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Pelo menos 11 funcionários da ONU são mortos na Faixa de Gaza no conflito entre Israel e Hamas
Pelo menos 11 funcionários da ONU são mortos na Faixa de Gaza no conflito entre Israel e Hamas
Sputnik Brasil
Desde o início do conflito, no último sábado (7), cerca de 220 mil palestinos estão abrigados em 92 unidades da organização em Gaza. 11.10.2023, Sputnik Brasil
2023-10-11T18:27-0300
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2023-10-12T16:16-0300
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A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta quarta-feira (11), em uma coletiva de imprensa, que pelo menos 11 de seus funcionários foram mortos na Faixa de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. Os membros da organização atuavam na Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês).Segundo a vice-diretora da agência em Gaza, Jenifer Austin, as vítimas são "cinco professores, um ginecologista, um engenheiro, um conselheiro psicológico e três funcionários de apoio", sendo que "alguns foram mortos em suas casas com suas famílias".Cerca de 220 mil palestinos estão abrigados em 92 unidades da agência da ONU em Gaza.O Conselho de Segurança da ONU informou que pretende reunir-se nesta sexta-feira (13) para abordar o conflito, segundo uma fonte diplomática da Sputnik.De acordo com as últimas atualizações, o número de mortos desde o último sábado (7), quando o Hamas lançou a incursão no território israelense, já passa de 2,3 mil, sendo pelo menos 1,1 mil palestinos e 1,2 mil israelenses.Breve histórico do conflito Israel-PalestinaEm 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na margem ocidental do rio Jordão, ao mesmo tempo em que Jerusalém manteria o status de zona internacional.Em 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Imediatamente depois, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque começaram uma guerra contra o Estado recém-formado.Durante a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (margem ocidental do rio Jordão), incluindo Jerusalém Oriental. Surgiram as colônias de judeus em terra palestina, levando ao deslocamento em massa de palestinos.Após a Primeira Intifada (manifestação de resistência dos palestinos contra as autoridades israelenses nos territórios ocupados, que durou de 1987 a 1993), foi assinado o acordo de paz de Oslo. Foi um período de transição de cinco anos. Era para começar com a redistribuição de tropas israelenses da Faixa de Gaza e Cisjordânia e terminar com a determinação do status final dos territórios palestinos.Em 1996, a Palestina realizou suas primeiras eleições, e Yasser Arafat, então líder da Organização para a Libertação da Palestina, foi eleito presidente da Autoridade Nacional Palestina.Em 2002, em meio à Segunda Intifada ou Intifada Al-Aqsa, os Estados Unidos, a União Europeia, a Rússia e as Nações Unidas propuseram um plano de paz denominado Roteiro para a Paz. Previa a retomada das negociações, a resolução do conflito e o estabelecimento de um Estado independente palestino.Em 2005, Israel, unilateralmente, sem qualquer acordo político, retirou-se completamente da Faixa de Gaza.Em 25 de janeiro de 2006, eleições legislativas foram realizadas pela segunda vez. Duas organizações se destacaram: o Hamas ganhou a maioria dos assentos (80), enquanto o Fatah levou 43 assentos no Conselho Legislativo Palestino.Em junho de 2007, houve um conflito militar na Faixa de Gaza entre as duas frentes. O Hamas assumiu o controle total do território de Gaza, depois de expulsar a maioria dos ativistas do Fatah (que não era mais governo).As tensões escalaram mais uma vez, drasticamente, quando, em 2018, o então presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o reconhecimento de Jerusalém como a capital israelense e transferiu a Embaixada dos EUA para lá.Em 29 de novembro de 2012, a Palestina recebeu o status de Estado observador nas Nações Unidas, evento que é amplamente considerado o reconhecimento de fato do Estado palestino pela comunidade internacional.Como resultado de ataques de foguetes a partir da Faixa de Gaza, Israel vem realizando operações contra a infraestrutura do Hamas desde 2008, tendo sido a última em maio de 2023.Países como Rússia e Brasil têm pedido às duas partes em conflito que cheguem a um cessar-fogo e retornem à mesa de negociações.
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Pelo menos 11 funcionários da ONU são mortos na Faixa de Gaza no conflito entre Israel e Hamas
18:27 11.10.2023 (atualizado: 16:16 12.10.2023) Desde o início do conflito, no último sábado (7), cerca de 220 mil palestinos estão abrigados em 92 unidades da organização em Gaza.
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta quarta-feira (11), em uma coletiva de imprensa, que pelo menos 11 de seus funcionários foram mortos na Faixa de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. Os membros da organização atuavam na Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sigla em inglês).
Segundo a vice-diretora da agência em Gaza, Jenifer Austin, as vítimas são "cinco professores, um ginecologista, um engenheiro, um conselheiro psicológico e três funcionários de apoio", sendo que "alguns foram mortos em suas casas com suas famílias".
Cerca de 220 mil palestinos estão abrigados em 92 unidades da agência da ONU em Gaza.
O Conselho de Segurança da ONU informou que pretende reunir-se nesta sexta-feira (13)
para abordar o conflito, segundo uma fonte diplomática da Sputnik.
De acordo com as últimas atualizações, o número de mortos desde o último sábado (7), quando o
Hamas lançou a incursão no território israelense,
já passa de 2,3 mil, sendo pelo menos 1,1 mil palestinos e 1,2 mil israelenses.
10 de outubro 2023, 19:19
Breve histórico do conflito Israel-Palestina
Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na margem ocidental do rio Jordão, ao mesmo tempo em que Jerusalém manteria o status de zona internacional.
Em 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Imediatamente depois, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque começaram uma guerra contra o Estado recém-formado.
Durante a
Guerra dos Seis Dias (1967), Israel
ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (margem ocidental do rio Jordão), incluindo Jerusalém Oriental.
Surgiram as colônias de judeus em terra palestina, levando ao deslocamento em massa de palestinos.
Após a Primeira Intifada (manifestação de resistência dos palestinos contra as autoridades israelenses nos territórios ocupados, que durou de 1987 a 1993), foi assinado o acordo de paz de Oslo. Foi um período de transição de cinco anos. Era para começar com a redistribuição de tropas israelenses da Faixa de Gaza e Cisjordânia e terminar com a determinação do status final dos territórios palestinos.
Em 1996, a Palestina realizou suas primeiras eleições, e Yasser Arafat, então líder da Organização para a Libertação da Palestina, foi eleito presidente da Autoridade Nacional Palestina.
Em 2002, em meio à Segunda Intifada ou Intifada Al-Aqsa, os Estados Unidos, a União Europeia, a Rússia e as Nações Unidas propuseram um plano de paz denominado Roteiro para a Paz. Previa a retomada das negociações, a resolução do conflito e o estabelecimento de um Estado independente palestino.
Em 2005, Israel, unilateralmente, sem qualquer acordo político, retirou-se completamente da Faixa de Gaza.
Em 25 de janeiro de 2006, eleições legislativas foram realizadas pela segunda vez. Duas organizações se destacaram: o Hamas ganhou a maioria dos assentos (80), enquanto o Fatah levou 43 assentos no Conselho Legislativo Palestino.
Em junho de 2007, houve um conflito militar na Faixa de Gaza entre as duas frentes. O Hamas
assumiu o controle total do território de Gaza, depois de expulsar
a maioria dos ativistas do Fatah (que não era mais governo).
As tensões escalaram mais uma vez, drasticamente, quando, em 2018, o então presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o reconhecimento de Jerusalém como a capital israelense e transferiu a Embaixada dos EUA para lá.
Em 29 de novembro de 2012, a Palestina recebeu o status de Estado observador nas Nações Unidas, evento que é amplamente considerado o reconhecimento de fato do Estado palestino pela comunidade internacional.
Como resultado de ataques de foguetes a partir da Faixa de Gaza, Israel vem realizando operações contra a infraestrutura do Hamas desde 2008, tendo sido a última em maio de 2023.
Países como Rússia e Brasil têm pedido às duas partes em conflito que cheguem a um cessar-fogo e retornem à mesa de negociações.