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Aliança AUKUS: uma potencial força de contrapeso na Ásia-Pacífico?

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Em 18 de agosto, os líderes dos EUA, Japão e Coreia do Sul se reuniram na residência do presidente norte-americano em Camp David, no que virou a primeira reunião presencial dos três chefes de Estado fora dos eventos internacionais.
De acordo com os documentos publicados em conclusão do encontro, a pauta das conversas se focou principalmente na busca de caminhos de contenção da Rússia, China e Coreia do Norte. Além disso, os países assinaram um memorando para realizar consultas tripartidas a fim de coordenar ações em caso de ameaças no Indo-Pacífico, bem como concordaram em cooperar no âmbito de defesa e segurança.
Alguns dias após a reunião, o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, declarou que os mecanismos de cooperação entre a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão vão se desenvolver, "promovendo a paz e prosperidade além da região, juntamente com alianças como AUKUS e Quad".
Na opinião de Gennady Gatilov, representante permanente da Rússia na ONU e outras organizações internacionais, a aliança AUKUS, criada em 2021 entre Camberra, Washington e Londres para ajudar a Austrália a construir submarinos de propulsão nuclear, pode a longo prazo se tornar um pleno bloco político-militar.
"A intensificação da cooperação técnico-militar, científica e tecnológica entre Washington, Seul e Tóquio facilita a fusão com os projetos realizados no âmbito da AUKUS e, portanto, torna a adesão da Coreia do Sul e do Japão à parceria [AUKUS] bastante viável", disse ele em entrevista à mídia russa.
O diplomata acredita que a criação da AUKUS é uma manifestação da "mentalidade de blocos" em relação à Rússia e à China. Portanto, nem Moscou nem Pequim podem ignorar a componente estratégico-militar da parceria tripartida, que, segundo ele, leva a um sério crescimento do potencial militar de seus membros atuais na Ásia-Pacífico e, em consequência, a uma mudança do equilíbrio de poder lá.
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