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Estado de choque: como Israel está lidando com a ofensiva do Hamas?

© AP Photo / Hatem AliPalestinos procuram por sobreviventes após ataque aéreo israelense em campo de refugiados de Rafah, em 12 de outubro de 2023
Palestinos procuram por sobreviventes após ataque aéreo israelense em campo de refugiados de Rafah, em 12 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 13.10.2023
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No dia 7 de outubro o conflito entre Israel e Palestina atingiu um estado crítico a partir do lançamento da Operação Dilúvio de Al-Aqsa pelo Hamas. Nos dias que se seguiram, Israel respondeu com uma declaração de estado de guerra, passou a fazer ataques e implementou um bloqueio total ao fornecimento de itens básicos.
Os bloqueios incluem fornecimentos de alimentos, água e eletricidade. Ambos os lados relataram vítimas em massa.
Os israelenses permaneceram unidos perante as ameaças vindas da Faixa de Gaza, embora as autoridades tenham ficado inicialmente espantadas com o lançamento da ofensiva palestina no fim de semana, reportou um ex-aviador israelense.
Doron Willentzik, que já serviu como membro da Força Aérea israelense, contou à Sputnik que a crise uniu os israelenses apesar da divisão política.
"Eu escutei de pessoas, tanto da esquerda quanto da direita, bem como militares, reservistas e outros, dizendo basicamente: 'Eu realmente não me importo se você é de esquerda ou de direita'", contou Willentzik. "Somos todos israelenses e estamos todos unidos nesta causa, que é essencialmente uma sobrevivência do horror que acabamos de ver."
Houve relatos de que até 300 mil reservistas das Forças de Defesa de Israel (FDI) foram convocados em resposta à crise – aproximadamente um décimo da mão de obra do país.
"Unidades diferentes têm códigos e símbolos diferentes", explicou Willentzik a respeito das convocações direcionadas aos militares. "Eles basicamente designam a necessidade de se apresentarem em um determinado horário e aparecerem em um determinado lugar. Assim, cada membro da reserva está familiarizado com sua designação e identificador específicos."
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O ex-oficial, posteriormente, abordou as alegações de que o Irã foi responsável pela irrupção das hostilidades na Faixa de Gaza.
"Estou lendo muitas interpretações de ambos os lados, e pessoalmente acho que seria prematuro vincular diretamente o Irã a isso." Para ele essa pergunta é difícil e sua resposta vale muito.
Em resposta aos ataques sem precedentes, o governo israelense prometeu conduzir uma "grande" vingança contra a ofensiva do Hamas. Na realidade, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, emitiu uma mensagem dura na qual dizia que as forças militares iriam "dar um fim nessa coisa chamada Hamas".

"Penso que é uma necessidade absoluta fazer isso, porque penso que todas as tentativas políticas de paz ao longo dos anos simplesmente explodiram na cara de Israel como resultado deste recente horror e operação, o que deixa Israel com muito poucas escolhas", disse Willentzik, mas alertou que "não há capacidade de negociar com o Hamas e isso será extremamente difícil e sangrento".

A resposta ao conflito por parte dos vizinhos de Israel tem sido diversa. O Egito exigiu que Tel Aviv permitisse a entrada de comboios de ajuda humanitária em Gaza, mas se recusa a permitir que a população de mais de dois milhões de pessoas seja deslocada para o seu próprio território. A Síria, o Irã e o Hezbollah no Líbano condenaram a resposta de Israel, mas não foram puxados para o conflito, apesar das repetidas provocações israelenses.
"Tem havido silêncio por parte do [presidente da Autoridade Palestina] Mahmoud Abbas e outros", observou Doron Willentzik. "Penso que eles estão tentando, talvez, avaliar o que as próximas semanas significarão para eles [...] eles podem estar avaliando agora mesmo quais serão os próximos passos."
"Acho que há também, nos bastidores, conversas com os egípcios sobre os próximos passos", acrescentou.
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