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Exportações japonesas de frutos do mar para a China despencam após despejo de água de Fukushima

© AP Photo / Ahn Young-joonManifestantes se organizam para exigir o fim da liberação pelo Japão de água radioativa tratada da usina nuclear danificada de Fukushima no mar. Coreia do Sul, 31 de agosto de 2023
Manifestantes se organizam para exigir o fim da liberação pelo Japão de água radioativa tratada da usina nuclear danificada de Fukushima no mar. Coreia do Sul, 31 de agosto de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 25.09.2023
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A queda ocorre a partir da decisão de Pequim de suspender as importações de produtos marinhos provenientes do Japão por conta do despejo de água contaminada no mar.
As importações chinesas de frutos do mar provenientes do Japão foram drasticamente reduzidas após as proibições impostas por Pequim em resposta à descarga de águas residuais da usina nuclear de Fukushima no oceano, informou esta segunda-feira (25) a emissora japonesa NHK, citando dados oficiais da Alfândega da China.
De acordo com os números, as importações de produtos marinhos da nação insular caíram 67% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano anterior, representando quase US$ 20,2 milhões (R$ 100,2 milhões). Embora as sanções só tenham entrado em vigor no final do mês passado, os dados mais recentes indicam o efeito que elas já estão tendo na economia japonesa, uma vez que as empresas pesqueiras têm visto seus produtos se acumularem nas fábricas de processamento, onde 64% das suas exportações se destinavam para a China.
Em 24 de agosto deste ano, a operadora da usina de Fukushima, a Energia Elétrica de Tóquio (TEPCO, na sigla em inglês), começou a bombear mais de um milhão de toneladas de água para o mar, suscitando fortes críticas por parte de Pequim, que descreveu a medida como "extremamente egoísta" e "irresponsável".
A decisão chinesa de suspender todas as importações de frutos do mar japoneses, argumentando que o despejo representa um risco de contaminação radioativa, desencadeou uma disputa diplomática e aumentou as tensões entre os dois países.
A TEPCO e as autoridades japonesas asseguram que o derramamento – um processo que durará pelo menos 30 anos – não afetará o meio marinho nem a saúde humana, uma vez que a água é tratada para eliminar a maior parte das substâncias radioativas, exceto trítio, de forma completa. Contudo, o órgão de vigilância nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirma que o trítio é altamente diluído e os seus níveis estão dentro de limites de segurança.
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