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Mulheres são maioria em todas as regiões do Brasil pela 1ª vez; número de idosos cresce 57,4%
Mulheres são maioria em todas as regiões do Brasil pela 1ª vez; número de idosos cresce 57,4%
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Pela primeira vez em cinco décadas, quando foram iniciadas as medições pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população feminina é... 27.10.2023, Sputnik Brasil
2023-10-27T13:28-0300
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A população do Brasil chegou a 203.080.756 de pessoas, sendo 104.548.325 (51,5%) mulheres e 98.532.431 (48,5%) homens. A última região que consolidou a tendência histórica de predominância feminina foi a Norte.Com isso, a razão de sexo, que é o número de homens em relação ao grupo de 100 mulheres, chegou a 94,2 no país — entre as regiões, vai desde 92,9 (Sudeste) até 99,7 (Norte). Entre os estados, as menores razões de sexo ficam no Rio de Janeiro (89,4), no Distrito Federal (91,1) e em Pernambuco (91,2). Já Mato Grosso (101,3), Roraima (101,3) e Tocantins (100,4) têm mais homens do que mulheres.A gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri, disse que um dos motivos do fenômeno é a maior mortalidade de homens em todos os grupos etários: desde o nascimento até as idades mais longevas. "Além disso, nas idades adultas, a sobremortalidade [relação entre as probabilidades de morte por idade ou por grupos de idade] masculina é mais intensa. E, com o envelhecimento populacional, a redução da população de 0 a 14 anos e o inchaço da população mais idosa, há um aumento da proporção de mulheres, já que elas sobrevivem mais em relação aos homens", acrescentou.Entre a população até os 19 anos, os homens ainda são maioria segundo o instituto, com uma razão de 103,5 para cada 100 mulheres. A partir do grupo etário entre 25 e 29 anos, a população feminina se torna majoritária em todas as regiões e chega a atingir o dobro em relação aos homens na faixa de 90 a 94 anos. "A maior incidência de homens nas primeiras idades é uma consequência do maior nascimento de crianças do sexo masculino em relação àquelas do sexo feminino. O maior contingente de homens diminui com a idade devido à sobremortalidade masculina, mais intensa na juventude por conta das mortes por causas externas".Nos municípios mais populosos, que costumam ter maiores índices de violência, a proporção de homens também é menor, mostrou o Censo 2022. A razão de sexo em cidades com mais de 500 mil habitantes é de 88,9 homens para cada grupo de 100 mulheres, enquanto em localidades com até 5 mil pessoas o número sobe para 102,3. Para valores abaixo de 100, há maioria feminina na população.Número de idosos cresce 57,4% em 12 anosOs dados do IBGE também evidenciam um franco envelhecimento da população brasileira: em 12 anos, o número de pessoas com mais de 65 anos cresceu 57,4%. Em 2022, o contingente de idosos era de 22.169.101 (10,9% da população), quando em 2010 era de 14.081.477 (7,4% da população). Ao mesmo tempo, a parcela populacional com idade de até 14 anos caiu de 24,1% para 19,8%.Em 1980, apenas 4% da população possuíam mais de 65 anos e quase 40% estavam na faixa de 0 a 14 anos. "Podemos perceber que a queda da fecundidade ocorreu primeiramente no Sudeste e no Sul do Brasil, o que as faz as regiões mais envelhecidas, com menor proporção de jovens. A região Norte, embora também tenha registrado uma redução da fecundidade ao longo dos últimos anos em todos os estratos socioeconômicos, ainda se mantém a região proporcionalmente mais jovem", frisou Marri.A média de idade da população brasileira subiu de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022, índice que aumentou em todas as regiões do país: Norte, de 24 para 29 anos; Nordeste, de 27 para 33 anos; Sudeste, de 31 para 37 anos; Sul, de 31 para 36 anos e Centro-Oeste, de 28 para 33 anos. E para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, há 55,2 idosos.E são justamente os municípios com até 5 mil habitantes onde os índices de envelhecimento são maiores: 76,2 idosos para cada grupo com idade de até 14 anos. "Uma possível explicação para esse fenômeno é o deslocamento de pessoas em idade economicamente ativa para as maiores cidades em busca de emprego, educação e serviços. Esse deslocamento de pessoas adultas com seus filhos é predominantemente de pessoas em idade reprodutiva, o que também resultará em um menor número de crianças e nascimentos nas cidades menores, de origem", finaliza.
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Mulheres são maioria em todas as regiões do Brasil pela 1ª vez; número de idosos cresce 57,4%
13:28 27.10.2023 (atualizado: 14:11 27.10.2023) Pela primeira vez em cinco décadas, quando foram iniciadas as medições pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população feminina é maioria em todas as regiões brasileiras. É o que revelaram os dados do Censo Demográfico de 2022 divulgados nesta sexta-feira (27).
A população do Brasil chegou a 203.080.756 de pessoas, sendo 104.548.325 (51,5%) mulheres e 98.532.431 (48,5%) homens. A última região que consolidou a tendência histórica de predominância feminina foi a Norte.
Com isso, a razão de sexo, que é o número de homens em relação ao grupo de 100 mulheres, chegou a 94,2 no país — entre as regiões, vai desde 92,9 (Sudeste) até 99,7 (Norte). Entre os estados, as menores razões de sexo ficam no Rio de Janeiro (89,4), no Distrito Federal (91,1) e em Pernambuco (91,2). Já Mato Grosso (101,3), Roraima (101,3) e Tocantins (100,4) têm mais homens do que mulheres.
A gerente de
Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri, disse que um dos motivos do fenômeno é a maior mortalidade de homens em todos os grupos etários: desde o nascimento até as idades mais longevas. "Além disso, nas idades adultas, a sobremortalidade [relação entre as probabilidades de morte por idade ou por grupos de idade] masculina é mais intensa. E, com o
envelhecimento populacional, a redução da população de 0 a 14 anos e o inchaço da população mais idosa, há um aumento da proporção de mulheres, já que elas sobrevivem mais em relação aos homens", acrescentou.
26 de janeiro 2023, 10:00
Entre a população até os 19 anos, os homens ainda são maioria segundo o instituto, com uma razão de 103,5 para cada 100 mulheres. A partir do grupo etário entre 25 e 29 anos, a população feminina se torna majoritária em todas as regiões e chega a atingir o dobro em relação aos homens na faixa de 90 a 94 anos. "A maior incidência de homens nas primeiras idades é uma consequência do maior nascimento de crianças do sexo masculino em relação àquelas do sexo feminino. O maior contingente de homens diminui com a idade devido à sobremortalidade masculina, mais intensa na juventude por conta das mortes por causas externas".
Nos municípios mais populosos, que costumam ter maiores índices de violência, a proporção de homens também é menor, mostrou o Censo 2022. A razão de sexo em cidades com mais de 500 mil habitantes é de 88,9 homens para cada grupo de 100 mulheres, enquanto em localidades com até 5 mil pessoas o número sobe para 102,3. Para valores abaixo de 100, há maioria feminina na população.
Número de idosos cresce 57,4% em 12 anos
Os
dados do IBGE também evidenciam um franco envelhecimento da população brasileira: em 12 anos, o número de pessoas com mais de 65 anos cresceu 57,4%.
Em 2022, o contingente de idosos era de 22.169.101 (10,9% da população), quando em 2010 era de 14.081.477 (7,4% da população). Ao mesmo tempo, a parcela populacional com idade de até 14 anos caiu de 24,1% para 19,8%.
"Ao longo do tempo a base da pirâmide etária foi se estreitando devido à redução da fecundidade e dos nascimentos que ocorrem no Brasil. Essa mudança no formato da pirâmide etária passa a ser visível a partir dos anos 1990, e a pirâmide etária do Brasil perde, claramente, seu formato piramidal a partir de 2000", explica a pesquisadora do IBGE.
Em 1980, apenas 4% da população possuíam mais de 65 anos e quase 40% estavam na faixa de 0 a 14 anos. "Podemos perceber que a queda da fecundidade ocorreu primeiramente no Sudeste e no Sul do Brasil, o que as faz as regiões mais envelhecidas, com menor proporção de jovens. A região Norte, embora também tenha registrado uma redução da fecundidade ao longo dos últimos anos em todos os estratos socioeconômicos, ainda se mantém a região proporcionalmente mais jovem", frisou Marri.
A média de idade da população brasileira subiu de 29 anos em 2010 para 35 anos em 2022, índice que aumentou em todas as regiões do país: Norte, de 24 para 29 anos; Nordeste, de 27 para 33 anos; Sudeste, de 31 para 37 anos; Sul, de 31 para 36 anos e Centro-Oeste, de 28 para 33 anos. E para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, há 55,2 idosos.
E são justamente os municípios com até 5 mil habitantes onde os índices de envelhecimento são maiores: 76,2 idosos para cada grupo com idade de até 14 anos. "Uma possível explicação para esse fenômeno é o deslocamento de pessoas em idade economicamente ativa para as maiores cidades em busca de emprego, educação e serviços. Esse deslocamento de pessoas adultas com seus filhos é predominantemente de pessoas em idade reprodutiva, o que também resultará em um menor número de crianças e nascimentos nas cidades menores, de origem", finaliza.