https://noticiabrasil.net.br/20231020/brasil-confirma-sessao-de-emergencia-na-assembleia-geral-da-onu-para-discutir-conflito-em-gaza-30956294.html
Brasil confirma sessão de emergência na Assembleia Geral da ONU para discutir conflito em Gaza
Brasil confirma sessão de emergência na Assembleia Geral da ONU para discutir conflito em Gaza
Sputnik Brasil
O Brasil confirmou nesta sexta-feira (20) uma sessão de emergência na Assembleia Geral da ONU, que reúne os 193 países-membros da organização, para discutir a... 20.10.2023, Sputnik Brasil
2023-10-20T13:18-0300
2023-10-20T13:18-0300
2023-10-20T23:32-0300
panorama internacional
oriente médio
onu
assembleia geral da onu
conselho de segurança das nações unidas
conflito armado
israel
palestina
faixa de gaza
oriente médio e áfrica
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/0a/12/30899292_0:102:3281:1948_1920x0_80_0_0_2094c4d2c79cf9970e0a671cd27ab76a.jpg
A expectativa é que a reunião seja feita na próxima segunda-feira (23).A resolução brasileira foi votada pelo CSNU na última quarta-feira (18), quando teve o apoio de 12 dos 15 membros e a abstenção de outros dois — Rússia e Reino Unido. Porém os Estados Unidos foram os únicos que rejeitaram o projeto, por serem um dos membros permanentes e disporem da prerrogativa de veto. O texto previa a condenação dos atos de terrorismo praticados pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro, o que levou este país a declarar estado de guerra, além de uma pausa humanitária para o fornecimento rápido de bens essenciais e a evacuação de toda a área em Gaza na porção norte.Conforme disse na data o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, o encontro na ONU vai permitir que os "países façam um chamado a um cessar-fogo e à abertura de corredores humanitários no mais alto nível". Além disso, os Estados Unidos podem ser questionados sobre os motivos que levaram ao veto, inclusive por representantes palestinos. O Brasil segue na presidência do CSNU até o fim do mês.Após a votação, Vieira disse ter ficado desapontado com a posição americana, já que foi realizado "todo o esforço possível" para a aprovação do projeto."Esse texto focava basicamente na cessão das hostilidades, no aspecto humanitário, criando uma passagem humanitária e que também estabelecia a possibilidade de envio de ajuda humanitária. Infelizmente não foi possível aprovar essa resolução. Ficou clara uma divisão de opiniões", disse também na quarta.País deve apresentar relatório sobre o vetoAinda foi preparado pela missão brasileira um relatório sobre o veto dos EUA à proposta de resolução. O texto mostra como foi a postura de cada membro do conselho durante a votação e até nas discussões da questão, além do resultado que levou à rejeição. O número de mortos no conflito entre Israel e o Hamas já passa de 5,5 mil, conforme autoridades palestinas e israelenses, sendo metade mulheres e crianças. A maior parte das vítimas estava na Faixa de Gaza, que inclusive teve um de seus principais hospitais atingido por um bombardeio, que deixou 500 mortos.Desde o início do conflito, Gaza sofre um duro bloqueio por terra, ar e mar por parte de Israel, o que impede a chegada de alimentos e até água. A energia elétrica também foi cortada. A única fronteira que não é controlada pelos israelenses, no Egito, sofre com bombardeios e segue fechada por conta da guerra. Segundo o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM), mais de 3 mil toneladas de insumos básicos aguardam para entrar no território, que tem quase 2,3 milhões de habitantes e uma das maiores taxas de vulnerabilidade social da região.Tensões no Oriente MédioEm 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na margem ocidental do rio Jordão, ao mesmo tempo em que Jerusalém manteria o status de zona internacional.Em 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Imediatamente depois, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque começaram uma guerra contra o Estado recém-formado.Durante a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (margem ocidental do rio Jordão), incluindo Jerusalém Oriental. Surgiram as colônias de judeus em terra palestina, levando ao deslocamento em massa de palestinos.Após a Primeira Intifada (manifestação de resistência dos palestinos contra as autoridades israelenses nos territórios ocupados, que durou de 1987 a 1993), foi assinado o acordo de paz de Oslo. Foi um período de transição de cinco anos. Era para começar com a redistribuição de tropas israelenses da Faixa de Gaza e Cisjordânia e terminar com a determinação do status final dos territórios palestinos.Em 1996, a Palestina realizou suas primeiras eleições, e Yasser Arafat, então líder da Organização para a Libertação da Palestina, foi eleito presidente da Autoridade Nacional Palestina.Em 2002, em meio à Segunda Intifada ou Intifada Al-Aqsa, os Estados Unidos, a União Europeia, a Rússia e as Nações Unidas propuseram um plano de paz denominado Roteiro para a Paz. Previa a retomada das negociações, a resolução do conflito e o estabelecimento de um Estado independente palestino.Em 2005, Israel, unilateralmente, sem qualquer acordo político, retirou-se completamente da Faixa de Gaza.Em 25 de janeiro de 2006, eleições legislativas foram realizadas pela segunda vez. Duas organizações se destacaram: o Hamas ganhou a maioria dos assentos (80), enquanto o Fatah levou 43 assentos no Conselho Legislativo Palestino.Em junho de 2007, houve um conflito militar na Faixa de Gaza entre as duas frentes. O Hamas assumiu o controle total do território de Gaza, depois de expulsar a maioria dos ativistas do Fatah (que não era mais governo).Em 29 de novembro de 2012, a Palestina recebeu o status de Estado observador nas Nações Unidas, evento que é amplamente considerado o reconhecimento de fato do Estado palestino pela comunidade internacional.As tensões escalaram mais uma vez, drasticamente, quando, em 2018, o então presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o reconhecimento de Jerusalém como a capital israelense e transferiu a Embaixada dos EUA para lá.Como resultado de ataques de foguetes a partir da Faixa de Gaza, Israel vem realizando operações contra a infraestrutura do Hamas desde 2008, tendo sido a última em maio de 2023.Países como Rússia e Brasil têm pedido às duas partes em conflito que cheguem a um cessar-fogo e retornem à mesa de negociações.
https://noticiabrasil.net.br/20231019/brasil-csnu-assento-permanente-30912727.html
https://noticiabrasil.net.br/20231020/como-mudaram-fronteiras-de-israel-e-palestina-30951065.html
https://noticiabrasil.net.br/20231020/pesquisa-de-jornal-norte-americano-mostra-divisao-nos-eua-em-relacao-a-israel-30941932.html
oriente médio
israel
palestina
faixa de gaza
brasil
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2023
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e7/0a/12/30899292_276:0:3007:2048_1920x0_80_0_0_ee68b48ebb4bdc572b9bfc8da46aed17.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
oriente médio, onu, assembleia geral da onu, conselho de segurança das nações unidas, conflito armado, israel, palestina, faixa de gaza, oriente médio e áfrica, ministério das relações exteriores, brasil, presidência rotativa, mauro vieira, américas, resolução, ajuda humanitária
oriente médio, onu, assembleia geral da onu, conselho de segurança das nações unidas, conflito armado, israel, palestina, faixa de gaza, oriente médio e áfrica, ministério das relações exteriores, brasil, presidência rotativa, mauro vieira, américas, resolução, ajuda humanitária
Brasil confirma sessão de emergência na Assembleia Geral da ONU para discutir conflito em Gaza
13:18 20.10.2023 (atualizado: 23:32 20.10.2023) O Brasil confirmou nesta sexta-feira (20) uma sessão de emergência na Assembleia Geral da ONU, que reúne os 193 países-membros da organização, para discutir a escalada do conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. O principal objetivo é discutir o veto dos EUA no Conselho de Segurança à criação de um corredor humanitário e a um cessar-fogo.
A expectativa é que a reunião seja feita na próxima segunda-feira (23).
"Foi informado à Presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) [exercida pelo Brasil] que o Presidente da Assembleia Geral tem a intenção de convocar uma reunião formal do décimo período extraordinário de sessões de emergência da Assembleia Geral. Este anúncio se produz após o uso de um veto sobre o projeto de resolução sobre a situação no Médio Oriente, incluindo a questão Palestina", informou a missão brasileira.
A resolução brasileira foi votada pelo CSNU na última quarta-feira (18), quando teve o apoio de 12 dos 15 membros e a abstenção de outros dois — Rússia e Reino Unido. Porém
os Estados Unidos foram os únicos que rejeitaram o projeto, por serem um dos membros permanentes e disporem da prerrogativa de veto. O texto previa a
condenação dos atos de terrorismo praticados pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro, o que levou este país a declarar estado de guerra, além de uma pausa humanitária para o fornecimento rápido de bens essenciais e a evacuação de toda a área em Gaza na porção norte.
19 de outubro 2023, 10:00
Conforme disse na data o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, o encontro na ONU vai permitir que os "países façam um chamado a um cessar-fogo e à abertura de corredores humanitários no mais alto nível". Além disso, os Estados Unidos podem ser questionados sobre os motivos que levaram ao veto, inclusive por representantes palestinos. O Brasil segue na presidência do CSNU até o fim do mês.
"O projeto da presidência brasileira reuniu amplo apoio e foi aprovado por 12 dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU […] — o que reflete o alto grau de preocupação com a situação humanitária decorrente do conflito. A aprovação no Conselho requer o apoio de pelo menos nove de seus membros. Entretanto, o veto de um membro permanente do Conselho de Segurança levou à rejeição do projeto pelo Conselho de Segurança", pontuou o ministério na quarta.
Após a votação, Vieira disse ter ficado desapontado com a posição americana, já que foi realizado "
todo o esforço possível" para a aprovação do projeto.
"Esse texto focava basicamente na cessão das hostilidades, no aspecto humanitário, criando uma passagem humanitária e que também estabelecia a possibilidade de envio de ajuda humanitária. Infelizmente não foi possível aprovar essa resolução. Ficou clara uma divisão de opiniões", disse também na quarta.
20 de outubro 2023, 10:44
País deve apresentar relatório sobre o veto
Ainda foi preparado pela missão brasileira um relatório sobre o veto dos EUA à proposta de resolução. O texto mostra como foi a postura de cada membro do conselho durante a votação e até nas discussões da questão, além do resultado que levou à rejeição. O número de mortos no conflito entre Israel e o Hamas já passa de 5,5 mil, conforme autoridades palestinas e israelenses, sendo metade mulheres e crianças. A maior parte das vítimas estava na Faixa de Gaza, que inclusive teve um de seus principais hospitais atingido por um bombardeio, que deixou 500 mortos.
Desde o início do conflito, Gaza sofre um duro bloqueio por terra, ar e mar por parte de Israel, o que impede a chegada de alimentos e até água. A energia elétrica também foi cortada. A única fronteira que não é controlada pelos israelenses, no Egito, sofre com bombardeios e segue fechada
por conta da guerra. Segundo o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM),
mais de 3 mil toneladas de insumos básicos aguardam para entrar no território, que tem quase 2,3 milhões de habitantes e uma das maiores taxas de vulnerabilidade social da região.
Em 29 de novembro de 1947, a
Assembleia Geral das Nações Unidas votou a criação de dois Estados — um judeu e um árabe — na margem ocidental do rio Jordão, ao mesmo tempo em que Jerusalém manteria o status de zona internacional.
Em 14 de maio de 1948, Israel declarou sua independência. Imediatamente depois, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque começaram uma guerra contra o Estado recém-formado.
Durante a Guerra dos Seis Dias (1967), Israel ocupou a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (margem ocidental do rio Jordão), incluindo Jerusalém Oriental. Surgiram as colônias de judeus em terra palestina, levando ao deslocamento em massa de palestinos.
Após a Primeira Intifada (manifestação de resistência dos palestinos contra as autoridades israelenses nos territórios ocupados, que durou de 1987 a 1993), foi assinado o acordo de paz de Oslo. Foi um período de transição de cinco anos. Era para começar com a redistribuição de tropas israelenses da Faixa de Gaza e Cisjordânia e terminar com a determinação do status final dos territórios palestinos.
Em 1996, a Palestina realizou suas primeiras eleições, e Yasser Arafat, então líder da Organização para a Libertação da Palestina, foi eleito presidente da Autoridade Nacional Palestina.
Em 2002, em meio à Segunda Intifada ou Intifada Al-Aqsa, os Estados Unidos, a União Europeia, a Rússia e as Nações Unidas propuseram um plano de paz denominado Roteiro para a Paz. Previa a retomada das negociações, a resolução do conflito e o estabelecimento de um Estado independente palestino.
Em 2005, Israel, unilateralmente, sem qualquer acordo político, retirou-se completamente da Faixa de Gaza.
20 de outubro 2023, 00:55
Em 25 de janeiro de 2006, eleições legislativas foram realizadas pela segunda vez. Duas organizações se destacaram: o Hamas ganhou a maioria dos assentos (80), enquanto o Fatah levou 43 assentos no Conselho Legislativo Palestino.
Em junho de 2007, houve um conflito militar na Faixa de Gaza entre as duas frentes. O Hamas assumiu o controle total do território de Gaza, depois de expulsar a maioria dos ativistas do Fatah (que não era mais governo).
Em 29 de novembro de 2012, a Palestina recebeu o status de Estado observador nas Nações Unidas, evento que é amplamente considerado o reconhecimento de fato do Estado palestino pela comunidade internacional.
As tensões escalaram mais uma vez, drasticamente, quando, em 2018, o então presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o reconhecimento de Jerusalém como a capital israelense e transferiu a Embaixada dos EUA para lá.
Como resultado de ataques de foguetes a partir da Faixa de Gaza, Israel vem realizando operações contra a infraestrutura do Hamas desde 2008, tendo sido a última em maio de 2023.
Países como Rússia e Brasil têm pedido às duas partes em conflito que cheguem a um cessar-fogo e retornem à mesa de negociações.