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Violência de facções obriga mais de 40 mil a deixarem suas casas na capital do Haiti
Violência de facções obriga mais de 40 mil a deixarem suas casas na capital do Haiti
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Pelo menos 40 mil pessoas abandonaram suas casas desde agosto em Porto Príncipe, na capital do Haiti, por conta de uma onda de violência que tem afetado o... 30.10.2023, Sputnik Brasil
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O país que até hoje não conseguiu se recuperar do terremoto que matou mais de 200 mil pessoas em 2010, além dos efeitos causados pela pandemia, é o mais pobre da América Latina. Só nos últimos três meses, centenas de pessoas foram mortas por conta de disputas entre facções e milhares chegaram a ser expulsas de casa.Mais de 200 mil refugiadosA onda de violência aumentou para 200 mil o número de refugiados internos, estima a ONU. O problema agrava ainda mais a situação do Haiti que, segundo dados mais recentes das organizações alimentares, tem 44% da população – 4,35 milhões de pessoas – que enfrenta ou enfrentará insegurança alimentar aguda nos próximos meses. A insegurança alimentar aguda é a incapacidade de uma pessoa de consumir alimentos suficientes e que coloca em risco a sua vida ou o seu sustento.Os refugiados vivem em 90 locais improvisados em Porto Príncipe, incluindo escolas, igrejas e até edifícios abandonados. O Programa Alimentar Mundial da ONU atua na distribuição de 550 mil refeições, sendo pelo menos 22 mil por dia com arroz e feijão combinados com vegetais frescos, carne ou peixe.Nesta segunda-feira (30), o governo haitiano chegou a proibir voos fretados para a Nicarágua, rota utilizada por migrantes e refugiados para chegar aos Estados Unidos. Só no aeroporto de Porto Príncipe, centenas de pessoas estão no estacionamento por conta da medida.Crise aguda dura décadasO Haiti vive uma crise sociopolítica que dura há décadas e se agravou desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em julho de 2021. Desde então, a falta de ação das autoridades levou a um aumento sem precedentes da influência de grupos de gangsters que praticam extorsões e sequestros, além de controlarem áreas inteiras do país, incluindo terminais de combustível.Em setembro, o Brasil chegou a rejeitar enviar tropas para a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti por "atritos internos". O país chegou a liderar por 13 anos a iniciativa da ONU.Para Brasília, não existe clima para uso das forças nacionais no exterior enquanto a situação entre o Executivo e o Exército Brasileiro não ficar esclarecida após a tentativa de golpe. No entanto, Brasil vai fornecer treinamento para policiais haitianos ainda este ano. Canadá e EUA também se recusaram a enviar tropas.
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Violência de facções obriga mais de 40 mil a deixarem suas casas na capital do Haiti
21:25 30.10.2023 (atualizado: 04:53 31.10.2023) Pelo menos 40 mil pessoas abandonaram suas casas desde agosto em Porto Príncipe, na capital do Haiti, por conta de uma onda de violência que tem afetado o país. Segundo o Programa Alimentar Mundial da ONU, a atuação de facções criminosas agravou ainda mais a crise humanitária.
O
país que até hoje não conseguiu se recuperar do terremoto que matou mais de 200 mil pessoas em 2010, além dos efeitos causados pela pandemia, é o mais pobre da América Latina.
Só nos últimos três meses, centenas de pessoas foram mortas por conta de disputas entre facções e milhares chegaram a ser expulsas de casa.
"Muitas das vítimas relatam que as suas casas foram queimadas e os negócios destruídos, deixando-as sem fonte de rendimento e com poucos bens pessoais", afirmou a organização internacional.
Mais de 200 mil refugiados
A onda de violência aumentou para 200 mil o número de refugiados internos, estima a ONU. O problema agrava ainda mais a situação do Haiti que, segundo dados mais recentes das organizações alimentares, tem 44% da população – 4,35 milhões de pessoas – que enfrenta ou enfrentará insegurança alimentar aguda nos próximos meses. A insegurança alimentar aguda é a incapacidade de uma pessoa de consumir alimentos suficientes e que coloca em risco a sua vida ou o seu sustento.
Os refugiados vivem em 90 locais improvisados em Porto Príncipe, incluindo escolas, igrejas e até edifícios abandonados. O Programa Alimentar Mundial da ONU atua na distribuição de 550 mil refeições, sendo pelo menos 22 mil por dia com arroz e feijão combinados com vegetais frescos, carne ou peixe.
Nesta segunda-feira (30), o
governo haitiano chegou a proibir voos fretados para a Nicarágua, rota utilizada por migrantes e refugiados para chegar aos Estados Unidos. Só no aeroporto de Porto Príncipe, centenas de pessoas estão no estacionamento por conta da medida.
27 de setembro 2023, 11:22
O Haiti vive uma crise sociopolítica que dura há décadas e se agravou desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em julho de 2021. Desde então, a falta de ação das autoridades levou a um aumento sem precedentes da influência de grupos de gangsters que praticam extorsões e sequestros, além de controlarem áreas inteiras do país, incluindo terminais de combustível.
Em setembro, o Brasil chegou a rejeitar enviar tropas para a
Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti por "atritos internos". O país chegou a liderar por 13 anos a iniciativa da ONU.
Para Brasília, não existe clima para uso das forças nacionais no exterior enquanto a situação entre o Executivo e o Exército Brasileiro não ficar esclarecida após a tentativa de golpe. No entanto, Brasil vai fornecer treinamento para policiais haitianos ainda este ano. Canadá e EUA também se recusaram a enviar tropas.