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Israel espera liberação da Defesa para fechar Al Jazeera; número de jornalistas mortos sobe para 37

© AFP 2023 / Jaafar AshitiyehRepórter da Al Jazeera cobre exposição de arte em homenagem à sua falecida colega, a jornalista palestina Shireen Abu Akleh, no local onde a veterana jornalista de TV foi morta em 11 de maio de 2022, enquanto cobria um ataque do Exército israelense em Jenin
Repórter da Al Jazeera cobre exposição de arte em homenagem à sua falecida colega, a jornalista palestina Shireen Abu Akleh, no local onde a veterana jornalista de TV foi morta em 11 de maio de 2022, enquanto cobria um ataque do Exército israelense em Jenin - Sputnik Brasil, 1920, 01.11.2023
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Tel Aviv pretende fechar a emissora no país e apreender seus equipamentos argumentando que o canal de TV "prejudica a segurança nacional israelense". Repórteres Sem Fronteiras levam ao Tribunal Penal Internacional (TPI) casos de jornalistas mortos durante conflito.
Nesta quarta-feira (1º), o ministro da Comunicação israelense, Shlomo Karhi, disse que a decisão de encerrar o canal Al Jazeera em Israel e apreender seus equipamentos aguarda a aprovação do ministro da Defesa, Yoav Gallant, após avaliações jurídicas e de segurança da medida por parte do governo em Tel Aviv.

"Do nosso ponto de vista, as ordens estão prontas para remover [a Al Jazeera] dos [provedores de TV a cabo] Hot e Yes, para fechar os escritórios [da Al Jazeera], […] apreender equipamentos de transmissão de jornalistas, […] revogar os passes de imprensa do governo, reter comunicações e serviços de Internet por empresas israelenses [para a Al Jazeera]. Tudo está pronto", disse Karhi durante um debate no plenário do Knesset sobre o assunto, relata o The Times of Israel.

A autoridade afirmou que a decisão de encerrar o canal de notícias acontece porque o governo israelense observou que a Al Jazeera "prejudica a segurança nacional israelense e incita o terrorismo", escreve o jornal.
"Esta questão está na porta do ministro da Defesa, após a sua aprovação, que ainda não recebemos. O pedido será levado ao gabinete de segurança para aprovação", disse Karhi.
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Karhi alegou, durante comentários no Knesset, que a Al Jazeera "fotografou e publicou" o posicionamento das Forças de Defesa de Israel (FDI), "transmitiu anúncios militares do Hamas" e "distorceu fatos de uma forma que incitou massas populares à revolta".
Também hoje (1º), o grupo Repórteres Sem Fronteiras (RSF) afirmou que 34 jornalistas foram mortos na guerra entre Israel e Hamas, sendo 12 no exercício do seu trabalho, 10 em Gaza, 1 em Israel e 1 no Líbano.
O grupo apelou ao TPI para investigar os assassinatos, os quais aponta terem sido executados por ambos os lados, tanto israelense quanto palestino.

"A escalada, a gravidade e a natureza recorrente dos crimes internacionais contra jornalistas, especialmente em Gaza, exigem uma investigação prioritária por parte do procurador do TPI. Temos apelado a isso desde 2018. Os atuais acontecimentos trágicos demonstram a extrema urgência da necessidade de ação do TPI", afirmou Christophe Deloire, secretário-geral do grupo RSF.

Até quinta-feira passada (26), o número de jornalistas mortos durante o confronto era 27, tendo subido para 34 nesta quarta-feira (1º).
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