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Guiana revela nova descoberta de petróleo em região reivindicada pela Venezuela
Guiana revela nova descoberta de petróleo em região reivindicada pela Venezuela
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Nesta quinta-feira (26), a Guiana anunciou a descoberta de uma nova reserva significativa de petróleo em águas marítimas reivindicadas pela Venezuela. Banhada... 26.10.2023, Sputnik Brasil
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Por conta desse embate, o governo de Nicolás Maduro planeja apresentar um referendo nacional para decidir se anexa ou não a região em disputa.Enquanto isso, a gigante americana de petróleo ExxonMobil revelou ter descoberto uma nova reserva de hidrocarbonetos na região, que vai passar por um "abrangente processo de avaliação".A expansão petrolífera na Guiana fez com que o país tivesse o maior índice de crescimento mundial: só neste ano, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), já ultrapassa 38%. No ano passado, o número chegou a 62,3% de aumento econômico em um país que, entre 2006 e 2022, viu a taxa de pobreza cair de 60% para 40%. O país tem pouco mais de 800 mil habitantes e é o único da América do Sul que tem o inglês como idioma oficial.As descobertas foram realizadas pela empresa americana, que atua no país desde 2015. Ao todo, foram 46 reservas encontradas, sendo 4 só neste ano. A região de Essequibo corresponde a mais de dois terços do território da Guiana, que é reivindicado pela Venezuela.Fronteira estabelecida em 1899Antiga colônia holandesa e britânica que só se tornou independente em 1996, a Guiana afirma que a fronteira com a Venezuela foi estabelecida por um tribunal de arbitragem em 1899. Porém, o país alega que a bacia do rio Essequibo forma uma fronteira natural e é reconhecida como território desde a independência da Espanha, em 1811. O caso já chegou à Corte Internacional de Justiça em Haia.Com as descobertas de petróleo iniciadas há oito anos, a disputa se intensificou a ponto de a Venezuela anunciar um referendo para 3 de dezembro, em que a população vai decidir se o país deve ou não anexar a área. A Guiana tem o apoio da Comunidade do Caribe (Caricom) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) ao classificar como ilegal a convocação do pleito.Em comunicado na última quarta, a Caricom disse que o referendo "não tem validade, relevância ou reconhecimento no direito internacional" e acrescentou que "espera sinceramente que a Venezuela não esteja levantando a perspectiva de usar a força ou meios militares".A Guiana denuncia que o país vizinho enviou 200 soldados para a região da fronteira, que alegou ter o objetivo de combater a mineração ilegal.
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Guiana revela nova descoberta de petróleo em região reivindicada pela Venezuela
19:53 26.10.2023 (atualizado: 13:56 27.10.2023) Nesta quinta-feira (26), a Guiana anunciou a descoberta de uma nova reserva significativa de petróleo em águas marítimas reivindicadas pela Venezuela. Banhada pelo oceano Atlântico ao norte, a região de Essequibo, alvo de uma disputa histórica entre os dois países da América do Sul, tem 160 mil km² e é administrada pela Guiana.
Por conta desse embate, o governo de Nicolás Maduro planeja apresentar um referendo nacional para decidir se anexa ou não a região em disputa.
Enquanto isso, a gigante americana de petróleo ExxonMobil revelou ter
descoberto uma nova reserva de hidrocarbonetos na região, que vai passar por um "abrangente processo de avaliação".
A expansão petrolífera na Guiana fez com que o país tivesse o maior índice de crescimento mundial:
só neste ano, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), já ultrapassa 38%. No ano passado, o número chegou a 62,3% de aumento econômico em um país que, entre 2006 e 2022, viu a taxa de pobreza cair de 60% para 40%.
O país tem pouco mais de 800 mil habitantes e é o único da América do Sul que tem o inglês como idioma oficial.
As descobertas foram realizadas pela empresa americana, que atua no país desde 2015. Ao todo, foram 46 reservas encontradas, sendo 4 só neste ano. A região de Essequibo corresponde a mais de dois terços do território da Guiana, que é reivindicado pela Venezuela.
Fronteira estabelecida em 1899
Antiga colônia holandesa e britânica que só se tornou independente em 1996, a Guiana afirma que a fronteira com a Venezuela foi estabelecida por um tribunal de arbitragem em 1899. Porém, o país alega que a bacia do rio Essequibo forma uma fronteira natural e é reconhecida como território desde a independência da Espanha, em 1811. O caso já chegou à Corte Internacional de Justiça em Haia.
Com as descobertas de petróleo iniciadas há oito anos, a disputa se intensificou a ponto de a Venezuela anunciar um referendo para 3 de dezembro, em que a população vai decidir se o país deve ou não anexar a área. A Guiana tem o apoio da Comunidade do Caribe (Caricom) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) ao classificar como ilegal a convocação do pleito.
Em comunicado na última quarta, a
Caricom disse que o referendo "não tem validade, relevância ou reconhecimento no direito internacional" e acrescentou que "espera sinceramente que a Venezuela não esteja levantando a perspectiva de usar a força ou meios militares".
A Guiana denuncia que o país vizinho enviou 200 soldados para a região da fronteira, que alegou ter o objetivo de combater a mineração ilegal.