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Escalada do atrito? Premiê da Polônia repreende Zelensky por insultos contra seu país na ONU

© AP Photo / Geert Vanden WijngaertMateusz Morawiecki fala com jornalistas em coletiva em Bruxelas. Bélgica, 18 de julho de 2023
Mateusz Morawiecki fala com jornalistas em coletiva em Bruxelas. Bélgica, 18 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 22.09.2023
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Mateusz Morawiecki afirmou que os poloneses não vão permitir insultos como os feitos por Zelensky na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Rusga entre os governos expõe fratura entre até então aliados.
O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, alertou o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, contra novos insultos à Polônia.

"Quero dizer a [Vladimir] Zelensky para nunca mais insultar os poloneses da forma como insultou recentemente durante o seu discurso na ONU. Os poloneses nunca permitirão isso", disse Morawiecki durante uma reunião com eleitores, que foi transmitida pela TVP.

Morawiecki destacou que a Polônia conhece seus interesses no atual contexto geopolítico global e pretende defendê-los. Ele afirmou ainda que seu país vem ajudando o regime de Kiev de forma ativa, organizando o envio de armas fornecidas pelo Ocidente.
"Agora estamos, principalmente, nos armando. Mas o centro em Rzeszow, um centro logístico especial, opera e continuará operando em cooperação com nossos aliados", disse o primeiro-ministro.
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As relações entre Polônia e Ucrânia vêm se deteriorando nas últimas semanas. A rusga teve início quando a Polônia decidiu descumprir a decisão da Comissão Europeia de suspender o embargo aos grãos ucranianos.
Os governos de Polônia, Hungria e Eslováquia afirmaram que não vão cumprir a decisão, como forma de proteger a agricultura de seus países, afetados pela crise gerada pela entrada em massa de grãos ucranianos.
Dias depois, Morawiecki anunciou que a Polônia iria suspender o envio de armas à Ucrânia, para priorizar o aparato bélico de seu país.
A situação piorou após Zelensky criticar a decisão da Polônia em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, quando afirmou que o apoio de seus aliados do leste não passava de um "teatro político".
Em resposta, o presidente da Polônia, Andrzej Duda, em entrevista a jornalistas em frente à sede da ONU, em Nova York, comparou a Ucrânia a um homem que se afoga, tenta se agarrar a tudo e ameaça afogar aqueles que tentam ajudá-lo.
Para alguns analistas, as rusgas com a Polônia, antes uma ferrenha aliada da Ucrânia, são um sinal de que o regime de Kiev começa a perder apoio no Ocidente.
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