniano [...]. A destruição de uma instalação como essa cria problemas logísticos temporários [para o inimigo] relativos ao transporte e armazenamento, entre outros", afirmou à Sputnik o especialista militar Boris Rozhin.

O especialista destacou que isso dificulta o avanço do inimigo nas operações e muda o cenário do conflito.
Anteriormente, falando sobre a mudança de cenário que a escassez de munições poderia causar, o ex-tenente-coronel do Exército dos EUA, Earl Rasmussen, afirmou à Sputnik que agora era hora de realizar "manobras para eliminar" os depósitos de munições das forças ucranianas "antes que tenham a chance de usá-las".
"Isso vai apenas esgotar ainda mais as capacidades ucranianas. Ou seja, se não tiver munição, não adianta muito ter um tanque Leopard ou um obuseiro, [pois] isso será apenas [...] mais um alvo", destacou Rasmussen.
As observações ocorrem depois de a mídia americana relatar que os EUA e a OTAN estão lutando contra a "escassez no fornecimento de munições de artilharia" para a Ucrânia.
Citando fontes anônimas, a mídia americana afirmou que os EUA "estariam chegando muito perto da linha vermelha devido aos fornecimentos contínuos à Ucrânia de munições de 155 milímetros, padrão da OTAN".
Durante a contraofensiva, lançada em 4 de junho, o regime de Kiev perdeu 43 mil soldados e quase cinco mil unidades de equipamentos militares, segundo o Ministério da Defesa da Rússia.
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