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Ataques a campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, já deixaram pelo menos 195 palestinos mortos

© AFP 2023 / Mohammed AbedPalestinos procuram sobreviventes após um ataque aéreo israelense em prédios no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza
Palestinos procuram sobreviventes após um ataque aéreo israelense em prédios no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza - Sputnik Brasil, 1920, 02.11.2023
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Os bombardeios israelenses por dois dias seguidos ao campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, provocaram pelo menos 195 mortes de palestinos, informou a Reuters. Os ataques aéreos aconteceram na terça (31) e quarta-feira (1º).
O número de feridos é de quase 800 pessoas, enquanto 120 estão desaparecidas. Imagens mostraram a força dos bombardeios, que deixaram um buraco no meio da localidade, onde vivem mais de 110 mil pessoas.
O distrito densamente povoado nasceu após receber famílias retiradas de terrenos que passaram a pertencer a Israel. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) classificou a situação como uma "carnificina" e que as cenas eram "horríveis e terríveis". Entre as vítimas, há muitas mulheres e crianças.
"Embora ainda não tenhamos estimativas do número de vítimas do ataque, as casas das pessoas foram destruídas, centenas aparentemente ficaram feridas e mortas, com muitas crianças alegadamente entre as vítimas", disse a entidade em comunicado.
Só no ataque desta quarta realizado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), o número de mortos é de pelo menos 80. Na sequência, o país divulgou que conseguiu eliminar um comandante do Hamas após o bombardeio. Já sobre a morte de civis, o porta-voz do Exército israelense, tenente-coronel Richard Hecht, se limitou a dizer que foi uma "tragédia da guerra".

Bloqueios duram mais de 20 dias

Considerada uma das regiões mais vulneráveis do mundo, a Faixa de Gaza teve quase nove mil mortes desde o dia 7 de outubro. Além disso, enfrenta bloqueios de Israel por terra, ar e mar, o que levou a população a ficar sem comida, água, medicamentos e combustível.
A ajuda humanitária só foi iniciada na última semana, mesmo assim a conta-gotas, com apenas pouco mais de 250 caminhões entrado até o momento no posto da fronteira com o Egito. Segundo a ONU, são necessários pelo menos 300 por dia para amenizar a situação.
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A guerra começou no dia 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque surpresa com foguetes em grande escala contra Israel a partir da Faixa de Gaza. Além disso, o movimento atravessou a fronteira na porção sul, onde matou e sequestrou pessoas nas comunidades israelenses vizinhas. Israel lançou ataques aéreos e ordenou o bloqueio total da Faixa de Gaza, onde vivem quase 2,3 milhões de pessoas, cortando o fornecimento de água, alimentos e combustível.
Em 27 de outubro, Israel iniciou uma incursão terrestre em grande escala dentro da Faixa de Gaza para eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns.
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