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Mesmo com pessimismo do mercado, União Europeia não quer ficar atrás dos EUA e da China

© AP Photo / Michael ProbstHomem passa pela escultura do euro em Frankfurt, na Alemanha, em 11 de março de 2021
Homem passa pela escultura do euro em Frankfurt, na Alemanha, em 11 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 06.11.2023
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A União Europeia (UE) procura formas de melhorar a sua competitividade e assim não ficar para trás economicamente em comparação com os EUA, a China e outras potências, mas alcançar esse objetivo não será fácil devido à falta de vontade política dentro do bloco, segundo análise de jornal britânico.
De acordo com o Financial Times (FT), a melhoria das condições econômicas da região é uma das prioridades dos chefes de gabinete dos 27 países que integram o bloco europeu.
Por essa razão, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, encarregou o antigo primeiro-ministro italiano Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), de apresentar um relatório sobre o estado da competitividade no bloco.

"Temos de olhar mais longe e estabelecer como nos manteremos competitivos", disse Von der Leyen em uma reunião em agosto, em Bruxelas. "A Europa fará tudo o que for necessário para manter a sua vantagem competitiva", acrescentou.

Em dólares, a economia da UE representa 65% da dos Estados Unidos. Esse número é inferior aos 91% de 2013, segundo o FT. Per capita, o produto interno bruto (PIB) do país norte-americano é mais do que o dobro do da UE, e a diferença está aumentando, detalhou o jornal.
Segundo a matéria, a Europa está atrasada em questões de competitividade se for tida em conta a lista das 20 maiores empresas tecnológicas do mundo ou a das principais universidades. Há também um atraso na capacidade de produção de semicondutores, área dominada pela China.
Ainda de acordo com o FT, a pandemia de COVID-19 e o conflito ucraniano fizeram disparar os preços e custos da energia, o que também afetou a economia europeia como um todo.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, em uma conferência de imprensa conjunta após as suas conversações em Kiev, em 4 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 04.11.2023
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Além disso, as pressões demográficas e os estrangulamentos na educação, afirma a matéria, criaram uma escassez de mão de obra qualificada. A papelada excessiva e a burocracia pesada também desempenham um papel importante, segundo proprietários de pequenas e médias empresas, bem como diplomatas europeus.
A avalanche de ajudas estatais e apoio financeiro de Bruxelas às empresas europeias após a pandemia alteraram radicalmente as "condições de concorrência equitativas" entre os países e as suas empresas, outrora protegidas como pilar central do mercado único.
As despesas com auxílios estatais da UE aumentaram de 102,8 bilhões de euros (cerca de R$ 539,6 bilhões) em 2015 para 334,54 bilhões de euros (aproximadamente R$ 1,7 trilhão) em 2021. Entre março de 2022 e agosto deste ano, a Europa aprovou auxílios estatais no valor de 733 bilhões de euros (mais de R$ 3,8 trilhões), de acordo com dados não oficiais da Comissão Europeia consultados pelo Financial Times.
De acordo com o jornal, os decisores políticos da UE temem que a próxima revolução tecnológica — a da inteligência artificial e da computação quântica — ultrapasse a Europa e aumente ainda mais o fosso ante as duas superpotências econômicas mundiais: a China e os Estados Unidos.
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