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Ignorar os direitos palestinos representa uma ameaça ao povo de Israel, diz Erdogan

© AP Photo / Vyacheslav ProkofyevRecep Tayyip Erdogan em Astana, no Cazaquistão, em 13 de outubro de 2022
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Presidente turco diz que a abordagem israelense de opressão ao povo palestino leva ao retrocesso na busca pela paz.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que a abordagem de Israel ignora os direitos básicos do povo palestino e representa uma ameaça ao próprio povo israelense.
A declaração foi dada nesta segunda-feira (9), em um pronunciamento à população turca após uma reunião de gabinete.

"É claro que o fracasso da comunidade internacional em cumprir suas promessas feitas aos palestinos desempenha um papel muito sério no agravamento do problema. Desde 1949, reconhecemos o Estado de Israel e mantivemos relações diplomáticas com ele, embora por vezes tenham sido interrompidas. Acreditamos que sem a criação de um Estado palestino independente e soberano, com Jerusalém como sua capital, dentro das fronteiras de 1967, não haverá paz na região", disse Erdogan.

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"É claro que o problema na região não pode ser resolvido através de esforços constantes para oprimir o povo palestino e confiscar suas casas e terras. Essa abordagem levará ao retrocesso na busca pela paz", acrescentou.

Segundo Erdogan, a abordagem de Israel ignora os direitos básicos do povo palestino, o que a torna uma ameaça ao próprio povo israelense, como se viu no último fim de semana. O presidente turco, no entanto, também condenou as ações do Hamas.

"Também somos contra ações aleatórias contra a população civil israelense. A destruição de Gaza, os bombardeios de mesquitas e a morte de civis são inaceitáveis. A guerra também tem a sua própria moral. Todas as partes são obrigadas a respeitá-la", disse Erdogan.

Na manhã do último sábado (7), o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel a partir da Faixa de Gaza. O Exército israelense relatou mais de 3 mil foguetes disparados do enclave e a infiltração de dezenas de palestinos armados nas áreas da fronteira sul de Israel. Durante a incursão, civis e militares israelenses foram tomados como reféns e levados para Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o país está em estado de guerra e ordenou uma convocação recorde de 300 mil reservistas.
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