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Irã diz que Arábia Saudita 'aposta em cavalo perdedor' ao retomar laços com Israel; Netanyahu rebate

© AFP 2023Soldados iranianos marcham durante o desfile militar na capital Teerã
Soldados iranianos marcham durante o desfile militar na capital Teerã - Sputnik Brasil, 1920, 03.10.2023
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Em meio ao avanço das negociações entre Israel e Arábia Saudita, autoridades do governo do Irã têm emitido declarações que apontam para o insucesso da ação diplomática. Para Ebrahim Raisi, o movimento é "reacionário e regressivo".
Nesta terça-feira (3), o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, disse que os países muçulmanos que vêm normalizando com Tel Aviv estão "apostando em um cavalo perdedor".

"A posição definitiva da República Islâmica é que os governos que dão prioridade à aposta da normalização com o regime sionista incorrerão em perdas. Como dizem os europeus: 'Estão a apostar em um cavalo perdedor'", disse Khamenei acrescentando que "hoje, a situação do regime sionista não é tal que deva motivar a proximidade com ele; eles não deveriam cometer esse erro", afirmou o líder segundo o The Times of Israel.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rebateu a autoridade iraniana e afirmou que Teerã não vai atrapalhar os esforços de Israel para normalizar as relações com outras nações árabes e muçulmanas.

"Enquanto o regime terrorista de Khamenei semeia destruição e carnificina, Israel promove o progresso e a paz. Assim como o Irã não nos impediu de alcançar os Acordos de Abraão, o Irã também não nos impedirá de expandir ainda mais o círculo de paz para o bem dos cidadãos de Israel, dos povos da região e da humanidade como um todo", afirmou o premiê segundo a mídia.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, também revidou o líder iraniano e declarou que Teerã "já conseguiu destruir vários países que controla e agora está tentando sabotar os esforços de paz com ameaças vazias".
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Na semana passada, fontes informaram que as negociações entre Riad e Tel Aviv avançaram e que os dois países podem retomar relações mesmo sem cumprir a maior parte das demandas palestinas, com o governo saudita exigindo dos Estados Unidos proteção militar, conforme noticiado.
Porém, o Irã tem mostrado forte oposição contra os trâmites entre os dois países. No domingo (1º), o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, classificou quaisquer tentativas dos países para normalização das relações com Israel como "reacionárias e regressivas".

"Normalizar as relações com o regime sionista é um movimento reacionário e regressivo de qualquer governo do mundo islâmico", disse Raisi durante uma conferência islâmica internacional realizada em Teerã, segundo a mídia.

As perspectivas de um acordo de paz entre Tel Aviv e a Riad aparentemente aumentaram nas últimas semanas. Na sexta-feira (29), a Casa Branca disse que já existe um "quadro básico" para tal acordo e, na semana passada, dois ministros israelenses visitaram a capital saudita.
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