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Lavrov diz que a Carta da ONU deve se tornar a base para a nova ordem mundial

© Sputnik / Sergei GuneevSergei Lavrov, o chanceler russo durante sua fala no Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou, nesta sexta-feira (1º)
Sergei Lavrov, o chanceler russo durante sua fala no Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou, nesta sexta-feira (1º) - Sputnik Brasil, 1920, 10.10.2023
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, escreveu um artigo onde delineou as questões mais vitais das relações internacionais e instou as nações a aderirem à Carta da ONU em vez da construção da "ordem baseada em regras" do Ocidente.
Uma nova ordem mundial deve se estruturar em uma base sólida, especificamente nos princípios da Carta da ONU, uma vez que a maioria dos países pretende existir em condições de multipolaridade, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, nesta terça-feira (10).
"Existe uma base para a construção de um novo mundo, e ela é sólida — esta é a Carta das Nações Unidas. O principal agora é evitar a sua destruição como resultado de malabarismos seletivos oportunistas de princípios estatutários, para conseguir a sua implementação na sua totalidade e interconexão com todos os países", disse Lavrov em seu artigo.
Apenas se o direito internacional for observado, "a humanidade terá a oportunidade de superar o legado prejudicial da era unipolar", afirmou o ministro, acrescentando que os preparativos para a Cúpula do Futuro da ONU, planejada para 2024, mostrariam como todos estavam na busca pela concretização da sua responsabilidade própria e coletiva pelo destino deste mundo.
O principal diplomata russo disse ainda que a responsabilidade pela atual crise nas relações internacionais cabe às potências ocidentais, que prosseguem uma política "agressiva e egoísta".
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"É necessário garantir que o espírito de multipolaridade consagrado na Carta das Nações Unidas seja concretizado. Um número crescente de países da maioria global procura reforçar a sua soberania e defender os interesses, tradições, cultura e modo de vida nacionais. Eles não querem viver sob o comando de qualquer um, querem ser amigos e negociar entre si e com o resto do mundo apenas em condições de igualdade e para benefício mútuo, no âmbito de uma arquitetura multipolar objetivamente emergente", disse Lavrov.
Lavrov criticou o Ocidente liderado pelos EUA por "impor-se arbitrariamente como senhor do destino da humanidade", ignorando ao mesmo tempo o legado dos "países fundadores da ONU". Ele acrescentou ainda que os países ocidentais utilizam a Carta das Nações Unidas de forma aleatória e apenas quando esta serve os seus interesses geopolíticos.
A ampliação do BRICS, a influência crescente de várias organizações regionais e a possível reforma da ONU apoiada por muitos países correspondem plenamente a esta tendência, sublinhou o ministro russo.
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