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EUA esgotaram o financiamento para manter o fluxo de munições para Kiev, diz senador democrata

© AP Photo / Efrem LukatskySoldados ucranianos abrem fogo com um obuseiro M777 fornecido pelos EUA contra posições russas na República Popular de Donetsk (RPD), em 18 de junho de 2022
Soldados ucranianos abrem fogo com um obuseiro M777 fornecido pelos EUA contra posições russas na República Popular de Donetsk (RPD), em 18 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 19.09.2023
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Senador democrata diz que Washington esgotou os recursos para financiar militares ucranianos e prevê desastre para ofensiva de Kiev.
O governo dos EUA está ficando sem financiamento para manter o fluxo de munições para militares ucranianos. O alerta foi dado pelo senador democrata Chris Murphy, em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (19).
Ele acrescentou que a medida provisória apresentada pelo Partido Republicano para manter gastos de curto prazo, intitulada Resolução Contínua, pode ser desastrosa para a contraofensiva do regime de Kiev caso aprovada.

"Estamos ficando sem financiamento para manter o fluxo de munição para o Exército ucraniano. É tão irresponsável, tão perigoso para os republicanos da Câmara mostrarem ao mundo o potencial abandono desse aliado [Ucrânia]", disse o senador.

Atualmente os republicanos controlam a Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Congresso dos EUA, que controla as dotações financeiras. Elaborada pela maioria republicana, a Resolução Contínua não abrange mais ajuda militar a Kiev, especialmente no que tange ao envio de armas e munições.
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O envio de ajuda financeira, militar e humanitária à Ucrânia vem perdendo apoio entre congressistas, especialmente republicanos. Os EUA já gastaram mais de US$ 100 bilhões (R$ 486,8 bilhões) em suporte ao regime de Kiev, somando equipamentos militares e ajuda econômica e humanitária. Paralelamente, o país enfrenta sérias dificuldades financeiras. Na segunda-feira (18), pela primeira vez a dívida pública dos EUA superou a marca de US$ 33 bilhões (cerca de R$ 160 bilhões).
O apoio à ucrânia também vem minando a aprovação do governo do presidente americano, Joe Biden, e colocando em xeque o apoio do Partido Democrata à candidatura à reeleição do presidente em 2024.
Nesta terça-feira, em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, a crise climática foi prioridade no discurso de Biden, enquanto a Ucrânia perdeu espaço. Embora tenha reafirmado o apoio ao regime de Kiev, o presidente americano falou menos sobre o conflito neste ano do que no discurso de 2022.
A Ucrânia lançou a sua mais recente contraofensiva no início de junho, chamada campanha de verão. Três meses depois, o presidente russo, Vladimir Putin, informou que a contraofensiva ucraniana falhou, com a Ucrânia sofrendo 71 mil baixas. Vários analistas ​​ocidentais também admitiram que a contraofensiva ucraniana não obteve sucesso em nenhuma das frentes.
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