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EUA se envolveram em ataque a hospital para impedir investida terrestre de Israel, diz mídia do Irã

© AFP 2023Esta foto tirada em 18 de outubro de 2023 mostra um veículo danificado pertencente ao hospital Ahli Arab, no centro de Gaza, após um ataque noturno naquele local
Esta foto tirada em 18 de outubro de 2023 mostra um veículo danificado pertencente ao hospital Ahli Arab, no centro de Gaza, após um ataque noturno naquele local - Sputnik Brasil, 1920, 18.10.2023
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De acordo com a agência Tasnim, acredita-se que as autoridades norte-americanas tenham arquitetado um complô para conduzir um pesado ataque fatal em Gaza, como o do Hospital Batista al-Ahli na noite de terça-feira (17), a fim de evitar uma ofensiva terrestre israelense no enclave.
Fontes disseram à agência que o ataque, que deixou 471 pessoas mortas até o momento, foi conduzido pelos israelenses e influenciado por uma conspiração arquitetada por Washington e liderada pelo Comando Central dos Estados Unidos (Centcom, na sigla em inglês).
Segundo essas fontes citadas pela mídia, as autoridades norte-americanas, tal como líderes em Israel, ficaram chocadas depois das forças do Hamas lançarem os ataques na Faixa de Gaza em 7 de outubro. Os Estados Unidos, no entanto, alertaram repetidamente Tel Aviv de que uma ofensiva terrestre contra Gaza poderia se revelar dispendiosa para o Exército e as autoridades israelenses, continua a mídia.
Ainda segundo as fontes, os americanos arquitetaram um plano para um ataque pesado e mortal em um alvo lotado na Faixa de Gaza, a fim de ajudar Israel a convencer a opinião pública israelense e, subsequentemente, obrigar os líderes a reconsiderarem a sua decisão sobre um ataque terrestre a Gaza.
Assim, o Hospital Batista al-Ahli, que acomodava uma grande multidão de palestinos, foi escolhido como alvo. Destruidores de bunkers com grande poder explosivo foram usados ​​para atacar o centro médico.
Após o bombardeio, na manhã de hoje (18), o chanceler iraniano Hossein Amir-Abdollahian culpou as forças de Tel Aviv pelo "massacre de mulheres e crianças inocentes" e disse que os membros da Organização da Cooperação Islâmica (OCI) deveriam impor um embargo ao petróleo israelense e expulsar todos os embaixadores judeus.

"O ministro das Relações Exteriores [do Irã] pede um embargo imediato e completo a Israel por parte dos países islâmicos, incluindo sanções ao petróleo, além de expulsar os embaixadores israelenses se as relações com o regime sionista tiverem sido estabelecidas", afirmou o Ministério em um comunicado citado pelo jornal O Globo.

Na visão da chancelaria iraniana, "chegou a hora da unidade global da humanidade contra este falso regime mais odiado que o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países] e as suas máquinas de matança. O tempo acabou", disse Amir-Abdollahian em sua conta no X (antigo Twitter).
O ministro também pressionou pela formação de uma equipe de advogados islâmicos para documentar e analisar possíveis crimes de guerra cometidos por Israel em Gaza, relata o jornal.
Na visita do presidente Joe Biden a Tel Aviv hoje (18), o líder norte-americano disse que o ataque "parece que foi obra do outro lado, não de vocês [israelenses]", conforme noticiado.
Mas o mundo árabe não foi convencido pela versão israelense de que o míssil foi enviado pela Jihad Islâmica (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), segundo o jornal. Como consequência imediata, o encontro de líderes árabes com Biden na Jordânia foi cancelado.
O presidente dos EUA, Joe Biden (L), ouve o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em uma reunião do gabinete de guerra israelense em Tel Aviv, em 18 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 18.10.2023
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Também nesta quarta-feira (18), o Departamento do Estado norte-americano emitiu sanções com o objetivo de interromper o financiamento do Hamas, destacando o que disse ser "uma carteira secreta de investimentos do Hamas", um facilitador financeiro ligado ao Irã e uma bolsa de criptomoedas com sede em Gaza, entre outros alvos.
"Os Estados Unidos estão tomando medidas rápidas e decisivas para atingir os financiadores e facilitadores do Hamas após o massacre brutal e injustificado de civis israelitas, incluindo crianças. Continuaremos a tomar todas as medidas necessárias para negar aos terroristas do Hamas a capacidade de angariar e utilizar fundos para cometer atrocidades e aterrorizar o povo de Israel", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, segundo a Reuters.
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