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Nagorno-Karabakh: explosão em depósito de combustível deixa ao menos 68 mortos e centenas de feridos

© Sputnik / Murad Orujov / Acessar o banco de imagensFila de carros no posto de controle de Lachin, que funciona como corredor para pessoas que saem de Nagorno-Karabakh com destino à Armênia, em 26 de setembro de 2023
Fila de carros no posto de controle de Lachin, que funciona como corredor para pessoas que saem de Nagorno-Karabakh com destino à Armênia, em 26 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 26.09.2023
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No momento da explosão, depósito estava repleto de motoristas que buscavam abastecer seus veículos para deixar a região em direção à Armênia.
Pelo menos 68 pessoas morreram e cerca de 290 ficaram feridas em decorrência de uma explosão em um depósito de combustível, ocorrida na última segunda-feira (25), em Nagorno-Karabakh, região alvo de uma escalada de tensão na semana passada, desencadeada por uma operação das Forças Armadas do Azerbaijão.
Segundo informou a mídia estatal da Armênia, há também mais de 100 desaparecidos. No momento da explosão, o depósito estava repleto de motoristas que pretendiam abastecer seus veículos para deixar o território rumo à Armênia, que já recebeu mais de 20 mil refugiados de Nagorno-Karabakh desde o início da operação lançada pelo governo azerbaijano.
A violência em Nagorno-Karabakh eclodiu na semana passada, após o governo azerbaijano lançar uma ofensiva militar na região, de maioria armênia, sob o argumento de implementar medidas antiterroristas de natureza local para restaurar a ordem constitucional.
O governo armênio considerou a operação uma agressão contra Nagorno-Karabakh e destacou que não existem unidades militares armênias na região.
Um dia depois, através da mediação das forças de paz russas, foi alcançado um acordo de cessar-fogo. Entre as condições da trégua, foi determinada a retirada de equipamento militar pesado de Nagorno-Karabakh.
Divisão de contingente da paz russo em veículo blindado de transporte de pessoal BTR-80, em Nagorno-Karabakh, foto publicada em 10 de novembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2023
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Nagorno-Karabakh é uma região na Transcaucásia. A esmagadora maioria da população é armênia.
Em 1923, a região recebeu o status de região autônoma dentro da República Socialista Soviética do Azerbaijão. Em 1988, começou em Nagorno-Karabakh um movimento de reunificação com a Armênia. Em 2 de setembro de 1991, o Azerbaijão proclamou a sua independência, e o nome da região autônoma mudou para República de Nagorno-Karabakh. De 1992 a 1994, o Azerbaijão tentou assumir o controle da autoproclamada república. Nessa ação militar de grande escala morreram cerca de 30 mil pessoas.
Em 1994, as partes concordaram em estabelecer um cessar-fogo, mas o status do território nunca foi determinado. No final de setembro de 2020, os combates recomeçaram em Nagorno-Karabakh. Na noite de 10 de novembro, o Azerbaijão e a Armênia, com o apoio de Moscou, chegaram a um acordo para cessar completamente as hostilidades, permanecendo nas posições ocupadas, trocar prisioneiros e os corpos dos mortos. Na região foram implantadas forças de paz russas, inclusive no corredor de Lachin.
No ano passado, Yerevan e Baku, com a mediação de Rússia, EUA e União Europeia, iniciaram discussões sobre um futuro acordo de paz. No final de maio deste ano, o premiê armênio, Nikol Pashinyan, disse que seu país estava pronto para reconhecer a soberania do Azerbaijão nas fronteiras soviéticas, ou seja, junto com Nagorno-Karabakh. Em setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, chamou a atenção para o fato de que a liderança armênia, em essência, havia reconhecido a soberania do Azerbaijão sobre Nagorno-Karabakh. O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, disse que Baku e Yerevan podem assinar um acordo de paz antes do final do ano, a menos que a Armênia mude sua posição.
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