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Descaso de Biden do sofrimento de palestinos pode lhe custar a presidência, diz ex-senador dos EUA
Descaso de Biden do sofrimento de palestinos pode lhe custar a presidência, diz ex-senador dos EUA
Sputnik Brasil
A resposta do presidente norte-americano à crise na Faixa de Gaza afundou seu apoio entre os árabes americanos, refere Richard Black, que já foi senador pelo... 04.11.2023, Sputnik Brasil
2023-11-04T11:41-0300
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O fato de Joe Biden, presidente dos EUA, ignorar o sofrimento dos árabes no Oriente Médio pode lhe custar a presidência, disse um ex-senador pelo estado da Virgínia à Sputnik.Mais de 9.000 palestinos foram mortos desde que Israel lançou sua campanha militar em Gaza em resposta ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro, de acordo com os dados mais recentes das Nações Unidas. Na sexta-feira (3) foi relatado que o governo Biden pediu a Israel que explicasse um ataque ao campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, que deixou 400 pessoas mortas ou feridas."O descaso do presidente Biden com o sofrimento árabe pode lhe custar a presidência", segundo Richard Black.Black acredita que a violência em Gaza dividiu o Partido Democrata, causando um dilema incômodo para Biden."Os democratas não podem funcionar sem as contribuições políticas dos judeus", disse ele."De acordo com o [jornal israelense] The Jerusalem Post, suas contribuições constituem mais da metade de todas as doações para o Partido Democrata. Os ricos doadores judeus insistem que Biden permita que Israel continue sua campanha de bombardeio irrestrito na Faixa de Gaza. Se ele não apoiar o bombardeio, eles podem não contribuir para sua campanha de 2024."Ele relatou que, "em 2020, os judeus votaram 75% nos democratas, e 65% dos muçulmanos americanos fizeram o mesmo. Em 31 de outubro, a [agência britânica] Reuters informou que o apoio dos árabes americanos a Biden e aos democratas havia caído para 17% nas pesquisas recentes", observou ele, mas notou que, mesmo antes dos últimos acontecimentos na Faixa de Gaza, os democratas já tinham perdido apoio dos muçulmanos.A desordem que se seguiu nas escolas públicas, continuou Black, causou um declínio dramático nos resultados dos testes dos alunos, incluindo a queda acentuada nos resultados de matemática e leitura."A raiva deles representa um grande desafio para Biden em sua corrida para a reeleição."Black concluiu que, embora a maioria dos americanos considere que os israelenses eram justificados em responder após o ataque do Hamas em 7 de outubro, permanece a questão: quanto é suficiente?"Os americanos estão preocupados com o fato de a resposta israelense ter se tornado excessiva, mesmo que, no início, tenha sido garantida alguma margem de represália", destacou o senador."Nesta semana, um único bombardeio matou 400 palestinos, diminuindo ainda mais o apoio global ao ataque israelense. O líder da maioria no Senado dos EUA, Dick Durbin, pediu um cessar-fogo imediato", referiu Richard Black.
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Descaso de Biden do sofrimento de palestinos pode lhe custar a presidência, diz ex-senador dos EUA
11:41 04.11.2023 (atualizado: 13:29 04.11.2023) A resposta do presidente norte-americano à crise na Faixa de Gaza afundou seu apoio entre os árabes americanos, refere Richard Black, que já foi senador pelo estado da Virgínia.
O fato de Joe Biden, presidente dos EUA, ignorar o sofrimento dos árabes no Oriente Médio pode lhe custar a presidência, disse um ex-senador pelo estado da Virgínia à Sputnik.
Mais de 9.000 palestinos foram mortos desde que Israel lançou sua campanha militar em Gaza em resposta ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro, de acordo com os dados mais recentes das Nações Unidas. Na sexta-feira (3) foi relatado que o governo Biden pediu a Israel que explicasse um ataque ao campo de refugiados de Jabalia, em Gaza, que deixou 400 pessoas mortas ou feridas.
"O descaso do presidente Biden com o sofrimento árabe pode lhe custar a presidência", segundo Richard Black.
"A [agência norte-americana] Associated Press informa que a grande comunidade muçulmana de Michigan se voltou contra ele; se Biden perder Michigan, ele pode perder a eleição", prevê.
Black acredita que a violência em Gaza
dividiu o Partido Democrata, causando um dilema incômodo para Biden.
"Os democratas não podem funcionar sem as contribuições políticas dos judeus", disse ele.
"De acordo com o [jornal israelense] The Jerusalem Post, suas contribuições constituem mais da metade de todas as doações para o Partido Democrata. Os ricos doadores judeus insistem que Biden permita que Israel continue sua campanha de bombardeio irrestrito na Faixa de Gaza. Se ele não apoiar o bombardeio, eles podem não contribuir para sua campanha de 2024."
1 de novembro 2023, 23:48
Ele relatou que, "em 2020, os judeus votaram 75% nos democratas, e 65% dos muçulmanos americanos fizeram o mesmo. Em 31 de outubro, a [agência britânica] Reuters informou que o apoio dos árabes americanos a Biden e aos democratas
havia caído para 17% nas pesquisas recentes", observou ele, mas notou que, mesmo antes dos
últimos acontecimentos na Faixa de Gaza, os democratas já tinham perdido apoio dos muçulmanos.
A desordem que se seguiu nas escolas públicas, continuou Black, causou um declínio dramático nos resultados dos testes dos alunos, incluindo a queda acentuada nos resultados de matemática e leitura.
"As políticas escolares fracassadas de Biden já haviam lhe custado algum apoio muçulmano, mas o bombardeio impiedoso de Gaza foi a gota d'água para muitos muçulmanos", afirmou ele.
"A raiva deles representa um grande desafio para Biden em sua corrida para a reeleição."
Black concluiu que, embora a maioria dos americanos considere que os israelenses eram justificados em responder após o ataque do Hamas em 7 de outubro, permanece a questão: quanto é suficiente?
"Os americanos estão preocupados com o fato de a resposta israelense ter se tornado excessiva, mesmo que, no início, tenha sido garantida alguma margem de represália", destacou o senador.
"Nesta semana, um único bombardeio
matou 400 palestinos, diminuindo ainda mais o apoio global ao ataque israelense. O líder da maioria no Senado dos EUA, Dick Durbin, pediu um cessar-fogo imediato", referiu Richard Black.