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Conservadores britânicos querem escalar tensões com China por espionagem, mas Londres está relutante

CC BY 2.0 / Flickr / Pietro Naj-Oleari / Bandeira do Reino Unido no primeiro plano, com a bandeira da União Europeia no pano de fundo, no Parlamento Europeu em Bruxelas, Bélgica (imagem de arquivo).
Bandeira do Reino Unido no primeiro plano, com a bandeira da União Europeia no pano de fundo, no Parlamento Europeu em Bruxelas, Bélgica (imagem de arquivo). - Sputnik Brasil, 1920, 12.09.2023
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Dois ex-líderes do Partido Conservador, no poder no Reino Unido, pediram na segunda-feira (11) uma postura mais rígida em relação à China, após revelações de que um funcionário do Parlamento foi preso por espionagem há alguns meses.
O ex-líder do Partido Conservador George Iain Duncan Smith disse à Câmara dos Comuns que era uma "notícia terrível" que uma célula de espionagem chinesa poderia estar operando em Londres, enquanto a ex-primeira-ministra Liz Truss pediu que o governo "reconhecesse que a China é a maior ameaça, tanto para o mundo quanto para a liberdade e a democracia do Reino Unido".
Smith e Truss pediram ao premiê Rishi Sunak para declarar a China como uma "ameaça", o que colocaria qualquer pessoa que trabalhasse "sob a direção" de Pequim ou em uma empresa ligada ao Estado sob crescente escrutínio dos serviços de segurança.
O Reino Unido deveria evitar chamar a China de "inimiga" ou usar linguagem que pudesse "aumentar" as tensões, disse a secretária para Negócios e Comércio do Reino Unido Kemi Badenoch.
"A China é um país com o qual fazemos muitos negócios. A China é um país significativo em termos de economia mundial. Tem assento no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas [ONU]. Certamente não deveríamos descrever a China como um inimigo, mas podemos descrevê-la como um desafio", disse Badenoch à Sky News.
As autoridades britânicas detiveram, em março, dois funcionários do Parlamento, acusados de violar a Lei dos Segredos Oficiais de 1911, por alegadamente espiarem para a China e que foram liberados sob fiança até outubro, declarou no fim de semana a Polícia Metropolitana.
A polícia não nomeou nenhum dos suspeitos, mas a mídia o fez. Um dos suspeitos de 28 anos atuava dentro do próprio Parlamento e, segundo o jornal Sunday Times, tinha "vínculos estreitos" com o secretário de Estado da Segurança, Tom Tugendhat, e estava "empregado como pesquisador" da presidente da Comissão Parlamentar das Relações Exteriores, Alicia Kearns.
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Sem revelar sua identidade, o suspeito disse em uma declaração divulgada por seus advogados que se sentiu "obrigado a responder às acusações da imprensa de que era um 'espião chinês'".
"Passei minha carreira até o momento tentando educar outras pessoas sobre o desafio e as ameaças representadas pelo Partido Comunista Chinês", disse o suspeito.
"É essencial que se saiba que sou completamente inocente", disse ele, denunciando a "desinformação" e as reportagens "extravagantes".
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que a alegação é "totalmente infundada" e pediu ao governo britânico que pare com o que chamou de desinformação e "políticas antichinesas".
"Pedimos encarecidamente ao lado britânico que deixe de espalhar informações falsas e ponha fim às suas manobras políticas antichinesas", afirmou Mao Ning.
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