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Banco Central mantém estimativa de inflação e eleva previsão de crescimento do PIB no Brasil

© Valter Campanato/Agência BrasilFernando Haddad, ministro da Economia, durante entrevista, na Argentina, em 28 de agosto de 2023
Fernando Haddad, ministro da Economia, durante entrevista, na Argentina, em 28 de agosto de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 28.09.2023
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A previsão de crescimento do PIB neste ano foi elevada mais uma vez pelo Banco Central do Brasil, conforme aponta o relatório trimestral sobre inflação, divulgado nesta quinta-feira (28).
A estimativa para todo o período de 2023 saltou de 2%, prevista no relatório de junho, para 2,9%. O documento justifica a mudança devido à "surpresa com o crescimento no segundo trimestre". Já a inflação deve ficar em 5% neste ano.
Após superar até as projeções mais otimistas, a economia brasileira no segundo trimestre teve alta de 0,9%, o que levou diversos analistas a revisarem os dados previstos para o ano.
Quanto ao forte crescimento no primeiro semestre, o Banco Central ressalta que se deve, em parte, a fatores transitórios e que a perspectiva é que a atividade "cresça a um ritmo mais lento nos próximos trimestres e ao longo de 2024".
Para o próximo ano, a expectativa do Banco Central é de alta de 1,8% do PIB.

Haddad prevê crescimento superior a 3%

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que a economia brasileira deve crescer acima de 3% neste ano, em declaração dada pouco depois da divulgação do relatório do Banco Central — índice acima da média de crescimento entre 2002 e 2022, que foi de 2,2%.

"E crescerá um pouco mais, eu acredito; nossa projeção [do Ministério da Fazenda] já está acima de 3%. Cada um tem sua metodologia, mas tudo está convergindo para a mesma coisa", disse.

Conforme Haddad, no início do ano havia projeções de analistas que apontavam até mesmo uma recessão neste ano, que é o primeiro do novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Todo mundo estava errado", alegou.
Após ter atingido índices de aprovação pelo mercado financeiro de 65% em julho, a "lua de mel" do ministro com o setor parece ter se aproximado de um fim. Neste mês, conforme pesquisa Genial/Quaest, o número caiu para 46%. O principal motivo da queda é a falta de uma política fiscal efetiva, segundo os entrevistados.
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