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Combatentes de grupos xiitas do Iraque assumem ataque a base dos EUA na Síria

© AP Photo / Baderkhan AhmadVeículo militar dos EUA em patrulha no campo perto da cidade de Qamishli, Síria
Veículo militar dos EUA em patrulha no campo perto da cidade de Qamishli, Síria - Sputnik Brasil, 1920, 07.11.2023
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Em meio à escalada do conflito no Oriente Médio, grupos xiitas do Iraque assumiram nesta terça-feira (7) a responsabilidade pelos ataques à base americana no campo de gás Koniko, na província de Deir ez-Zor, no leste da Síria. O bombardeio acontece em retaliação aos Estados Unidos, principal fiador de Israel na guerra contra o Hamas.
Anteriormente, uma fonte informou à Sputnik que uma das bases norte-americanas no país foi alvo de um ataque de foguetes e, por isso, três explosões foram ouvidas.
Em comunicado, a Resistência Islâmica do Iraque, que inclui formações armadas xiitas, confirmou a autoria do atentado na província de Deir ez-Zor. O grupo também alegou que o ataque foi realizado com o uso de drones contra a base Green Village.
Regiões que concentram as maiores reservas de petróleo e gás na Síria, parte dos territórios no leste e nordeste do país, são controlados pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. Damasco já chamou a presença norte-americana de ocupação irregular e pirataria estatal, com "o objetivo de roubo de petróleo descarado".
É o segundo ataque do grupo em pouco mais de duas semanas: o último aconteceu em outubro, quando diversas forças dos Estados Unidos foram atacadas no campo de Al-Omar, na zona rural de Deir ez-Zor, e nas bases de Al-Tanf e Al-Shaddadi, com vários bombardeios.
Foto divulgada pelo Exército dos EUA mostra soldados norte-americanos reunidos para um breve resumo durante treino combinado de patrulha conjunta em Manbij, Síria, 7 de novembro de 2018 - Sputnik Brasil, 1920, 07.11.2023
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A ação, segundo fontes locais, foi coordenada juntamente com ataques terrestres a posições das forças norte-americanas a leste de Deir ez-Zor. Os relatos incluem o uso de explosivos e operações táticas em solo, mas ainda não se sabe quais os danos materiais e as possíveis baixas de ambos os lados.
Dias depois, o Exército norte-americano atacou dois alvos na Síria, em resposta à ação do grupo armado xiita. "Esses ataques precisos de autodefesa são uma resposta a uma série de ataques contínuos e, em sua maioria, malsucedidos contra o pessoal dos EUA no Iraque e na Síria por grupos de milícias apoiados pelo Irã, que começaram em 17 de outubro", disse à época o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin.
A Resistência Islâmica do Iraque é considerada um grupo terrorista pelo país, que ameaçou no fim do mês tomar medidas adicionais caso os ataques voltassem a acontecer.

Tensões no Oriente Médio

A guerra entre Israel e o Hamas, que se concentra na Faixa de Gaza e já deixou mais de 10,2 mil pessoas mortas só no território, fez crescer as tensões em todo o Oriente Médio. Com isso, grupos armados islâmicos atacaram contra alvos norte-americanos em países como Jordânia, Líbano e Síria, por conta do apoio de Washington a Israel. Na Síria e no Iraque, os EUA mantêm pelo menos 3 mil soldados.
Apesar da pressão internacional pelo cessar-fogo na região, os norte-americanos apoiam Israel na decisão de não ceder "nenhum milímetro", como já disseram oficiais israelenses. Só nesta semana, o país passou a falar em uma pausa humanitária para a libertação de reféns e a chegada de insumos a Gaza, que tem quase 2,3 milhões de habitantes.
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