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Secretário dos EUA admite que Israel precisa 'minimizar' mortes de civis em Gaza
Secretário dos EUA admite que Israel precisa 'minimizar' mortes de civis em Gaza
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Ataques a hospitais, escolas, campos de refugiados e até abrigos da ONU. Esse tem sido o cenário quase diário do conflito na Faixa de Gaza, entre o Hamas e... 08.11.2023, Sputnik Brasil
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A afirmação é do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em entrevista ao canal de televisão japonês NHK. Questionado sobre o elevado número de palestinos mortos, que após um mês de guerra já ultrapassa 10,5 mil só em Gaza, Blinken afirmou que Israel tem o direito de se defender após os ataques do Hamas no dia 7 de outubro, quando foguetes conseguiram romper o sistema de defesa e militantes do movimento entraram pela fronteira sul — na ocasião, mais de 1,4 mil israelenses morreram.De acordo com o secretário, apesar de tal direito, as ações israelenses devem acontecer segundo o direito humanitário internacional, não respeitado por Israel, segundo acusações. No entanto, assim como Tel Aviv, Blinken também atribui ao Hamas a maior responsabilidade pelas mortes de civis em ataques israelenses."E há medidas, medidas adicionais, que acreditamos que Israel pode e deve tomar para minimizar as vítimas civis e o sofrimento das pessoas. É um desafio muito difícil, porque o que o Hamas faz é se inserir intencionalmente no meio dos civis, coloca seus comandantes, postos de comando, armas e munições dentro ou embaixo de edifícios, escolas, mesquitas, hospitais", justificou.No último ataque a um campo de refugiados, em Jabalia, que tem mais de 100 mil habitantes, mais de 50 civis morreram. Israel alegou que na ocasião conseguiu matar três comandantes do alto escalão militar do Hamas. Apesar de dizer que o movimento se infiltra entre a população, Blinken alegou que o país "tem a obrigação de distinguir terroristas de civis".Mesmo com a população civil praticamente sem alimentos, remédios e até recorrendo a fontes de água poluída, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já afirmou que não há possibilidade de um cessar-fogo. O secretário norte-americano disse que conversou com o premiê sobre a necessidade de aumentar a assistência humanitária — em cerca de três semanas, pouco mais de 500 caminhões chegaram ao território, enquanto a ONU diz que a necessidade é de 300 por dia.Netanyahu já afirmou que só vai permitir a entrada de combustível quando o Hamas libertar os mais de 220 reféns, enquanto hospitais estão em colapso por falta de energia e podem até desligar incubadoras com cerca de 120 recém-nascidos.Eliminar o movimento em GazaNa sequência, o secretário de Estado comentou o principal objetivo de Israel na guerra: eliminar o Hamas. Publicamente, Israel já admitiu que isso pode fazer surgir um movimento ainda mais radical, e Bliken concordou. "Você pode até matar terroristas, fazer todo o possível para garantir que algo como o 7 de outubro não aconteça novamente, mas na medida em que o Hamas sequestrou uma ideia [da resistência palestina], garantir a paz e a segurança duradouras é uma ideia melhor, uma ideia mais forte", argumentou.Ao mesmo tempo que Bliken defendeu medidas para proteger os palestinos, o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou na última terça (7) que "em condições urbanas, Israel tem que tomar decisões difíceis sobre os objetivos", ao comentar ataques israelenses a hospitais em Gaza.Conforme Kirby, há necessidade de tomar "decisões complicadas sobre a seleção dos alvos" e Israel tem o direito e a "responsabilidade de se defender". Além do elevado número de mortes, os ataques por terra, ar e mar contra Gaza já deixaram mais de 24 mil pessoas feridas.Fonte de tensões há décadas no Oriente Médio, o conflito entre o Hamas e Israel já é um dos mais sangrentos da história recente na região. O problema está ligado principalmente a questões territoriais, já que apesar de ter sido aprovado pela ONU ainda em 1947, Israel até hoje não permitiu a criação do Estado árabe palestino.
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Secretário dos EUA admite que Israel precisa 'minimizar' mortes de civis em Gaza
12:54 08.11.2023 (atualizado: 14:24 08.11.2023) Ataques a hospitais, escolas, campos de refugiados e até abrigos da ONU. Esse tem sido o cenário quase diário do conflito na Faixa de Gaza, entre o Hamas e Israel, país que é suspeito de cometer crimes de guerra. E o principal aliado, os EUA, admitiu pela primeira vez que são necessárias "medidas" para minimizar o número de mortes.
A
afirmação é do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em entrevista ao canal de televisão japonês NHK.
Questionado sobre o elevado número de palestinos mortos, que após um mês de guerra já ultrapassa 10,5 mil só em Gaza, Blinken afirmou que Israel tem o direito de se defender após os ataques do Hamas no dia 7 de outubro, quando foguetes conseguiram romper o sistema de defesa e militantes do movimento entraram pela fronteira sul — na ocasião, mais de 1,4 mil israelenses morreram.
De acordo com o secretário, apesar de tal direito, as ações israelenses devem acontecer
segundo o direito humanitário internacional, não respeitado por Israel, segundo acusações. No entanto, assim como Tel Aviv, Blinken também atribui ao Hamas a maior
responsabilidade pelas mortes de civis em ataques israelenses.
"E há medidas, medidas adicionais, que acreditamos que Israel pode e deve tomar para minimizar as vítimas civis e o sofrimento das pessoas. É um desafio muito difícil, porque o que o Hamas faz é se inserir intencionalmente no meio dos civis, coloca seus comandantes, postos de comando, armas e munições dentro ou embaixo de edifícios, escolas, mesquitas, hospitais", justificou.
7 de novembro 2023, 17:14
No último ataque a um campo de refugiados, em Jabalia, que tem mais de 100 mil habitantes, mais de 50 civis morreram. Israel alegou que na ocasião conseguiu matar três comandantes do alto escalão militar do Hamas. Apesar de dizer que o movimento se infiltra entre a população, Blinken alegou que o país "tem a obrigação de distinguir terroristas de civis".
Mesmo com a
população civil praticamente sem alimentos, remédios e até recorrendo a fontes de água poluída, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já afirmou que não há possibilidade de um cessar-fogo. O secretário
norte-americano disse que conversou com o premiê sobre a necessidade de aumentar a assistência humanitária —
em cerca de três semanas, pouco mais de 500 caminhões chegaram ao território, enquanto a ONU diz que a necessidade é de 300 por dia.
"Trabalhamos para aumentar drasticamente a assistência humanitária enviada a Gaza, para que as pessoas possam obter alimentos, água, medicamentos e outras coisas de que necessitam para viver todos os dias. E estamos fazendo progressos importantes nisso", garantiu.
Netanyahu já afirmou que só vai permitir a entrada de combustível quando o Hamas libertar os mais de 220 reféns, enquanto
hospitais estão em colapso por falta de energia e podem até desligar incubadoras com cerca de 120 recém-nascidos.
Eliminar o movimento em Gaza
Na sequência, o secretário de Estado comentou o principal objetivo de Israel na guerra: eliminar o Hamas. Publicamente, Israel já admitiu que isso pode fazer surgir um movimento ainda mais radical, e Bliken concordou. "Você pode até matar terroristas, fazer todo o possível para garantir que algo como o 7 de outubro não aconteça novamente, mas na medida em que o Hamas sequestrou uma ideia [da resistência palestina], garantir a paz e a segurança duradouras é uma ideia melhor, uma ideia mais forte", argumentou.
Ao mesmo tempo que Bliken defendeu medidas para proteger os palestinos, o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou na última terça (7) que "em condições urbanas, Israel tem que tomar decisões difíceis sobre os objetivos", ao comentar ataques israelenses a hospitais em Gaza.
7 de novembro 2023, 13:58
Conforme Kirby, há necessidade de tomar "decisões complicadas sobre a seleção dos alvos" e Israel tem o direito e a "responsabilidade de se defender". Além do elevado número de mortes, os ataques por terra, ar e mar contra Gaza já deixaram mais de 24 mil pessoas feridas.
Fonte de tensões há décadas no Oriente Médio, o conflito entre o Hamas e Israel já é um dos mais sangrentos da história recente na região. O problema está ligado principalmente a questões territoriais, já que apesar de ter sido aprovado pela ONU ainda em 1947, Israel até hoje não permitiu a criação do Estado árabe palestino.