Congressista dos EUA se recusa a financiar conflito na Ucrânia: 'Morte e destruição desnecessárias'
13:33 22.09.2023 (atualizado: 14:46 22.09.2023)
© AP Photo / Efrem LukatskyMilitares ucranianos desempacotam remessa de mísseis antitanque Javelin, dos EUA, em 11 de fevereiro de 2022
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Um dos congressistas dos EUA que não apoiou a alocação de US$ 24 bilhões em assistência adicional ao esforço de guerra de Kiev falou à Sputnik porque discorda da agenda.
O presidente ucraniano Vladimir Zelensky, que esperava receber US$ 24 bilhões (cerca de R$ 116 bilhões) em promessas de ajuda durante sua visita aos Estados Unidos, acabou recebendo 70 vezes menos que o solicitado.
Com pacotes de assistência militar de apenas US$ 325 milhões (cerca de R$ 1,6 milhão), observadores afirmam que o presidente deve ter saído bastante frustrado dos EUA especialmente após a recusa do presidente da Câmara, Kevin McCarthy, de recebê-lo no plenário da casa.
Ainda na quinta-feira (21), McCarthy também questionou o nível de ajuda militar à Ucrânia, perguntando "Zelensky foi eleito pelo Congresso? Ele é seu presidente? [...] Eu tenho perguntas para ele. Onde está a responsabilidade [referindo-se a uma prestação de contas] pelo dinheiro que já gastamos? Qual é o plano para a vitória? Acho que é isso que o público americano quer saber", destacou.
Falando à Sputnik, o congressista Paul Gosar (Republicano pelo Arizona), que votou contra todas os projetos de lei para financiar o conflito na Ucrânia, disse que não vai apoiar nenhum pedido suplementar.
"Não apoiarei este último pedido suplementar de US$ 40 bilhões [cerca de R$ 196,6 bilhões], ou qualquer pedido futuro de Biden para perpetuar a morte e destruição desnecessárias de ambos os lados nesta guerra", afirmou o legislador.
Segundo o republicano, os EUA estão "sob ataque" enfrentando uma situação difícil na fronteira sul do país com o México. Além disso, a inflação atingiu um máximo histórico e em suas palavras, Washington "está enterrado em uma dívida nacional de US$ 33 trilhões [cerca de R$ 162,2 trilhões]".
"Qualquer pessoa no Congresso que pense diferente deveria passar mais tempo longe de Washington, DC, porque a maioria dos americanos está farta da guerra e dos gastos intermináveis. O Congresso deveria parar de desperdiçar dinheiro na Ucrânia e se concentrar nas necessidades da América", afirmou Paul Gosar.
Em meio às crescentes desconfianças sobre o futuro do conflito ucraniano, ainda na quinta-feira, um grupo de senadores republicanos dos EUA partilhou as suas preocupações sobre o aparente compromisso da administração Biden em apoiar Kiev aparentemente de forma indefinida e enviou uma carta ao diretor do gabinete de Gestão e Orçamento questionando a postura do governo.