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Bombardeio feroz a Gaza é 'apenas o começo', diz Netanyahu

© AP Photo / Hassan EslaiahBairro fica completamente destruído após ataque aéreo de Israel. Faixa de Gaza, 10 de outubro de 2023
Bairro fica completamente destruído após ataque aéreo de Israel. Faixa de Gaza, 10 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 13.10.2023
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que os intensos bombardeios contra a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (13) foram "apenas o começo" da resposta aos ataques do Hamas realizados no último fim de semana. Mais cedo, o país pediu aos residentes da região, que tem quase 2,3 milhões de pessoas, para evacuarem ao norte em 24 horas.

"Os nossos inimigos apenas começaram a pagar o preço. Não posso revelar o que vai acontecer, mas digo que isso é apenas o começo", avisou.

A guerra entre Israel e o Hamas deixou pelo menos 1,8 mil palestinos mortos na Faixa de Gaza. Entre as vítimas estão 583 crianças e adolescentes e outras 351 mulheres. Ao todo são 6.388 pessoas feridas, informou o Ministério da Saúde palestino nesta sexta-feira (13). Já em Israel, o número de mortos ultrapassou 1,3 mil, segundo as últimas contagens.
Diante da intensificação dos ataques, o representante permanente de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu que a população de Gaza mude do norte para o sul "por um tempo". O israelense acrescentou que "a evacuação temporária é reversível".

"Após o aviso de Israel aos residentes do norte de Gaza, recomendados a se mudarem temporariamente para o sul de Gaza para reduzir os danos aos civis, a ONU deveria elogiar Israel por tomar tais precauções", afirmou.

Forças de Defesa de Israel (FDI) fazem ataque aéreo em Rafah, na Faixa de Gaza, na tarde de 13 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 13.10.2023
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Exército israelense anuncia ataques de larga escala na Faixa de Gaza

Apelo é criticado pelo mundo árabe

Os apelos de Israel foram criticados pela Arábia Saudita, que pediu uma intervenção da comunidade internacional para deter a escalada militar e ainda evitar uma catástrofe humana.
O Exército israelense advertiu a todos os civis da cidade de Gaza, com mais de 1 milhão de pessoas, que se deslocassem para o sul dentro de 24 horas, à medida que concentrava tanques antes de uma invasão terrestre esperada.
"O Reino da Arábia Saudita reafirma sua rejeição categórica de apelos para o deslocamento forçado do povo palestino de Gaza e sua condenação do contínuo ataque a civis desarmados lá", disse um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a apelar por uma desistência de Israel dos planos para o ataque, o que foi recusado.
O conflito entre israelenses e palestinos se intensificou no último sábado (7). Ataques de foguetes em escala sem precedentes conseguiram passar o sistema de defesa do país e deixaram centenas de mortos. Na sequência, combatentes do Hamas entraram nas áreas fronteiriças no sul de Israel.
Poucos dias após o ataque, os militares israelenses assumiram o controle de todas as colônias perto da fronteira de Gaza. Israel também anunciou um bloqueio total à Faixa de Gaza: o fornecimento de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível foi suspenso.
Uma fotografia mostra o que parecem ser bombas incendiárias de fósforo branco durante um bombardeio em Douma, uma das poucas bolsas remanescentes controladas pelos rebeldes em Ghouta Oriental, nos arredores da capital. Damasco, 23 de março de 2018 - Sputnik Brasil, 1920, 12.10.2023
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Human Rights Watch confirma uso de fósforo branco pelas forças de Israel

Pedidos para cessar-fogo

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia apelou às partes para que cessassem as hostilidades. Para o presidente Vladimir Putin, a resolução da crise do Oriente Médio só é possível com a solução de dois Estados, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, que prevê a criação de um Estado palestino independente.
O conflito, relacionado com os interesses territoriais das partes, tem sido uma fonte de tensão e confrontos na região há muitas décadas.
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