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'Os riscos de um conflito global estão aumentando', diz Lavrov no Conselho de Segurança da ONU
'Os riscos de um conflito global estão aumentando', diz Lavrov no Conselho de Segurança da ONU
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Os riscos de um conflito global estão aumentando, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, nesta quarta-feira (20), durante uma... 20.09.2023, Sputnik Brasil
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O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), realizou um resgate histórico ao falar sobre o conflito ucraniano elencando os pontos críticos em que o Ocidente desrespeitou pactos e acordos com Moscou.Segundo Lavrov, o Ocidente caminhou na direção do conflito na medida em que avançou com a agenda de expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o Leste Europeu. Agora, o chanceler afirma que o risco de uma escalada continua crescendo. Para fazer face a esses riscos, a Rússia insiste para que todas as disposições da Carta das Nações Unidas sejam respeitadas e não aplicadas seletivamente, incluindo a igualdade soberana dos Estados, a não interferência nos seus assuntos internos, o respeito pela integridade territorial e o direito das pessoas à autodeterminação, acrescentou Lavrov.Ainda segundo o ministro, a Rússia não abandona a possibilidade de negociações com a Ucrânia. Para ele, se os EUA quisessem, poderiam ordenar a Kiev que cancelasse o decreto que proíbe as negociações com Moscou. Dirigindo-se ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, Lavrov observou que Vladimir Zelensky assinou um decreto proibindo as negociações e destacou que "se os EUA estão tão interessados nelas, penso que não será difícil ordenar que este decreto de Zelensky seja cancelado", sublinhou.Para o chanceler, os riscos de um conflito sem precedentes não se estabelecem apenas a partir das imensas doações de armas do Ocidente à Ucrânia. Na semana passada, Londres, Paris e Berlim anunciaram que vão manter as sanções contra Teerã relacionadas com o seu programa nuclear e o desenvolvimento de mísseis balísticos.O Kremlin tem ressaltado repetidamente que as contínuas remessas de equipamentos militares à Ucrânia apenas prolongam um conflito que pode tomar proporções ainda maiores. Na medida em que os países têm aumentando seus orçamentos militares, em meio à lógica anacrônica da Guerra Fria, o desenvolvimento e o multilateralismo acabam sendo deixados de lado, restritos à poucos atores internacionais que acabam perdendo espaço de debate em órgãos como a ONU.A Rússia, que já havia desprendido grandes esforços para uma saída diplomática do conflito, continua a sugerir que os esforços sejam feitos neste sentido, mas que uma saída duradoura para a crise de segurança só seria atingida de forma plenas se as partes envolvidas nas hostilidades fossem ouvidas igualmente.
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'Os riscos de um conflito global estão aumentando', diz Lavrov no Conselho de Segurança da ONU
14:34 20.09.2023 (atualizado: 15:44 20.09.2023) Os riscos de um conflito global estão aumentando, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, nesta quarta-feira (20), durante uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, em reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), realizou um resgate histórico ao falar sobre o
conflito ucraniano elencando os
pontos críticos em que o Ocidente desrespeitou pactos e acordos com Moscou.
Segundo Lavrov, o Ocidente caminhou na direção do conflito na medida em que
avançou com a agenda de expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para o Leste Europeu. Agora, o chanceler afirma que o
risco de uma escalada continua crescendo.
"Os riscos de conflito global também estão aumentando", disse Lavrov.
Para fazer face a esses riscos, a Rússia insiste para que
todas as disposições da Carta das Nações Unidas sejam respeitadas e não
aplicadas seletivamente, incluindo a igualdade soberana dos Estados, a não interferência nos seus assuntos internos, o respeito pela integridade territorial e o direito das pessoas à autodeterminação, acrescentou Lavrov.
Ainda segundo o ministro, a Rússia não abandona a possibilidade de negociações com a Ucrânia. Para ele, se os EUA quisessem, poderiam ordenar a Kiev que cancelasse o decreto que proíbe as negociações com Moscou.
"Falando em negociações — não as estamos abandonando, mesmo agora, o presidente Putin falou sobre isso muitas vezes, inclusive recentemente", enfatizou Lavrov.
Dirigindo-se ao
secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, Lavrov observou que Vladimir Zelensky assinou um decreto proibindo as negociações e destacou que "se os EUA estão tão interessados nelas, penso que
não será difícil ordenar que este decreto de Zelensky seja cancelado", sublinhou.
19 de setembro 2023, 11:27
Para o chanceler, os riscos de um conflito sem precedentes não se estabelecem apenas a partir das imensas
doações de armas do Ocidente à Ucrânia. Na semana passada, Londres, Paris e Berlim anunciaram que
vão manter as sanções contra Teerã relacionadas com o seu programa nuclear e o desenvolvimento de mísseis balísticos.
"O problema relacionado com os regimes de sanções também requer atenção [...]. O Conselho de Segurança [...] aprova sanções contra um país específico, e depois os Estados Unidos e os seus aliados impõem restrições unilaterais 'adicionais' contra o mesmo Estado [...]. O mais recente exemplo flagrante desta abordagem é a decisão tomada por Berlim, Paris e Londres, através da sua legislação nacional, de 'estender' as restrições ao Irã que expiram em outubro, as quais estão sujeitas a rescisão legal de acordo com a Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU", disse Lavrov.
O Kremlin tem ressaltado repetidamente que as contínuas remessas de equipamentos militares à Ucrânia
apenas prolongam um conflito que pode tomar proporções ainda maiores. Na medida em que os países têm aumentando seus
orçamentos militares, em meio à lógica anacrônica da Guerra Fria, o desenvolvimento e o multilateralismo acabam sendo deixados de lado, restritos à poucos atores internacionais que acabam perdendo espaço de debate em órgãos como a ONU.
A Rússia, que já havia desprendido grandes esforços para uma
saída diplomática do conflito, continua a sugerir que os esforços sejam feitos neste sentido, mas que uma saída duradoura para a crise de segurança só seria atingida de forma plenas
se as partes envolvidas nas hostilidades fossem ouvidas igualmente.