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Delação de Mauro Cid revela que Bolsonaro se reuniu com cúpula militar e avaliou golpe de Estado

© FolhapressJair Bolsonaro chega para pronunciamento no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF), em 19 de outubro de 2022
Jair Bolsonaro chega para pronunciamento no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF), em 19 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2023
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Segundo fontes, em acordo de delação premiada do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, teria afirmado que o então presidente avaliou alternativas de golpe de Estado junto à cúpula das Forças Armadas.
De acordo com O Globo, em 2022, Bolsonaro se reuniu com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar de seu governo para discutir detalhes de uma minuta que abriria possibilidade para uma intervenção militar no país. A ideia por trás do plano de golpe era impedir a troca de governo no Brasil.
Interlocutores da base do governo afirmam que os militares receberam a notícia de hoje (21) como uma bomba, uma vez que, no Brasil, conspirar contra o Estado Democrático de Direito é considerado crime. A notícia mancha a reputação das armas mais uma vez ao atrelar as Forças Armadas em uma suposta aventura golpista de Bolsonaro e seus aliados políticos — alguns deles ainda com apego à farda uma vez que estavam na reserva, mas haviam sido generais de alta patente.
Ainda segundo a apuração, Cid relatou que ele próprio foi um dos participantes de uma reunião onde uma minuta de golpe foi debatida entre os presentes, entretanto, chama a atenção que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento dele se ele o fizesse, ao contrário do Exército, que teria se recusado a participar.
Ao envolver membros da cúpula das Forças Armadas, Mauro Cid provocou um alvoroço que levou o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, a comentar o caso publicamente.
"Olha, só uma coisa eu tenho absolutamente certeza cristalina, é que o golpe não interessou, não interessou em momento nenhum as Forças Armadas. São atitudes isoladas de componentes das forças, mas o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, nós devemos a eles a manutenção da nossa democracia", declarou o ministro.
A Polícia Federal (PF) tem tratado a delação de Cid com cautela e sigilo para que as informações reveladas por ele sirvam como ponto de partida para as investigações.
A defesa de Cid disse à Globonews, em nota, que não comentaria o caso pois não tiveram acesso ao depoimento em questão.
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