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Brasil e Argentina apostam no yuan, que já se considera 'moeda global', diz cientista político
Brasil e Argentina apostam no yuan, que já se considera 'moeda global', diz cientista político
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O diálogo entre os governos do Brasil e da Argentina para usar o yuan no comércio bilateral se enquadra em um debate que se faz forte em todo o mundo, disse à... 29.08.2023, Sputnik Brasil
2023-08-29T08:05-0300
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O encontro do ministro da Economia argentino Sergio Massa com o presidente brasileiro Lula da Silva para tratar do uso de yuan no comércio bilateral é "o reflexo local de uma discussão muito mais ampla" sobre a prevalência da moeda chinesa no mercado mundial, disse o cientista político argentino. Na verdade, a viagem de Massa ao Brasil teve como pontos centrais os encontros com Lula e os ministros da Economia, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Embora vários temas de integração entre os países sul-americanos tenham sido abordados, um dos pontos mais destacados foi o acordo necessário para que ambos os países começassem a desenvolver seu comércio em yuanes e já não em dólares dos EUA. "Isto se dá não só no âmbito da adesão da Argentina ao BRICS, mas também no âmbito de uma discussão cada vez mais difundida nas instituições econômicas internacionais sobre o uso do yuan como moeda global", afirmou Burdman. O analista considerou que todos os possíveis acordos que possam ocorrer entre China, Brasil e Argentina para incluir o yuan nas transações comerciais e financeiras entre eles não devem ser vistos como fatos isolados, mas como parte dessa "discussão global". A possibilidade de passar para yuanes o comércio entre a Argentina e Brasil surgiu no âmbito das dificuldades argentinas para adquirir dólares dos EUA. Com um esquema deste tipo, a Argentina não perderia reservas em dólares de seu Banco Central para fazer frente às importações e, além disso, se asseguraria poder fazer frente aos pagamentos de suprimentos brasileiros, chave para a indústria argentina.
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Brasil e Argentina apostam no yuan, que já se considera 'moeda global', diz cientista político
O diálogo entre os governos do Brasil e da Argentina para usar o yuan no comércio bilateral se enquadra em um debate que se faz forte em todo o mundo, disse à Sputnik o analista Julio Burdman. Para o especialista, o uso da moeda chinesa poderia chegar inclusive ao mercado varejista argentino.
O encontro do ministro da Economia argentino Sergio Massa com o
presidente brasileiro Lula da Silva para tratar do uso de yuan no comércio bilateral é
"o reflexo local de uma discussão muito mais ampla" sobre a prevalência da moeda chinesa no mercado mundial, disse o cientista político argentino.
Na verdade, a viagem de Massa ao Brasil teve como pontos centrais os encontros com Lula e os ministros da Economia, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Embora vários temas de integração entre os
países sul-americanos tenham sido abordados, um dos pontos mais destacados foi o acordo necessário para que ambos os países começassem a desenvolver seu
comércio em yuanes e já não em dólares dos EUA.
"Isto se dá não só no âmbito da
adesão da Argentina ao BRICS, mas também no âmbito de uma discussão cada vez mais difundida nas instituições econômicas internacionais sobre o uso do yuan como moeda global", afirmou Burdman.
O analista considerou que todos os possíveis acordos que possam ocorrer entre China, Brasil e Argentina para incluir o yuan nas transações comerciais e financeiras entre eles não devem ser vistos como fatos isolados, mas como parte dessa "discussão global".
"Estamos presenciando um reflexo local de uma discussão muito mais ampla que a Argentina e o Brasil mantêm, enquanto são aliados da China neste ponto", explicou Burdman. O especialista sugeriu que este processo pudesse chegar inclusive "à possibilidade de o yuan começar a ser utilizado nas transações de varejo na Argentina", possibilitando que alguns bancos argentinos "começassem a abrir contas em yuanes".
A possibilidade de passar para yuanes o comércio entre a Argentina e Brasil surgiu no âmbito das dificuldades argentinas para adquirir dólares dos EUA. Com um esquema deste tipo, a Argentina não perderia reservas em dólares de seu Banco Central para fazer frente às importações e, além disso, se asseguraria poder fazer frente aos pagamentos de suprimentos brasileiros, chave para a indústria argentina.