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Conflito ucraniano forçou o Ocidente a parar de olhar com desdém para o Sul Global, segundo mídia
Conflito ucraniano forçou o Ocidente a parar de olhar com desdém para o Sul Global, segundo mídia
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O conflito ucraniano ajudou os países do Sul Global a ver a verdadeira face do Ocidente. Os Estados do Sul Global estão lutando para garantir que as suas vozes... 21.09.2023, Sputnik Brasil
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Segundo o The Guardian, a crise destacou um ressentimento desses países causado pelo colonialismo e pelo padrão duplo que os Estados Unidos e a Europa demonstraram em várias partes do mundo.Muitos na Europa e na América do Norte ficaram surpreendidos de forma negativa com o fato de tantos países terem se abstido na votação da ONU que condenava a Rússia pelo lançamento da operação especial na Ucrânia. De acordo com o The Guardian, estes membros da organização também não concordaram em apoiar as restrições impostas à Rússia. Ao todo, 40 países introduziram sanções antirrussas, porém dois terços da população mundial vivem em Estados que não o fizeram.Como continua a autora do artigo, a divisão geopolítica sobre o conflito entre Moscou e Kiev manifestou-se novamente de forma acentuada na recente cúpula do G20 realizada na Índia no início de setembro. Um consenso só foi alcançado depois de a elaboração da declaração sobre o conflito na Ucrânia ter sido suavizada. Isto não significa que os países que tentam permanecer observadores externos apoiem a operação russa, mas pode-se tirar a seguinte conclusão: os Estados acima mencionados acreditam que o conflito na Ucrânia é uma crise europeia a qual não diz respeito a eles, porém, que ao mesmo tempo os faz sofrer as consequências – especialmente quando se trata de segurança alimentar e energética.O conceito de Sul Global surge subitamente em quase todas as discussões que têm lugar no Ocidente atualmente. Todavia, é cada vez mais utilizado pelos próprios membros da categoria, e este conceito inclui tanto Estados que anteriormente eram chamados de países em desenvolvimento, bem como muitas ex-colônias. Nele, são incluídas potências econômicas como China e Índia, bem como potências médias como Turquia, Brasil e Arábia Saudita, além de países pobres que lutam para fazer com que as suas vozes sejam ouvidas ao invés de moldadas e definidas pelo Ocidente.Dessa forma, para serem ouvidos, esses países criam e expandem organizações, como fizeram recentemente na última reunião do BRICS, durante a qual o grupo aceitou novos membros em sua composição – Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.Por fim, a autora do artigo conclui que o conflito ucraniano forçou o Ocidente a parar de olhar com desdém para o Sul Global. A operação militar especial destacou a raiva e o ressentimento em relação aos países europeus e aos EUA que se acumularam ao longo de séculos de colonialismo e neocolonialismo, além do padrão duplo que os países ocidentais tantas vezes demonstraram em relação às violações dos direitos e da lei em várias partes do mundo.
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Conflito ucraniano forçou o Ocidente a parar de olhar com desdém para o Sul Global, segundo mídia
O conflito ucraniano ajudou os países do Sul Global a ver a verdadeira face do Ocidente. Os Estados do Sul Global estão lutando para garantir que as suas vozes sejam ouvidas e não moldadas e definidas pelo Norte Global.
Segundo o The Guardian, a crise destacou um
ressentimento desses países causado pelo colonialismo e pelo
padrão duplo que os Estados Unidos e a Europa demonstraram em várias partes do mundo.
Muitos na Europa e na América do Norte ficaram surpreendidos de forma negativa com o fato de tantos países terem se abstido na votação da ONU que condenava a Rússia pelo lançamento da operação especial na Ucrânia.
De acordo com o The Guardian, estes membros da organização também não concordaram em apoiar as restrições impostas à Rússia. Ao todo, 40 países introduziram sanções antirrussas, porém dois terços da população mundial vivem em Estados que não o fizeram.
Como continua a autora do artigo, a divisão geopolítica sobre o conflito entre Moscou e Kiev manifestou-se novamente de forma acentuada na recente cúpula do G20 realizada na Índia no início de setembro. Um consenso só foi alcançado depois de a elaboração da declaração sobre o conflito na Ucrânia ter sido suavizada.
Isto não significa que os países que tentam permanecer observadores externos apoiem a operação russa, mas pode-se tirar a seguinte conclusão: os Estados acima mencionados acreditam que o conflito na Ucrânia é uma crise europeia a qual não diz respeito a eles, porém, que ao mesmo tempo os faz sofrer as consequências – especialmente quando se trata de segurança alimentar e energética.
O conceito de Sul Global surge subitamente em quase todas as discussões que têm lugar no Ocidente atualmente. Todavia, é cada vez mais utilizado pelos próprios membros da categoria, e este conceito inclui tanto Estados que anteriormente eram chamados de países em desenvolvimento, bem como muitas ex-colônias.
19 de setembro 2023, 05:11
Nele, são incluídas potências econômicas como China e Índia, bem como potências médias como Turquia, Brasil e Arábia Saudita, além de
países pobres que lutam para fazer com que as suas vozes sejam ouvidas ao invés de moldadas e definidas pelo Ocidente.Dessa forma, para serem ouvidos, esses países criam e
expandem organizações, como fizeram recentemente na última
reunião do BRICS, durante a qual o grupo aceitou novos membros em sua composição – Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Por fim, a autora do artigo conclui que
o conflito ucraniano forçou o Ocidente a parar de olhar com desdém para o Sul Global. A operação militar especial destacou a raiva e o ressentimento em relação aos países europeus e aos EUA que se acumularam ao longo de séculos de colonialismo e neocolonialismo, além do padrão duplo que os países ocidentais tantas vezes demonstraram em relação às violações dos direitos e da lei em várias partes do mundo.
"O conflito na Ucrânia, de qualquer maneira, terminará um dia. No entanto, a visão do Norte Global, que de repente percebeu o poder geopolítico do Sul, não é um fenômeno temporário", escreve a autora da matéria.