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México anuncia expropriação de mineradora dos EUA para proteger zona costeira
México anuncia expropriação de mineradora dos EUA para proteger zona costeira
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o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou nesta sexta-feira (20) que expropriará a filial da empresa de mineração dos Estados Unidos Vulcan... 20.10.2023, Sputnik Brasil
2023-10-20T16:24-0300
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O chefe de Estado mexicano informou que indenizará devidamente a empresa norte-americana, que explora calcário na região desde 1987, com porto de exportação em frente ao mar do Caribe. A concessão da Vulcan Materials para explorar e comercializar calcário triturado e concreto pré-misturado vai até 2037.O governante afirmou que emitirá um decreto de expropriação se a empresa não aceitar vender as terras costeiras adquiridas, que ainda conservam floresta tropical e água doce de cenotes sobre solo de calcário, matéria-prima para a produção de agregados para concreto e asfalto, entre outros produtos.Em coletiva de imprensa, Obrador informou que o valor da indenização será entre US$ 324 milhões e US$ 378 milhões (entre R$ 1,6 bilhão e 1,95 bilhão, aproximadamente).Na época, Obrador anunciou que as terras adquiridas pelo Estado seriam destinadas à criação de um complexo ecoturístico, localizado na rota do Tem Maya, projeto do Executivo que prevê percorrer a península de Iucatã e ligar a costa do Caribe a sítios arqueológicos maias, comunidades indígenas e reservas naturais.Litígio internacionalA empresa norte-americana abriu um litígio internacional em 2022, depois que o governo mexicano encerrou as operações da subsidiária americana Calica em Playa del Carmen, na Riviera Maya, famosa atração turística do país, devido ao impacto ambiental na região.A mineradora foi fechada no ano passado devido ao argumento de ter causado um "desastre ecológico" na costa caribenha de Iucatã.A ação tramita no órgão de resolução de controvérsias de investimentos do Banco Mundial. O tribunal internacional determinará se o México violou ou não suas obrigações nos termos do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC). A empresa exige compensação de US$ 1,5 milhão (R$ 7,5 milhões).A península de Iucatã é conhecida por ter sido atingida por um meteoro há 65 milhões de anos, supostamente causando a extinção dos dinossauros, de acordo com cientistas.
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México anuncia expropriação de mineradora dos EUA para proteger zona costeira
16:24 20.10.2023 (atualizado: 18:29 20.10.2023) o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou nesta sexta-feira (20) que expropriará a filial da empresa de mineração dos Estados Unidos Vulcan Materials na península de Iucatã, no sudeste do país, para transformar a área onde estão as instalações em zona de proteção natural.
O
chefe de Estado mexicano informou que indenizará devidamente a empresa norte-americana, que
explora calcário na região desde 1987, com porto de exportação em frente ao mar do Caribe. A concessão da Vulcan Materials para explorar e comercializar calcário triturado e concreto pré-misturado
vai até 2037.
O governante afirmou que emitirá um
decreto de expropriação se a empresa não aceitar vender as terras costeiras adquiridas, que ainda conservam floresta tropical e água doce de cenotes sobre solo de calcário,
matéria-prima para a produção de agregados para
concreto e asfalto, entre outros produtos.
Em coletiva de imprensa, Obrador informou que o valor da indenização será entre US$ 324 milhões e US$ 378 milhões (entre R$ 1,6 bilhão e 1,95 bilhão, aproximadamente).
"Se não houver resposta por parte deles (os empresários americanos), se não quiserem cooperar, a expropriação será a decisão, não vamos esperar", afirmou o presidente mexicano.
11 de fevereiro 2023, 10:42
Na época, Obrador anunciou que as terras adquiridas pelo Estado seriam destinadas à criação de um complexo ecoturístico, localizado na rota do Tem Maya, projeto do Executivo que prevê percorrer a península de Iucatã e ligar a costa do Caribe a sítios arqueológicos maias, comunidades indígenas e reservas naturais.
A empresa norte-americana abriu um litígio internacional em 2022, depois que o governo mexicano encerrou as operações da subsidiária americana Calica em Playa del Carmen, na Riviera Maya, famosa atração turística do país, devido ao impacto ambiental na região.
A mineradora foi fechada no ano passado devido ao argumento de ter causado um "desastre ecológico" na
costa caribenha de Iucatã.
A ação tramita no órgão de resolução de controvérsias de investimentos do Banco Mundial. O tribunal internacional determinará se o México violou ou não suas obrigações nos termos do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC). A empresa exige compensação de US$ 1,5 milhão (R$ 7,5 milhões).
A península de Iucatã é conhecida por ter sido atingida
por um meteoro há 65 milhões de anos, supostamente causando a
extinção dos dinossauros, de acordo com cientistas.