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Berlim se recusa a classificar nacionalistas ucranianos como extremistas de direita, diz parlamentar

© Sputnik / Miroslav Luzhetsky / Acessar o banco de imagensMonumento de Stepan Bandera, líder nazista ideológico da Organização dos Nacionalistas Ucranianos, em Lvov, na Ucrânia
Monumento de Stepan Bandera, líder nazista ideológico da Organização dos Nacionalistas Ucranianos, em Lvov, na Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 27.09.2023
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Enquanto condena qualquer forma de extremismo de direita, racismo e antissemitismo, o governo alemão não vai descrever com essas mesmas palavras colaboracionistas ucranianos. É o que acusa a deputada Sevim Dagdelen, do Partido de Esquerda alemão, em resposta ao gabinete do governo central do país.
Entre tais colaboracionistas, a parlamentar citou o nazista Stepan Bandera, a Divisão Galícia (que atuou em conjunto com a SS, exército paramilitar do Partido Nazista, durante a Segunda Guerra Mundial), o Exército Insurreto Ucraniano e o Batalhão Azov (esta organização terrorista proibida na Rússia).

"O governo federal não está preparado para apoiar as avaliações e declarações jurídicas contidas no prefácio e nas perguntas [enviadas pelo Partido de Esquerda], em particular no que diz respeito à classificação geral de certos grupos ou pessoas (históricas) como extremistas de direita, antissemitas, anticiganos ou racistas", disse, conforme divulgado pelo jornal alemão junge Welt.

Em sua resposta ao meu pedido, o Governo Federal "expressamente" rejeita "grupos ou pessoas (históricas)" como Stepan Bandera, a Divisão [...] "Galícia", a OUN ou UPA [Exército Insurreto Ucraniano] e o Regimento Azov em todos os níveis "como extremistas de direita, antissemitas, anticiganos ou de outra forma racistas". O @jungewelt gentilmente documenta todo o pedido com as respostas escandalosas.
A deputada questiona ainda se o governo percebe que os membros do Exército Insurreto Ucraniano, pelo menos temporariamente, colaboraram com o Reich nazista e cometeram milhares de assassinatos de civis, especialmente poloneses, judeus e ciganos.
A esquerda também quis saber até que ponto o governo federal considera necessário opor-se ativamente ao branqueamento empreendido por esse grupo e por figuras históricas associadas a Stepan Bandera, dado que o antissemitismo não pode ser tolerado na Alemanha, que "aprendeu a sua lição com a história".
Apesar das provas da manifestação do neofascismo na Ucrânia, o governo alemão respondeu que "não possui os seus próprios dados" sobre esses incidentes. Mas ao mesmo tempo enfatizou que condena "qualquer forma" de extremismo de direita, racismo e antissemitismo.
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Homenagem a herói ucraniano nazista

Sevim Dagdelen ainda lembrou que, durante visita do presidente Vladimir Zelensky ao Canadá, o Parlamento local prestou homenagem ao soldado ucraniano Yaroslav Hunka, que é nazista.
O episódio levou à renúncia do presidente da Casa legislativa, Anthony Rota.

"A negação real das conclusões científicas dos estudos internacionais sobre o Holocausto, devido a alegada ignorância, está claramente integrada a uma série de incidentes, como a homenagem inaceitável ao soldado Yaroslav Hunka, dado como herói ucraniano no Parlamento do Canadá", comentou.

Yaroslav Hunka, veterano nazista da Segunda Guerra Mundial, é homenageado em sessão da Câmara dos Comuns do Canadá, em 22 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 26.09.2023
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Ministro da Polônia pede extradição de soldado nazista homenageado no Canadá
Anteriormente, um representante do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Sebastian Fischer, disse que a embaixadora alemã no Canadá, Sabine Sparwasser, esteve presente na homenagem a Yaroslav Hunka.
Durante a ovação, todos os presentes, incluindo o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, além de Zelensky e sua esposa, saudaram várias vezes o soldado com aplausos de pé.
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