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China diz que notável queda no comércio com EUA é 'consequência direta das ações americanas'

© AFP 2023 / Philip FongO Comissário do Gabinete do Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na RAEHK, Xie Feng, discursa numa conferência de imprensa em Hong Kong, em 7 de fevereiro de 2020
O Comissário do Gabinete do Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China na RAEHK, Xie Feng, discursa numa conferência de imprensa em Hong Kong, em 7 de fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 31.08.2023
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Comércio entre Washington e Pequim caiu 14,5% no primeiro semestre do ano em relação ao ano anterior. Diplomacia chinesa diz que é "simplesmente confuso" EUA instaram a China a expandir acesso ao investimento estrangeiro e agora impõem restrições.
Durante o Fórum de Negócios EUA-China da Forbes ontem (30), o embaixador da China nos EUA, Xie Feng, culpou as tarifas e os controles de exportação dos Estados Unidos pela queda no comércio entre os dois países.

"Esta é uma consequência direta das medidas dos EUA para impor tarifas da Secção 301 às importações chinesas, abusar de sanções unilaterais e reforçar ainda mais os controlos de exportação. Os meios de subsistência de muitas famílias foram afetados e as empresas de ambos os países sofreram com o impacto", afirmou o diplomata citado pela CNBC.

O embaixador ainda pontuou que o maior risco da dissociação entre a China e os Estados Unidos "é a grande fonte de insegurança que vem de qualquer confronto entre os dois", disse ele.
"Excluir a China é fechar a porta às oportunidades, à cooperação, à estabilidade e ao desenvolvimento", complementou.
Ao mesmo tempo, Xie destacou a viagem da secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, à China esta semana.
Após reuniões com funcionários do governo chinês, Washington e Pequim concordaram em estabelecer canais de comunicação regulares sobre comércio, controlos de exportação e proteção de segredos comerciais.
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Já Raimondo disse aos jornalistas que declinou os pedidos chineses para reduzir os controles às exportações e "retirar" a ordem executiva sobre a triagem de investimentos externos: "Não negociamos em questões de segurança nacional", disse ela.
Como parte da viagem, a secretária do Comércio disse que conversou com mais de 100 empresas e ouviu cada vez mais delas que "a China não pode ser investida porque se tornou demasiado arriscada".
Entretanto, para diplomacia chinesa, "é simplesmente confuso que os Estados Unidos, que no passado instaram repetidamente a China a expandir o acesso ao investimento estrangeiro, estejam agora a impor restrições. Em vez de conter a China, apenas restringirá o direito das empresas americanas de se desenvolverem na China", continuou o embaixador em seu discurso no fórum.
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Por fim, Xie afirmou que as tarifas médias dos EUA sobre os produtos chineses eram de 19%, enquanto as tarifas chinesas sobre os produtos dos EUA eram em média de 7,3%: "Isso é justo? Isto realmente serve os interesses dos EUA?", indagou.
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