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Argentina retira condecorações do ex-ditador chileno Augusto Pinochet
Argentina retira condecorações do ex-ditador chileno Augusto Pinochet
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Decreto assinado pelo presidente argentino, Alberto Fernández, afirma que Pinochet "não pode invocar a dignidade que as condecorações atribuídas implicam". 06.09.2023, Sputnik Brasil
2023-09-06T17:31-0300
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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, determinou a retirada das condecorações concedidas pelo governo argentino ao ex-ditador chileno Augusto Pinochet, que governou o Chile de 1973 a 1990. A determinação foi dada via decreto, nesta quarta-feira (6). "O presidente assinou o decreto 455, pelo qual cancela o direito de Augusto Pinochet de uso das insígnias Ordem de Maio e Ordem do Libertador San Martín, devidamente concedidas [pelo governo argentino]", informou a porta-voz da Casa Rosada, Gabriela Cerruti, em coletiva de imprensa.A primeira condecoração foi concedida em 1975, pela então presidente, María Estela de Perón (1974–1976), e a segunda foi concedida em fevereiro de 1993, pelo então presidente, Carlos Menem (1989–1999), através do seu embaixador no Chile.O dia 11 de setembro deste ano marca os 50 anos do golpe de Estado de Pinochet, que interrompeu a ordem constitucional do Chile e levou o ditador a assumir a presidência por 15 anos, embora a ditadura tenha durado, na verdade, 17 anos, diz o decreto, que será publicado na noite desta quarta-feira.A Ordem de Maio, criada em 1946, é uma condecoração concedida a civis ou militares estrangeiros aos quais o Estado argentino deseja agradecer por serviços ou obras pessoais.A Ordem do Libertador San Martín, constituída em 1943, é entregue a funcionários, civis ou militares estrangeiros que mereçam reconhecimento em alto grau no exercício de suas funções.Com o seu golpe, Pinochet derrubou o presidente socialista Salvador Allende (1970–1973) e deu lugar a um regime em que 28 mil pessoas foram torturadas, 3.227 foram assassinadas e cerca de 200 mil foram forçadas ao exílio, segundo dados oficiais.
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Argentina retira condecorações do ex-ditador chileno Augusto Pinochet
17:31 06.09.2023 (atualizado: 17:51 06.09.2023) Decreto assinado pelo presidente argentino, Alberto Fernández, afirma que Pinochet "não pode invocar a dignidade que as condecorações atribuídas implicam".
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, determinou a retirada das condecorações
concedidas pelo governo argentino ao ex-ditador chileno Augusto Pinochet, que governou o Chile de 1973 a 1990. A determinação foi dada via decreto, nesta quarta-feira (6).
"O presidente assinou o decreto 455, pelo qual cancela o direito de Augusto Pinochet de uso das insígnias Ordem de Maio e Ordem do Libertador San Martín, devidamente concedidas [pelo governo argentino]", informou a porta-voz da Casa Rosada, Gabriela Cerruti, em coletiva de imprensa.
A primeira condecoração foi concedida em 1975, pela então presidente, María Estela de Perón (1974–1976), e a segunda foi concedida em fevereiro de 1993, pelo então presidente, Carlos Menem (1989–1999), através do seu embaixador no Chile.
O dia 11 de setembro deste ano marca os 50 anos do golpe de Estado de Pinochet, que interrompeu a ordem constitucional do Chile e levou o ditador a assumir a presidência por 15 anos, embora a ditadura tenha durado, na verdade, 17 anos, diz o decreto, que será publicado na noite desta quarta-feira.
"Não é razoável que quem tomou o poder e executou políticas que sobrecarregaram a vida e degradaram a condição humana possa invocar a dignidade que as condecorações atribuídas implicam", diz um trecho do decreto executivo.
A Ordem de Maio, criada em 1946, é uma condecoração concedida a civis ou militares estrangeiros aos quais o
Estado argentino deseja agradecer por serviços ou obras pessoais.
A Ordem do Libertador San Martín, constituída em 1943, é entregue a funcionários, civis ou militares estrangeiros que mereçam reconhecimento em alto grau no exercício de suas funções.
Com o seu golpe,
Pinochet derrubou o presidente socialista Salvador Allende (1970–1973) e deu lugar a
um regime em que 28 mil pessoas foram torturadas, 3.227 foram assassinadas e cerca de 200 mil foram forçadas ao exílio, segundo dados oficiais.